Page 28 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984

A Experiência dos Outros tema de controle de rotas (d radar múlti­ da NTT, mas advertiu para o fato de que a

plo) e processamento e aquisição automá­ combinação computador/telecomunicações

tica de 1400 pontos de aquisição de dados necessita o desenvolvimento de muito logi­

meteorológicos. cial, cujos custos crescem com sua comple­

blicas), como os serviços de multiacesso De­ As vantagens da estratégia adotada xidade.

mos (uso científico e cálculo) e Dress (uso pela NTT, afirmou Motomu Koumura, co­ Segundo Motomu Koumura, as áreas

gerencial e administrativo). Com operação meçou com o fortalecimento da tecnologia que devem ser melhoradas para otimizar o

iniciada em 73, os DIPS suportam atual­ japonesa, pelo desenvolvimento em larga desempenho do desenvolvimento dc logi­

mente mais de 50 sistemas diferentes — escala de sistemas integrados de computa­ cial (além da formação e trei namento de es­

afirmou Motomu Koumura que destacou ção e de CPAs, o que repercutiu favoravel­ pecial istas) estão na tecnologia e ferramen-

as aplicações telemáticas mais significati­ mente não só nas indústrias de componen­ tal lógico necessários à sua produção, tais

vas do J apáo: tes (deu-lhe mercado) e de logicial (padroni­ como: a programação em pequenos mó­

— Na área bancária, rede a nível nacio­ zou arquiteturas) como também desenvol­ dulos (com cerca de 100 instruções), que po­

nal (40 mil agências, ligadas a très DIPS- veu recursos humanos especializados. dem ser armazenados, retirados e reutiliza­

11/30 em Tóquio), caixa automática em ae­ Mostrou a seguir que cresce continua- dos. Esses módulos, com instruções neces­

roportos, supermercados, estações e centros damente a razão dos computadores ligados sárias a seu uso, são armazenados em ban­

comerciais em 6 das maiores cidades japo­ pelas telecomunicações (cerca de 10r^ dos cos de informações e dali retirados quando

nesas, sistemas compartilhados (mas inde­ 79 mil computadores que existiam em 80 necessário por intermédio de codificações

pendentes ) para atender a bancos menores no Japão) e a quantidade de sistemas para — chave (a parte mais difícil do processo).

e serviço de atendimento automático (voz processamento remoto. Quanto ao ferramental para desenvol­

sintética), via telefone; ver logicial, algo considerado muito impor­

— Na área social, redes de teleprocessa­ Nova Sociedade Requer Logicial tante, revelou o conferencista que plane­

mento (pacotes) para o Ministério do Tra­ jam introduzir na NTT um sistema comple­

balho e para seguridade social, centros de — Uma revolução está em marcha, fru­ to de produção de logicial, mas que as má­

informações médicas computadorizadas, a to das novas tecnologias de telecomunica­ quinas DIPSyá contam com programas cor­

nível de prefeitura e rede telemática de de­ ções (fibras ópticas, satélites, redes digitais, retivos e com máquinas virtuais, que po­

pósitos de poupança (20 mil agências, 30 CPAs, vídeo e teletexto) e de computação dem ser acessados remotamente por tele­

mil terminais); (micros, minis, grandes computadores, al­ processamento.

— Na regulação dos preços agrícolas e tos níveis de integração, periféricos). Sua A mensagem final deixada pela pales­

de produtos da pxjsca sistema telex-compu­ união formando redes integradas permite o tra de Motomu Koumura: a união das tele­

tador, cobrindo 14 pnncipais mercados e emprego de várias mídias como voz, vídeo, comunicação e informática pode modificar

para o tráfego aéreo e meteorologia, sis­ dados e informações — afirmou o dirigente a face da sociedade. T

Lei de Informática

O u v i n d o a s d u a s p a r t e s

A seguir, algumas das opiniões por ocasião do Informática 84.

Empresas Nacionais nancèiro. ”A simples reserva da maneira Data Point — "A existência de uma polí­

como foi assegurada não é suficiente E tica e importante, no sentido que as re­

Prológica — "Nós acreditamos que den­ preciso o governo apostar, confiar na in­ gras do jogo ficam assim claramente defi­

tro de mais 3 ou 4 anos estaremos sufi­ dustria nacional”. J.R. Faria Lima, Dire­ nidas". A postura da empresa é tentar

cientemente fortes e competindo no ex­ tor Geral de Marketing. participar do desenvolvimento nacional

terior”. Estamos porém preocupados com Cobra — "O que se quer é uma reserva de de maneira que a empresa participe do

o suporte que o governo vai dar ao ensino mercado e não de tecnologia, ou seja, po­ processo de desenvolvimento de tecnolo­

O maior problema encontrado hoje é com demos buscar tecnologia avançada no ex­ gia no Brasil”. — (Antonio Carlos Rocha.

a falta de profissionais de qualidade”. — terior e vamos evoluir em cima dessa tec­ Diretor Executivo).

(Pedro J Meinrath. Diretor de Marketing nologia As pessoas esquecem que temos IBM — "Os desafios do campo de proces­

Sistemas). reserva de mercado em vários segmentos samento de dados são enormes e a utiliza­

Edisa — "Uma lei apropriada para o mo­ como a indústria automobilística, petrolí­ ção do progresso de tecnologia avançada

mento atual. Veio oficializar uma prote­ fera, siderúrgica e que esta reserva tem nessa área é indispensável para promo­

ção às indústrias nacionais que era reali­ trazido grandes benefícios ao país” — ver o desenvolvimento económico-social

zada apenas por portaria Além de favore­ (Fernando Azevedo, à Revista Telebrasil, de qualquer pais. Em nossa opinião, o

cer às indústrias nacionais, a lei também set/out.i Brasil deveria utilizar todos os recursos

considerou a participação de empresas humanos, tecnológicos e financeiros exis­

multinacionais em até 30 por cento do ca­ Empresas multinacionais tentes, independentemente de origem ou

pital das em presas nacionais. Com á nacionalidade do capital da empresa,

garantia de proteção por 8 anos para em­ Burroughs — "Para nós não houve al­ para atingir a capacidade tecnológica em

presas nacionais, os empresários teráo teração significativa, ela só fez corroborar inform ática, aurfientar sua produtivi­

mais segurança para investirem. Isto se­ um síatus. Nosso programa de trabalho dade e alcançar competitividade interna­

guramente aumentará o volume das ven­ não foi alterado. Antes sabíamos que ha­ cional. O substitutivo ora aprovado res­

das e o domínio completo da tecnologia. — via um prazo, hoje sabemos que são oito tringe a participação da IBM e não apro­

(Milton Scorza, Vice Presidente). anos. — (Carlos Alberto M. Marques, veita a oportunidade de poder contar com

Sisco — "A lei é extremamente impor­ Gerente de Produtos). sua contribuição para o progresso bra­

tante para a informática. Já existe uma Digital — "Ela tem o lado extremamente sileiro Sempre respeitamos as leis dos

certa consciência do que o talento bra­ positivo, e que torna as regras claras, o países onde operamos e continuaremos a

sileiro é capaz”. Para a Sisco é muito preo­ que não se observava no passado. Quanto fazé-lo no Brasil, procurando ajustar nos­

cupante a presença dos bancos no setor a Digital, não muda nada em nosso plane­ sas operações a esta realidade”. — t Robeh

Infelizmente, no Brasil, o sistema produ­ jamento que se encaixa na lei”. — (Koen- Libero, Presidente e Gerente Geral da

tivo está sendo garroteado pelo sistema fi- raad Visser, Diretor Presidente). IBM do Brasil).