Page 57 - Telebrasil - Março/Abril 1985

P o l í t i c a I n d u s t r i a l
99 mensagens simultâneas de seis pági­
nas cada uma. 0 número atual é de
aproximadamente 2000 usuários entre
residenciais e comerciais, isto na capital
paulista.
Recrutamento de pessoal
A procura de emprego para a maioria
das pessoas representa um enorme des­
gaste físico e emocional pelo cumpri­
mento de uma rotina massacrante que
inclui, entre outras etapas, o envio de
currículos para um sem-número de em­
presas e o preenchimento de formulá­
rios nas agências de emprego e nos de­
partamentos pessoais.
Dificilmente esse processo poderá ser
integralmente suprimido, mas já há
uma fórmula que, pelo menos, simpli­
fica a apresentação do perfil do candi­
dato aos empregadores interressados,
mantendo sua identidade em sigilo, o
que é muito importante para os desem­
pregados ou empregados descontentes
com a firma em que trabalha: é o banco
de currículos do sistema vídiotexto da
Telesp.
Em operação desde dezembro de
1982, o videotexto, na realidade, ainda
está longe de ter uma penetração impor­
tante, uma vez que apenas 1.500 termi­
nais estão instalados em empresas e re­
sidências da cidade de São Paulo. Ape­
sar disso, apostando na importância
dessa mídia do futuro, quatro empresas
de recrutamento e seleção Videojob,
Proselco, Expert e BRD&S
tando esse serviço, embora a Videojob se
tenha estruturado para operar exclusi­
vamente com o sistema. Para as demais,
o videotexto é somente um apoio sofisti­
cado ao esquema tradicional de recolo-
caçáo, que consiste no envio do currículo
do candidato a um grande número de
empresas que estejam ou não recru­
tando pessoal.
Empresas que vào entrar no serviço VDT
Cetel
CRT
Telebahia
Fornecedores Brasileiros de Videotexto
BGM — Centro VDT
CMA — Modems
Digitei — Terminal de Usuário
Embracom — Modems
Itautec — Terminal de Usuário e Editor de Texto
Moddata/Coencisa — Modems
Parks — Terminal de Usuário e Modems
Splice — Terminal de Usuário e Terminal
Público (Olhóes)
Umtron— Micros com so ftw a re para VDT
P o d e S o f r e r
Industriais do setor estiveram reuni­
dos, em São Paulo, com o novo Ministro
das Comunicações, Antônio Carlos Ma­
galhães, e com o Secretário Geral do Mi-
nicom, Rômulo Villar Furtado. Os exe­
cutivos presentes fizeram ver ao Minis­
tro os problemas que ora afetam a in­
dústria de telecomunicações, como o da
pulverização do mercado, do reajuste de
preços, da forma de pagamento e outros
mais.
Em resposta, Antônio Carlos Maga­
lhães sugeriu a feitura de documento a
ser submetido ao Minicom, mostrando
os principais problemas e indicando
soluções que possam ser aplicadas. Den­
tre cerca de 30 participantes encontra­
vam-se Carlos Alberto (íravatá (Daru-
ma), Jaques Glaz (Embracom), Luiz
Carlos Bahiana (Equitel) Murillo La-
mes (Ayel), Delson Siffert (ABC), Sam-
são VVoiler (Sesa) I lervé Pedrosa < Nec) c
muitos outros.
vêm pres­
Rômulo Furtado, Secretário-Geral do
Minicom.
Por outro lado, consultado em Bra­
Telebrasília sília, o Secretário de Planejamento e da
Telemig Tecnologia do Minicom, Benjamin San-
Telepar kievicz, revelou que o orgáo está estu­
dando a reformulação da atual política
industrial, ao longo de duas linhas es­
senciais: "a manutenção da preferência
às empresas com maior participação de
capital nacional e a ênfase em critérios
que possam ser preenchidos por qual­
quer empresa, ao invés de critérios rí­
gidos”.
Dessa maneira, disse ele, paramê-
tros como tecnologia nacional, nível de
importação e outros mais passarão a ser
computados com maior destaque. Com
isso se pretende retirar algumas das
restrições atuais e dar maior liberdade
R e v i s ã o
de ação às empresas fornecedoras do
Sistema Telebrás.
*
— E evidente que se trata de idéias
em estudo a serem ainda submetidas a
apreciação do Sr. Secretário Geral e à
aprovação do Sr. Ministro — ressaltou
Benjamin Sankievicz — acrescentando
que "queremos dar maior oportunidade
às leis do mercado, além de apoiar a ini­
ciativa nacional e à pequena e média
empresas .
Relativo à reserva de mercado de
C entrais CPATs — potencial m ente
maior lembra o secretário Sankievicz
que já existem diretrizes a respeito, que
garantem a reserva desse mercado até
80Q mil terminais totais, o que deverá
ocorrer antes de 1988.
Quanto aos investimentos da Tele­
brás, o que se tem aprovado para 1985
são 4 trilhões de investimentos e 10,7
trilhões de dispêndios, baseados em au­
mento de custos de 100% e disponível de
2 trilhões em caixa.
Porém, a 'I elebrás, segundo seu Dire­
tor Económico-Financeiro, José Eugê­
nio Guizard, pleiteou à Seplan, via Mi­
nicom, um aumento de teto para 13 tri­
lhões de dispêndios e 6,3 trilhões para
investimentos, considerando uma base
realista de 200% para projeção dos pre­
ços. Isto corresponde a contratações da
ordem de 400 mil terminais para este
ano — mesmo assim insuficientes para
um país da dimensão econômica do
Brasil.
O pleito das indústrias está sendo
discutido pela Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrónica — Abi-
nee, que nomeou uma comissão de 13
membros, coordenada pelo engenheiro
Luiz Carlos Bahiana, diretor presidente
da Equitel e também da Telebrasil.
Também se integraram à comissão re­
presentantes da Associação Brasileira
de Empresas Construtoras de Redes
Telefônicas (Abecortel) e do Sindicato
da Indústria de Condutores Elétricos
{Sindicei).
O pleito que deverá abordar, segundo
Bahiana, os problemas da limitação dos
investimentos, do orçamento e dos tetos
que são impostos ao sistema Telebrás e
do reajuste insuficiente das tarifas, en­
fatizará os reflexos negativos que eles
trazem para a indústria em particular e
para a economia do país como um todo.
Também serão abordados os problemas
da pequena e média indústrias que se
tornam particularmente agudos numa
época de indefinições e de diminuição de
encomendas. O documento poderá ser
entregue ao Ministro Antonio Carlos
Magalhães por ocasião do IV Congresso
Brasileiro da Indústria Elétrica e Ele­
trônica, em São Paulo. (JCF)