Page 51 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1985

A importância cia informática no Ba- uma anel de comunicação que dá acesso

nerj pode ser medida pelo fato de que Ri­ aos computadores centrais do banco e

cardo Müller, superintendente de siste­ onde ficam as grandes bases de dados. A

mas, responde diretamente ao presi­ organização é do tipo descentralizada.

dente do banco, Carlos Augusto R. de Uma agência, conforme seu tama­

Carvalho. Sustentando o coração do pro­ nho, terá um Cobra 210, 480 ou até

cessamento de dados (90*# são do tipo mesmo 540, que comanda seus termi­

batch) encontram-se dois IBM 4341, nais de cliente, terminais de caixa, ter­

com 1DMS, e dois 6910 da Burroughs minais de abertura de conta e de consul­

(com Link). tas gerenciais. Num nível hierárquico

O Banco está negociando com a IBM acima, as agências são ligadas a outro

a substituição de um de seus 4341 por equipamento Cobra, que efetua a con­

um 4381 e estudando o uso de software centração do tráfego de deternimado

de 4. ' geração (Focus, Rams II). Os pro­ grupo. A estrutura em árvore sobe no­

dutos Panlink da Pansophic, Golden vamente, para sofrer um segundo pata­

Gate e ligação micro-mainframe tam­ mar de concentração regional e até, se

bém estão sendo avaliados e visam su­ ( 'ar los August o </<¦ ( 'arvalho, P residente foro caso, interligar-se com o anel prin­

portar a descentralização dos serviços do Banerj cipal de comunicações.

de informática do banco. O Banerj já está distribuindo a seus

— A atividade bancária pode ser usuários cartões magnéticos, que tanto

comparada á atividade fabril, só que li­ Existem dois tipos de redes no Ba­ servirão para ser empregado em termi­

da com o imponderável ao invés de ma­ nerj: a rede (-ohm o a Ditfircde, que es­ nais on-line. quanto em oíf-line, o que

teriais. Não é de espantar, portanto, que tão em processo de serem interligadas. facilitará o trabalho de digitação do

o maior parque computacional seja o A Cobra foi uma das empresas selecio­ banco.

bancário. Mas é necessário que a infor­ nadas por ser um parceiro natural do Ricardo Müller é um entusiasta da

mática no banco esteja bem organizada Banerj suas instalações fabris estão automação bancária: "Ror que não em­

— recomenda Ricardo Müller. no pólo eletrônico de Jacarepaguá e a pregar o cartão para as transações de

Para ele é muito comum, nas organi­ Digirede por possuir o maior número de credito imobiliário, para cadernetas de

zações, um gerente querer um micro do terminais instalados no Brasil. poupança e para fundos mútuos?” Para

tipo XYZ, até por uma questão de sta- A configuração (topologia) adotada ele, em se tratando de automação ban­

tus, e depois pedir se o CPD "não pode para a rede do Banerj gira em torno de cária, o céu é o limite. ( JCF)

desenvolver um sistem inha aí para

mim”.

No Banerj a filosofia é o da descen­

tralização do uso e do desenvolvimento

da informática, dando o CPD, ao usuá­

rio, as ferramentas e o apoio necessários

através de um intenso programa de trei­

namento.

Ao longo dessa linha, ao final do ano

passado, o banco instalou um labora­

tório interno de microinformática, com

micros PC compatíveis de 8 bits, de di­

versos fabricantes, tudo supervisionado

e com o apoio de uma equipe de dois

analistas consultores. A iniciativa já

permitiu formar mais de 150 gerentes,

com mais de 30 projetos-piloto desenvol­

vidos pelos próprios alunos. Hoje, a ins­

tituição conta com uma dezena de equi­

pamentos da Cobra, Microtec, Medidata

e tem mais de 250 funcionários livre­

mente inscritos, aguardando na fila

para serem treinados.

Autom ação bancária

"Vamos colocar o Banerj em pé de

igualdade com os outros bancos, em ter­

mos de automação bancária”, afirmou

Müller, acrescentando que "hoje já são

17 agências on-line e até dezembro de­

verão ser 35. E s tru tu ra da autom ação bancária do B anerj