Page 50 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1985

Í n d i o , T V o S a t é l i t e . . .
dados. O sinal de teletexto ocupa uma
faixa dos 4,2 M H z e com o é m ultiple-
xado em tempo, não interfere, nem com
o áudio, nem com o vídeo que lhe serve
de suporte. Podem , no entanto, surgir
problem as no caso de diversas repeti­
ções do sinal de TV, nas quais se m ani­
festem alterações bruscas na amplitude
do sinal retransmitido.
Um aspecto interessante, destacado
pelo técnico, é o fato de que um número
quase infinito de endereçam ento pode
ser enviado no sinal de teletexto o que
perm ite atingir seletivamente o(s) deco-
dificador(es) do(s) usuário(s) que se de­
seja.
Do ponto de vista operacional exis­
tem três m aneiras de utilizar o sinal
TV /teletexto: a televisão normal: a in­
form ação teletexto; e o Video Program
E n h a n c em en t, m ais conhecido com o
VPE. O modo VPE faz com que carac­
teres local mente gerados, sob comando
do sinal teletexto, sejam superpostos à
im agem de vídeo recebida, permitindo
por exem plo inserir legendas de filmes
com excelente definição — algo que o si­
nal normal de televisão não comporta.
Ainda do ponto de vista operacional
destinguem -se dois modos de operação
do teletexto: cíclico e não-cíclico. No pri­
meiro caso, a emissora de TV transmite
perm anentem ente (linha a linha) de 30
a 120 páginas de inform ação, que são
acum uladas na memória do decodifica-
dor local e que podem ser selecionadas
pelo u su ário, através de teclado. Na
transm issão não-cíclica transmitem-se
inform ações como sinais horários, idio­
mas opcionais para as legendas de fil­
mes, avisos, comandos seletivos que po­
dem acionar remotamente, dispositivos
na casa do usuário
— Quanto ao televisor
ferencista este deve apresentar pouca
distorção nos circuitos de frequência in­
term ediária, citando o caso do Philips
6600, à venda no Brasil.
Um ponto importante para a indus­
tria de teletexto é a seleção de proto­
colos. Segundo minuta do portaria em
estudo no M inicom, destinada a regula­
m entar o assunto de teletexto (e de som
estéreo em televisão) será condição que
os padrões de visualização videotexto
(Antíope), em uso no Sistema Telebrás,
e de teletexto sejam com patíveis. Em
consequência, o NABTS (North Am eri­
can Broadcast Teletext System ) deverá
ser o protocolo adotado para transmis­
são e o Antíope/PLS (Picture Protocol
Syntax) para protocolo de visualização
dos sinais na tela.
A idéia básica é que o sinal Antíope/
PLS será com um ao videotexto e tcle-
texto. No caso do teletexto, porém, po­
derão sor im plem entadas característi­
c a s a d i c i o n a i s , t a i s c o m
instruções o subrotinas, caracteres mo­
saicos para gráficos e maior número de
dft
R á d io A M E stéreo
Durante muitos anos os engenheiros
de telecom unicações preocuparam-se
em transm itir mais informação com a
mesma faixa passante, tal como diferen­
tes arranjos de veículos permitem pas­
sar m a i s ou m enos trá fego por uma
mesma estrada.
— O rádio AM (modulação em ampli­
tude) opera em ondas médias e emprega
menos faixa passante do que o rádio FM
(modulada em frequência) que é trans­
m i t i d o em V H F, razão pela q u a l de­
morou mais a se beneficiar de técnicas
m ais sofisticadas que perm itissem a
alta fidelidade e a estereofonia. Com
isto o rádio AM vem sistematicamente
perdendo terreno para as emissoras FM.
No Brasil, a audiência para canais FM
já é 45°/c do público total. Mas nem tudo
O rádio AM vai utilizar também a transmis­ está perdido e novas técnicas permitirão
são estéreo para não perder sua audiência "rejuvenescer” o AM — afirmou o enge­
para o FM. nheiro Djalma Ferreira, diretor do Sis­
• Mcrocomputêôor
a vdaocassata
(âudtotn/vfdeo-tn,
audio ouP^dao-out).
• Eouioamento da $om
H i - F i asfêreo
(audo-out)
o
o • O « . « «cusftcas
MOS
iwrm-nsis Eito"*'
• V'doofe >io
» ou microcomputador
’tr> 0 conoctor RGBl
• Tonada da rada
auM+ar icooacfdo
,&rata monte
a rada oa 110V ou
220V)
• V.daoçama (v*a
J antana-fíf/
tudo via teletexto!
( ) audio rstereo paia a TVjú existe Na foto, o modelo Trendset da Philips, um dos mais com
disse o con­
pletos ù venda no meivado brasileiro.
pontos endereçáveis no vídeo (320 x 200 tema G lobo de Rádio, ao ilustrar sua
x 16 cores). palestra "A M E stéreo” com diversas
O decodificador empregado por Luiz gravações do tipo AM, FM, mono e es­
D A v i l l a em suas experiências na RBSé téreo para provar que "é a alta fideli­
sim ples: utiliza dois chips da Texas e dade e não o estéreo que dá maior grau
opera com memória de 2 Kbytes para o de satisfação auditiva”
protocolo Antíope. O decodificador para No decorrer da palestra, J o a q u i m
o protocolo PLS será semelhante, porém Mendonça, presidente da Abert, comen­
necessitará memória de 15 Kbytes e nos tou que a qualidade de áudio dos moder­
Estados Unidos custa cerca de 450 dóla­ nos transm issores AM ( f a i x a larga) e
res. Explicou o conferencista que o tele­ FM é boa, mas persiste, no Brasil, o pro­
texto público deve ser financiado pelos b l e m a d o receptor que d e f i n i u como
anunciantes, ao passo que para grupos sendo um "lixo” , tendo Pedro Meza que
fechados será pago pelos usuários. representou a Abinee retrucado "que a
O televisor dom éstico deverá am ­ qualidade do que produz a indústria é
pliar suas atuais funções e constituirá, pautada pelos padrões CC1R da U1T e
juntamente com micros, teclados e tele­ que a m esm a tem todo interesse em
fone, o futuro centro teleinformático do a p o i a r n o v a s t e c n o l o g i a s para e s t i ­
lar. Para isto, os novos televisores de­ m u l a r u m m ercado que vem c a i n d o ” .
verão possuir interfaces apropriados, Em 80, disse Maza, "foram vendidos 3
o m a c r o - bastando am pliar o conector D B ^ 5 do milhões de pocket-rádios e agora vende­
videotexto para acom odar novos ser-* mos pouco mais de 1 milhão desses pe­
viços. quenos aparelhos”.
Telebrasil Nov. Dez 85