Page 18 - Telebrasil - Maio/Junho 1986
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Cristina De Luca
no segundo semesti'e deste ano, devera
Brasil é a principal cliente dos rádios
D epois de ingressar com o pé direito transceptores UHF e receptores HF — o também increm entar a linha de rádios
na aviônica, capacitada para fa
bricar o RDE (Rapid Data Entry) que setor de telecomunicações da Microlab militares.
executará a programação de entrada de já vem há algum tempo trabalhando em
dados do computador de vôo do caça bra projetos experimentais unindo radiofo- AMDT
sileiro AMX, a Microlab se prepara para nia à processamento de dados. Na opi
produzir um equipam ento especial nião do gerente de telecomunicações da Alguns meses depois da notícia a res
mente voltado para a comunicação de em presa, Stephan B lank, foi ju sta peito do RDE, a Microlab divulgou que
dados por divisão no tempo. Aos menos mente o conhecimento de normas mili havia sido escolhida pela Telebrás para
informados, a diferente aplicação dos tares, aliado aos desenvolvimentos nas desenvolver no CPqD, em Campinas, o
dois projetos pode causar admiração. áreas de processamento de dados e tele Sistema AMDT. Esse sistema permitirá
Mas o sentimento desaparece quando, comunicações, o fator principal da capa a comunicação de dados por divisão no
para se conhecer detalhes funcionais citação de em presa para produzir o tempo, seja via satélite ou terrestre.
dos aparelhos, se chega a um lugar co RDE. "Possivelmente no Brasil somos a A versão via satélite (AMDT-S) foi
mum: o Departamento de Telecomuni empresa que necessita investir menos iniciada em março e viabilizará a che
cações e o aproveitamento estratégico para transferir tecnologia da Lier Sie- gada no Brasil das redes públicas ou pri
de nichos tecnológicos que o mercado gler, fabricante do equipam ento nos vadas de comunicação de dados via sa
oferece. EUA” — completa. télite, Em resumo, qualquer assinante
Com a fabricação do RDE, a Microlab poderá transm itir dados para qualquer
RDE deverá criar um novo departamento, es ponto, dentro ou fora do Brasil, em uni
pecialmente voltado para cuidar da pro mesmo canal de freqüência, porém em
Quase que voltado inteiram ente dução do equipamento. Trata-se do De intervalos de tempo diferentes — (Ver
para projetos militares a Marinha do partamento de Eletrónica Militar, que, Tolebrasil Jan/Fev 86 — pg. 32).
A capacidade de cada ligação será
controlada por uma estação de Supervi
são e Controle do Sistema. A ela estarão
conectadas via enlaces AMDT a 512
Kbits/s todas as demais estações. A es
tação central se encarregará de endere
çar os dados em uma determinada fre-
qüência, o satélite envia os sinais para
os pontos endereçados e em cada local os
sinais recebidos são decodificados por
uma estação terrena de pequena capaci
dade, dando um exemplo do funciona
mento da tecnologia sprend spectnmi
Procedim entos
A Microlab desenvolverá e ficará en
carregada de fabricar o equipamento de
banda básica para os dois sistemas ba
seado no CD-2.400. Em outras palavras,
toda a p a rte d ig ital do modem, ex
cluindo a antena parabólica e o rádio.
Para isso deslocará do Rio 48 técnicos
(24 para cada projeto) e já inaugurou em
Campinas um escritório para gerenciar
a parte burocrática.
Na opinião de Stephan Blank. o
AMDT poderá mais tarde vir auxiliara
redes de com utação como Renpac e
Compac. Por enquanto é um passo im
stoção Nodal o portantíssimo para a liberação das li*
Tormlnal Satólito
nhas discadas para telefonia, desafo
gando-as do tráfego de dados e, assim,
A idéia básica AMDT é criar redes de rádio pum transmissão de dudos de média e alta contribuindo para evitar os problemas
velocidade, complementando a rede telefônica. de congestionamento, tr
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