Page 76 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1984
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Opinião: Ordem de Mérito: coral da Transbrasil, por ocasião do aniver
sário de dez anos da Rede Postal Noturna d*
Para César Rornulo da Helvécio Gilson, presidente da Embratel
Silveira, Secretário de e do Conselho de Administração da Telebra- ECT, celebrado em Brasília. Se aplica aqui
Governo do D istrito sil, foi agraciado recentemente com a Ordem com propriedade o adágio: "mais perto da
música, mais perto/lo céu".
Federal, falando sobre do Mérito Militar, no Grau de Comendador,
Teleinformática, "não tendo recebido a comenda das mãos do Ge
devemos ter medo nem neral de Divisão Diogo de Oliveira Figueire Enfoque:
vergonha de negociar do, Comandante da 1." Divisão do Exército. Segundo entrevista do Gen. Alencastroe
com os detentores do Silva, o regime mais eficiente para explorar
Capital e do Conheci* _ _ _ _ _ _ _ Apenas Transporta: as telecomunicações é o de uma empresa em
mento, atendidas três condiçoes: preservar a Em entrevista coletiva, em São Paulo, ò cada Estado, pois são estas empresas que
identidade nacional, manter autodetermina Ministro Haroldo Corrêa de Mattos, inda convivem com o Governo e com a sociedade
ção política, econômica e cultural e promover gado sobre o futuro das TCs e da Informática, local e por isso mesmo detentoras de maior
o desenvolvimento da sociedade com o má respondeu que "somos como uma empresa de sensibilidade para suas necessidades Com
ximo de auto-sustentação". transportes, o que nos for entregue será le um país de dimensões continentais como o
vado ao destino". Quanto ao FNT, ressaltou Brasil e regiões económicas tão distinta?-, o
que "só o Congresso Nacional pode mudar presidente da Telebrás acha que o enfoque
Fm Atividade: uma lei". deve ser mais político-social do que própria
Hygino Caetano Corsetti, Ministro das mente económico.
Comunicações à época do Governo Médici, é Tempo Escasso:
atualmente diretor da Raychem Produtos Ir Contribuir e Não Competir:
radiados. dos Guias Telefónicos do Brasil- Estabeleceu-se o se Neuza Bechara, primeira (mas não quer
GTB e membro do Conselho Consultivo da guinte diálogo entre o ser a única) a ocupar o cargo de diretora dt
Siteltra Natural de Caxias do Sul, RS, Cor- senador Roberto Cam uma empresa do sistema Telebrás. declarou
pos e o econom ista
setti encontra-se hoje domiciliado em Bra à Telebrasil espantar-se com a curiosidade
sília. Walter Barelli, do Die-
ese, em recente encon das pessoas. Dedicando-se muito à Teleacre
tro , a p ro p ó sito da onde comanda a parte administrativa e fi
aprovação da Lei de In nanceira, num local onde o lazer é raro.
Retorno: formática, em regime de urgência: afirm a que as condições geográficas onde
Sebastião Esteves RC - Temos que resolver em apenas 40 dias o vive reduzem muito o preconceito e que o
A lpha, antigo p resi problema da lei de informática no Brasil. E mais importante é, sem dúvida, contribuir e
d en te da T elebahia, pouco tempo. não competir.
após estada na NEC do WB - O tempo deve dar, visto que é o mesmo
B rasil, volta ao setor que tivemos para discutir o problema das
estatal, indo trabalhar eleições diretas.
na Embratel. Durante RC - Mas naquele caso era só dizer sim ou não
sua perm anência na e agora trata-se de saber como...
T elebahia, Alpha foi
responsável pela rá
pida apuração dos vo Polivalente:
tos baianos, durante as Além de presidente da Transbrasil, Omar
ultim as eleições, mo Fontana também é músico e tem varias com
bilizando o CPD daque posições de parceria com o poeta e artista
la operadora Luiz Vieira. E da dupla o hino cantado pelo
e a indep
Em artigo recentemente publicado em "O Globo”, Matias obra barata e ainda contar com outros incentivos que vão
Machline, presidente do Grupo Sharp, Sid e Digibanco, anali desde benefícios fiscais na exportação até a legislação antigre-
sa com competência e desenvoltura a situação atual da microe- ve, incidindo particularmente sobre a indústria eletrônica
letrôníca no 3.° mundo, dando como exemplo a Malásia. Entre outras considerações, Matias Machline esclareceu
— Toda a indústria eletrônica mundial — escreveu Machli Hoje, ao contrário do que ocorria há 15, 20 anos, já existe tec
ne — apoia-se em componentes de sofisticadíssima tecnologia, nologia para montagem automatizada dos pequenos compo
chamado circuito integrado ou "chip”. Sua produção envolve nentes. Estados Unidos e Japão não concordam com esse
três etapas distintas: projeto e engenharia; fabricação das pas avanço tecnológico em países em desenvolvimento, porque
tilhas ou difusão; e testes e montagens. A primeira etapa, per eles acreditam que até o final deste século o ciclo estará intei
cebe-se logo, concentra toda a inteligência do processo. E cara, ramente fechado dentro deles e em outros países industrializa
arriscada e demorada. Nela está a tecnologia. A segunda etapa dos. O sudeste asiático poderá continuar montando suas tele
jé é propriamente industrial e exige elevados investimentos e visões e microcomputadores para exportação, mas ficará —
mão-de-obra relativamente pequena, mas razoavelmente es como ficaremos nós, se não tomarmos cuidado — inteiramente
pecializada. A terceira e última etapa é simples, rotineira, dependentes da tecnologia embutida dentro de um "chip" im
mas requer muita mão-de-obra com baixo nível de especiali portado. O Brasil, felizmente, é diferente. Temos mercado in
zação. terno sustentando nosso desenvolvimento tecnológico e indus
— Desde que surgiram nos Estados Unidos, na década de trial, apesar das pregações no sentido de transformar isto aqui
50, os fabricantes de circuitos integrados — prosseguiu o presi numa imensa plataforma de exportação.
dente da Sharp —, depararam-se com o problema do alto custo Para o articulista, *'náo nos resta outra opção que não seja a
relativo a etapa de teste e montagem. Para resolvê-lo, deci de encarar a informática e a microeletrónica como um novo es
diram implantar unidades de montagem em países do sudeste paço de desenvolvimento industrial que temos para ocupar ’.
asiático e outros países onde fosse possível recrutar mão-de-