Page 46 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1985
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p r o j e t a o R i o p a r a o f u t u r o
A modernização da Zona Portuária dente da Embratur, lembrou que nos presa que pode fornecer comunicações
do Rio de Janeiro poderá promo
países desenvolvidos a renovação ur
de alta capacidade e qualidade”.
ver, ainda neste século, uma visão pa bana é acompanhada dos benefícios da — Convidamos a NTT para que fizes
norâm ica típica de filmes de ficção-cien teleinformática, daí o conceito de Tele se um estudo de viabilidade e os japone
tífica em pregando tecnologias alta port (tele -1- porto). ses trouxeram um projeto e maquete
mente sofisticadas e inúmeras facilida — Queremos que nosso homem de mostrando o visual de como poderia con
des de exportação e importação de pro negócios — acrescentou — seja real cretizar-se o empreendimento. Na área
dutos e serviços. Tudo isso faz parte do mente do século XX, absorvendo e em social, o Teleport criará cerca de 85 mil
projeto Teleport envolvendo a Associa pregando tecnologias avançadas de TCs novos empregos diretos. Será o maior
ção Com ercial do Rio de Janeiro, a Ni- e informática. Há cerca de 10 anos pla centro de utilização de comunicações
pon Telegraph & Telephone Co. (NTT), nejávamos esta idéia, cujo berço foi a profissionais e um ótimo negócio para a
do Japão, e a Embratel, além de contar ACRJ. O Brasil tem uma grande base Embratel — afirmou Protásio com entu
com a orientação técnica e arquitetô instalada de telecomunicações nacio siasmo.
nica do mais famoso arquiteto brasileiro nais e internacionais, incluindo satéli Quanto aos financiamentos, o vice-
Oscar Niemeyer. tes, microondas e cabos submarinos. presidente da ACRJ foi cauteloso em
Segundo Paulo Manoel Protásio, vi Além disso, 66% dos visitantes que vêm suas declarações, mas revelou que há
ce-presidente da ACRJ e da Abece- ao Brasil entram pela cidade do Rio de esperanças do ingresso de capitais japo
Associaçáo Brasileira de Empresas de Janeiro. Existem Teleports no Japão, neses, que também fornecerão algum
Com ércio Exterior, "o Rio de Janeiro Estados Unidos e em vários países da know-how que o Brasil ainda não pos
tem todos os requisitos para ser um Europa, entre os quais o World Teleport sui.
grande Centro de Comércio Internacio Association inaugurado, em abril deste A fase inicial do projeto já foi lançada
nal, mas a área portuária andava esque ano, em Tóquio, mas com sede em Nova e gira em torno da Comissão de Implan
cida. Queremos fazer uso da região, hoje Iorque. tação do Teleport, constituída da Porto-
meio abandonada, que compreende os O vice-presidente da ACRJ revelou brás, Petrobrás, Cia. Docas, Embratel,
armazéns 1, 2, 3 e a Praça M auá” . Há que a Embratel se mostrou interessada Cacex, A ssociação Com ercial do RJ,
cerca de sete anos, Protásio visitou cen no empreendimento, "pois é uma em Prefeitura do Rio de Janeiro, cujo pre-
tros de com ércio internacional de Lon
dres, Tóquio, Nova Iorque e Baltimore.
Investim ento
Indagado pela Revista Telebranil
quem iria investir em tamanho empre
endim ento, Paulo Manoel Protásio ex
plicou que "há 4 anos foi criado um
banco de negócios O Riopart cons
tituído de 100 empresas cariocas e flu
minenses, cujo capital, hoje, eleva-se a
m ais de 100 bilhões do cruzeiros” . O em
presário Am aury Temporal acumula o
cargo de presidente da ACRJ com o de
presidente do aludido banco, uma enti
dade sem fins lucrativos.
Protásio, que também já foi presi-
Mnquete do futuro
Porto do Rio de Janeiro,
segundo projeto
da NTT e que contará,
com a colaboração
do arquiteto Oscar
Niemeyer.