Page 16 - Telebrasil - Março/Abril 1985
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BALANÇA COMERCIAL DO SETOR
Panafricana de Telecomunicações — Valores em milhões de dólares correnie
Panaftel, envolvendo contatos com 12 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984"
países daquele continente com vistas à •
Empresas Operadoras 104 64 35 43 30 19 20 20~~ 1 T '
modernização e expansão do sistema.
Im nnrtarnpç --------------------------------------
iMipui laçuco
Vale tam bém citar o program a de Empresas Industriais"’ 161 117 68 66 78 88 80 48 ~ Ú T
cooperação firmado com o Canadá, de
Total 265 181 103 109 108 107 100 68 ~ Y T ~
corrente de exigências brasileiras vin
culadas à contratação dos satélites de Exportações Y 31 25 35 33 32 22 17
comunicações — Brasilsat, e que vem
propiciando treinam ento e transferên Balança Comercial (Negativo) 263 150 78 74 75 75 78 51 ND
cia de tecnologia nas áreas de comunica
ções espaciais, de técnicas digitais e de (1) 31 maiores empresas industriais
componentes, para engenheiros e espe
cialistas da Telebrás, Embratel e do Ins Tabela l
tituto de Pesquisas Espaciais (INPE/
CNPq).
nacional. Foram também lançadas as de avaliar oportunidades da implanta- ,
In d ú stria e tecnologia bases para o estabelecimento de indús çáo de novos projetos.
trias com capital integralm ente bra Ressalte-se os resultados obtidos
sileiro que hoje produzem, com reserva pelo setor no campo do comércio ex
Atuando em conjunto com universi de mercado, equipamentos e materiais terior. No início do período do Governo
dades e a indústria, foram obtidas im utilizados no Sistema Nacional de Tele Figueiredo, a indústria de TCs dispen-
portantes conquistas no campo cientí comunicações. dia US$ 68 milhões com importaçõese
fico e tecnológico com trabalhos nas Ao (rcicom, órgão dos Ministérios exportava cerca de US$ 25 milhões. Em
áreas de comutação eletrônica, trans 1984 essa indústria importou US$40
missão digital, comunicações ópticas, das ( 'Omunicações e da Indústria e Co milhões, enquanto contratos de expor
mércio, coube desenvolver importante
comunicações por satélites e comunica atividade de assessoram ento, subsi tação já assinados montam a cerca de
ções de dados, dentre outros. US$ 200 milhões.
Mais de 150 patentes foram registra diando a política de desenvolvimento As contratações e instalações dos ter-
industrial das comunicações e contri
das o INPI, enquanto os resultados obt i- buindo para a nacionalização dos produ minais telefônicos são mostrados na,
dos eram sim ultaneam ente transferi tos (Tabela 1). Além disso, ressalta-se o Fig. 2, indicando que ainda há muito por
dos para a indústria, como é o caso da li apoio conferido a órgãos e instituições fazer, objetivando não só atender à de
bra óptica, que está sendo produzida por estaduais e regionais de desenvolvi manda reprimida, mas principalmente
indústria nacional instalada em Campi mento industrial, mediante convênios chegar-se á universalização dos serviços
nas (SP). A fibra óptica supera, em todos específicos celebrados com a finalidade telefônicos em todo o País. T
os aspectos, e está substituindo os tradi
cionais cabos telefônicos que se utilizam
de condutores de cobre. O produto já foi
testado em condições reais de tráfego,
com pleno êxito, interligando duas cen
trais telefônicas na cidade do Rio de Ja
neiro. Principais Eventos de 1984
Igualmente, foi colocado em opera
ção experim ental o equipamento Tró
pico R (central de comutação telefônica • Em 1984 foram colocados em serviço atingindo cerca de 4,4 bilhões de objetos,
— CPA de pequeno porte) desenvolvido 770 mil telefones correspondendo a um enquanto o tráfego telegráfico alcançava
pelo CPqD da Telebrás. crescimento de 7,8% em relação ao ano 18 milhões de mensagens correspondendo
No campo das comunicações por sá- anterior. O Brasil passou, assim, a contar a um acréscimo de 11% em relação a 1983.
telite, já estão sendo utilizadas no Sis com cerca de 10,9 milhões de telefones. • Na área de radiodifusão, isentou-se de
tema Nacional de Telecomunicações, as • O Sistema Nacional de Telecomunica autorização do Ministério das Comunica
ções a instalação e utilização de estações
estações terrenas fabricadas no País ções passou a atender 8.486 localidades terrenas de recepção de televisão via sa
com serviço telefônico no País.
com tecnologia nacional. • O tráfego telefónico e de telex cresceram télite por pessoas naturais para uso ex
Na área industrial, estimulou-se a 12% e 17%, respectivamente, em relação clusivamente doméstico e individual
nacionalização das indústrias e dos pro a 1983. • A instalação, pela Radiobrás, de emis
dutos de telecomunicações. O controle • Foi inaugurado o Centro de Operações e soras em Ondas Tropicais e FM em Ma
acionário das grandes empresas passou Controle dos satélites de comunicações capá (AP) permitiu concluir-se a cober
a ser exercido por brasileiros, consoli domésticas — Brasilsat, em Guaratiba- tura de faixa de fronteira na região ama
dando-se um parque fabril que hoje for RJ. zônica com emissoras regionais brasilei
nece a virtual totalidade dos equipa • Inaugurado também em Tanguá-RJ es ras. Foram ainda instaladas emissoras de
FM, em Boa-Vista I RR) e Cruzeiro do Sul
mentos necessários ao setor, com grau tação terrena exclusiva para comunica (AC) e retransmissores de TV em Cruzei
de nacionalização superior a 90%. As 70 ções internacionais marítimas via In ro do Sul (AC) e Luziânia (GO).
marsat.
maiores indústrias de telecomunicações • No campo da pesquisa e desenvolvi
garantiram , ao final de 1984, mais de 36 • De forma a ampliar o atendimento às mento, foi colocado em operação experi
mil empregos a brasileiros, dos quais áreas rurais, foi implantado em caráter mental o equipamento Trópico R (central
2.500 de nível superior. experimental, o serviço telefônico público de comutação com controle por programa
multicompartilhado por intermédio de li armazenado CPA de pequeno porte) e ini
A transform ação no perfil técnico- gações via rádio SSB e VHF-FM.
operacional da área industrial de teleco ciou-se a fabricação da fibra óptica desen
• O tráfego postal cresceu mais de 9%, volvida pelo CPqD.
municações em muito contribuiu para
am pliação da capacitação tecnológica