Page 59 - Telebrasil - Julho/Agosto 1985
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0 VERDADEIRO
SIGNIFICADO DO SUPERMINI
DA COBRA
O lançamento de uma linha de com oper. avançado com memória virtual) e
putadores pode surgir como mais uma as linguagens Cobol, Fortran, Pascal,
série de produtos num mercado já com PL/I, Basic, C, APL, RPG II, Mumps e
petitivo, mas às vezes pode significar USB que estarão disponíveis. O Unix
muito mais. A Cobra, uma empresa de pode operar tecnicamente sob o AOS/VS
2.300 funcionários, que representa o e o Xodiac é um software de comunica
braço industrial do Governo em suporte ções que serve para implementar o mo
à reserva de inform ática, acaba de delo OSl/ISO até o nível 5.
anunciar a linha Cobra 1000 de super- A nacionalização dos superm inis
minis a ser lançada em outubro e um será progressiva, iniciando pelos com
mercado estimado de duas mil unida ponentes mecânicos e pelo suprimento
des, em 5 anos. de energia elétrica. Cerca de 60 especia
listas (la (’obra irão estagiar na Data
Estratégia defensiva General, para efetivar a transferência
de tecnologia. Quanto aos periféricos,
Para José A. Costa Magalhães, da Kclipsc M\ 4000 da Ikiüi Conorul, impute discos e terminais serão Cobra, íltas da
área de marketing, os novos superminis (uru de ( 7*11duplu, >12hits, (il terminais, nele Conpart e impressoras da Digital.
de 32 bits da Cobra irão competir nas do 200 ns. A Cobra iniciará importando insu-
classes IV e V e estender a reserva para mos na modalidade SKD (parcialmente
cima, "o que é uma necessidade para so A Linha 1000 desm ontado) term inando em CKD
breviver”. (complete knocked down) e pagará roy-
Segundo ele, o mercado de informá A Cobra 1200, com capacidade de 0,6 alties de 3(/< sobre as vendas I íquidas, da
tica pode ser visualizado como uma mips (milhões de instr. por sog.), será parte nacionalizada do produto.
pirâmide cuja base é dominada pelos fa baseado no MV 4000 e o Cobra 1400 com Quanto a possibilidade futura da Co
bricantes de micros e minis e o topo 1,2 mips, no MV 8000 II, desenvolvidos bra penetrar no mercado das classes
pelos grandes sistemas (com mais de respectivamente em 82 e 83, nos Esta V/VI, Jorge Ferreira é da opinião que a
509; dominado pela IBM). A estratégia dos Unidos, pela Data General. O sis tecnologia terá que ser obtida de fontes
das grandes corporações é portanto top- tema operacional será o AOS/VS (sist. japonesas ou então ser do tipo IBM. Dis-
down (domina o mercado a partir das
grandes máquinas) ao passo que nas
empresas de menor porte — entre as
quais a Cobra — a filosofia é lutar de
baixo para cima, a partir da base ins
talada.
Outra condicionante estratégica re
side no fato que já se prevê a obsolescên
cia dos superminis tradicionais basea
dos em microprocessadores para uso
geral-e que serão deslocados pela nova
geração de máquinas empregando com
ponentes específicos ou "proprietários”,
como são também conhecidos. Em con-
seqüência, operando defensivamente, a
Cobra pesquisou no mercado interna
cional que empresas apresentavam tec
nologia avançada e de maior compati
bilidade com a base de computadores
instalada no Brasil (para minimizar os
ajustes).
A escolha recaiu na empresa ameri
cana Data General Corporation, que
emprega 18 mil pessoas em todo o
mundo e ostenta o 65.” ranking da Re
vista Fortune. Também foram cogita
das a Digital, a AT&T e a HP, mas as ne B re a k fa st d e trabalho para apresentação da lin h a 1000 da Cobra a im p ren sa . A o centro, A rlin d o
gociações não tiveram prosseguimento. V a sq u es M a rtin s, d ireto r financeiro.