Page 68 - Telebrasil - Maio/Junho 1985
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tá tic a s , a serem experimentadas e
treinadas, posteriormente, em simula
dores táticos e exercícos limitados".
A Avibrás, em Sào José dos Cam
pos, atua em pesquisas de alta tecnolo
gia em informática para o Exército.
Um de seus produtos é o sistema de
direção de tiro — o Astro 11 — total
mente controlado por computador.
A Prólogo — subsidiária da Indús
tria de Materiais Bélicos (Imbel) — fa
brica microcomputadores, além de ou
tros sistemas para o Exército. Por sua
vez, a Edisa, concorrendo com vários
fabricantes nacionais de microcompu
tadores, foi selecionada para fornecer
ao Ministério do Exército, por um perí
odo de três anos, microcomputadores
multiusuários de sua linha ED-200 0
plano da diretoria de informática do
Ministério do Exército prevê a utiliza
ção dos micros em diversas organiza
Centro de Controle Operacional dos sistemas computadorizados nas fragatas da Marinha de ções militares, localizadas em vários
Guerra do Brasil.
pontos do território nacional, desta
cando-se a instalação de um ED-281
no Hospital Central do Exército
Thomson-CSF, o Cindacta II, implan a v a lia çã o e, possivelmente, a rea li- (HCE), no Rio de Janeiro, utilizando
tado pelo Ministério da Aeronáutica, m en ta çã o das técnicas de em p reg o, linguagens Mumps.
tem sede na Base Aérea de Bacacheri, conduzindo, finalmente, à seleção das Dentro de dois anos, o Brasil terá o
em Curitiba, e faz parte do projeto Sis mais adequadas a cada uma das situa primeiro simulador de direção de tan
tema de Controle do Espaço Aéreo ções em análise”. ques de guerra. A ABC Sistemas Ele
Brasileiro, que prevê a instalação de "Como resultado secundário, a con trônicos S.A. está investindo US$ 2
mais dois centros de controle de vôo: o dução de jo g o s de g u erra a n a lítico s milhões para desenvolver um protó
Cindacta III, na região Nordeste, e o permite a preparação de jogos de g u er tipo para o Exército. O diretor-supe
F ligh t In form ation R egion (FIR), em ra didáticos e a avaliação das possibili rintendente da empresa, Cláudio Gui
Manaus e Belém. dades das forças disponíveis. Tal avali lherme Leig, está confiante nessa bre
ação possibilita chegar a conclusões e cha de mercado que está surgindo.
Exército recom endações sobre a política de for Aliás, não é a primeira investida da
mação e treinamento de pessoal, prin empresa na produção de sistemas para
A Escola de Comando e Estado- cipalmente para tom ada de decisões, a área bélica. Segundo Leig, a ABC
Maior do Exército tem se desenvolvido bem como sobre as políticas de obten Sistemas desenvolveu simuladores de
na simulação de jogos de guerra basea ção de meios e de apoio”. vôo para aviões Tucano, que estão
dos em técnicas e pesquisas operacio "Outro resultado colateral é a possi sendo negociados para a Força Aérea
nais que fazem uso intensivo da tec bilidade de desenvolvimento de novas Brasileira.
nologia da informática.
Segundo a Ferranti do Brasil, "o
projeto de um jo g o de gu erra depende
da obtenção de dados de desem penho e
de grau de a p res ta m e n to das forças
envolvidas, o que gera a necessidade
de exercícios operacion ais e de coleta
de in form a ções, dentro do maior rea
lismo possível, bases essenciais para
adequada coleta de dados. Estas ativi
dades constítuem-se, muitas vezes, em
exercícios reais. A análise dos modelos
matemáticos permite estabelecer téc
nicas de em prego das forças”.
"A aplicação dos dados coletados às
técnicas de em prego selecionadas per
mite a condução de jo g o s d e g u erra
analíticos. Conduzidos de forma unila
teral ou bilateral, deles resultará uma
Nos consoles, o controle de todo
tráfego aéreo do Cindacla.
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