Page 79 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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José Alberto de Matos
Engenheiro do Departamento de
Desen vol vim en to
da Ericsson do Brasil
Introdução posto do "Adaptador de Videotexto” e do próprio televisor do
usuário.
Unidade In stitu cio n a l é um term inal compacto com tela
Estamos assistindo à implantação de um novo veículo de in
I própria para uso em escritórios.
formações, o Videotexto, criado a partir da uniáo de outros dois
Term inal de Edição é um modelo sofisticado dotado de re
veículos já bem conhecidos: o telefone e o televisor.
cursos que facilitam o trabalho de criação e edição de uma pá
Uma idéia simples, onde o assinante, através da linha tele
fónica, troca informações com um computador, que lhe envia gina de texto.
páginas de textos que são apresentadas no próprio televisor.
. As primeiras experiências foram feitas na década passada O adaptador
| na Inglaterra, onde o sistema, conhecido como Prestei, encon
tra-se em operação comercial desde 1979. Além da Inglaterra, O Adaptador de Videotexto é a unidade responsável no sen
outros países se dedicaram à pesquisa, desenvolvendo tecnolo tido computador-terminal, pela recepção e demodulação dos
gias diferentes. dados transm itidos pelo Computador Central, processando e
Muito se tem dito sobre os serviços colocados à disposição do transformando-os em sinal de vídeo, enquanto, no sentido con
usuário e sobre o impacto social que o veículo pode trazer num trário, adquire (via teclado), processa, modula e transm ite
futuro próximo. Porém, desta vez, vamos conhecer os aspectos pela linha telefônica os comandos que o usuário deseja enviar
técnicos e as diversas tecnologias disponíveis para im planta ao computador.
ção de um sistema de videotexto. A transm issão de dados pela linha telefônica no sentido
computador-terminal é feita a uma velocidade de 1.200 bits/
0 sistema segundo, através de uma portadora de 1700 Hz modulada em
FSK, com desvio de ± 40011/., dando origem a urna frequência
Na figura 1 temos um diagram a de blocos simplificado, de 1300 Hz (Fz) que representa o digito binário "1”, e outra de
mostrando as principais partes de um sistema de videotexto. 2100 Hz (Fu) que representa o digito "0” No sentido term inal-
Vamos descrever a função de cada bloco:
computador a velocidade de transmissão é de 75 bits/segundo,
sendo Fz 390Hz e Fa 450Hz, a portadora é a própria fre-
qüéncia Fz. Para ambos os sentidos, os dados são codificados
em caracteres de 7 bits -t 1 bit de paridade par com transm is
são assíncrona de 10 bits (1 startb it + 7 bits de dados + 1 bit de
paridade + 1 stop bit).
O sinal de vídeo a ser enviado ao televisor está disponível
em duas formas:
a) Modulado em VHF (canal 3 ou 4) devendo ser conectado
diretamente à antena do aparelho de TV.
b) Através dos sinais RGB e Y que podem ser aplicados ao
estágio final de video do TV com o que se consegue uma resolu
ção de imagem muito melhor.
As tecnologias
Embora a Inglaterra tenha sido a pioneira na implantação
do sistema Videotexto, muitos outros países também pesqui-f
Fig. 1 - Diagrama de blocos de uma configuração básica.
Computador Central — além de ser o banco de dados do sis
tema, com capacidade de arm azenar milhares de páginas de Memória de
textos, administra o sistema: Págma (s)
a) Controlando as chamadas, ou seja, identificando cada
usuário e calculando o total a ser debitado, de acordo com o ser
viço utilizado. Linha Gerador de
Telefônica Modem Processador Caracteres VHF
b) Recebendo e processando os comandos, através dos quais
o usuário requisita os serviços.
c) Controlando a atualização dos textos por parte dos forne
cedores de serviços e oferecendo-lhes estatísticas sobre a utili R
zação dos mesmos.
d) Gerenciando o serviço transacional, através do qual o
usuário se comunica com o fornecedor do serviço (efetuando
uma compra, movimentando sua conta bancária, respondendo
a uma pesquisa, etc), ou com outro usuário (correio eletrônico).
Unidade Residencial é o term inal de uso doméstico com- Fig. 2 - Arquitetura do Adaptador de Videotexto
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