Page 53 - Telebrasil - Março/Abril 1984
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V a l l i m :
1 0 a n o s d e d i c a d o s
nl na época em que fez curso profissio credenciamento profissional e existe pre à T e l e b r a s i l
nalizante de 2.° grau em uma escola do conceito em relação às tarefas a serem
município, e que assim como muitos de executadas, pois ele se julga mão-de-
seus colegas crê que o esforço pessoal re obra barata e sub-aproveitada", explica a
move montanhas. professora que, no entanto, se recusou a
divulgar os números referentes a quan
O curso da moda tos estudantes procuram o ClEE. em que
área e que tipo de colocação lhes é ofere
Entre aqueles que jjá optaram por en cida.
genharia eletrônica, muitos pensam em Na verdade, estágio é uma preocupa
<ilyo ligado à co m p u tação . O u tro s, ção que os futuros engenheiros só en
porém, com a inclusão, este ano. de cur frentarão alguns meses depois dr iihii es-
sos de informática em duas faculdades sar na faculdade, quando o vestibular ja
UFRJ e UERJ — deixaram de lado a idéia estiver superado. Então, muitos repen
de se tornar engenheiros para ir mais sarão sua escolha, e enquanto alguns
direto ao assunto. Como Eliane Félix, dt abandonam o curso, outros. frente a
17 anos, que, além de gostar de ma tema gama rir opçoes maior otei et itla pela en
tica, anuncia enfaticamente que "adoro genhaiia. partuao para outras aifsts que
computação", Apesar de nunca ter li antes nào parei tam tao intei i'ss,inu*s
dado com um computador, se entusuis A se jultgai prla attaçào Cada vo/
mou com as conversas que teve com pr i maior dos jovem. pHa tntounail« a, - j-i V (l«l THl'hMMl Av.oCiaÇflíJ íií I
mos que já atuam no ramo e descobriu poi modismo ou poi nvil Intriw»» pelo <jt fi’k't orminu íiçòr*,. jm u yo/.ir mar.
sua vocação. assunto, trtlvtv os cursos universitários iim.i .ipo-.i-ni.KiorM (**1** j.i r uronel reformado
0 estudante interessado em estagiai acusem ja a partir deste .mu um oimioro fi.i Armrt.iuíu Jovttmi d,i Costa Vallim f*
e que não conheça a quem rocoi u m p o d e . maior de matriculas em Hotiònu ,r e até íjiji-,f !i fr 1 %«1 r Qill "ií trMç.if» fEi • m f. JaMr
por exemplo, se inscrever no C lEE. um em telet omuilK aiçôes m a i s rspet dica como uma associação de telecomunicações foi
i * . „ . . . _ _ .
orgao que como seu nome mesmo su mente. al«m do Into r<* va* vtonah/ario para dar Ih*j um
gere — Centro de Integração Empresa ob|(‘ttV0 maior l*a p.irlK qí.K • d»* mm iiaçao
Escola — pretende ser uma ponte entre Tecnólogo náo é bem aproveitado crev. imento foi, portanto, motivo de justificado
orgulho Apos dedicar 10 anos a esse trabalho
O tocnoloqo atua na area enfie o téi gratificante e receber as atenções que me foram
co de nível medio o o engenheiro ope culminadas, cabe-me. por dever de gratidão,
racional". Esta e a definição de Marco manter meus modestos préstimos a serviço de
Antonio Arahi, Diretor de Telecomuni nossa causa comum o desenvolvimento das
cações da Faculdade Estácio de Sá. unica TCs*\
instituição a oferecer o curso no Rio de 0 cel Vallim. em sua longa história voltada
Janeiro. Para Arabi. que é também enge para as telecomunicações, seja na área militar ou
nheiro da Embratel. a duração do curso civil, sempre se orgulha de ter colaborado, como
— ó períodos — é fator decisivo na opção assessor do Congresso Nacional, da elaboração
do estudante pela carreira de tecnólogo. do Codigo Brasilen o de Telecomunicaçòoes (Lei
"Nosso curso dá bagagem profissional 4 117/62). Além de participar, durante duas de
prática a curto prazo, enquanto os cursos cadas. de diversas conferências, seminários, cor
de engenharia só fornecem bagagem gressos e de delegações nacionais e internacio
teórica." nais na UlT. OAC1 e OEA. Vallim recebeu os se
O Diretor de Telecomunicações faz guintes títulos honoríficos: Cavalheiro da Ordem
questão de frisar que todos os profes do Mento Aeronáutico. Medalha de Guerra, Me
sores do curso são profissionais que dalha do Atlântico Sul e Diploma de Pioneiro das
atuam na área e trabalham em institui Telecomunicações.
ções como a Embratel, o IME e a IBM. O Na vida civi! exerceu funções na iniciativa pri
estágio, que proporciona ao aluno uma vada. entre as quais como diretor da Ente! S'A
experiência mínima no ramo. é oferecido Engenharia de Telecomunicações e da Teleoeste
por muitas empresas que procuram a fa (Companhia Telefônica Oeste do Brasil). É advo
culdade. Além disso, o próprio curso gado e professor da Cadeira de Estudos de Pro
mantém um centro de treinamento que, blemas Brasileiro da Faculdade Cândido Mendes.
segundo Arabi, "é fator de estímulo para cargo que já ocupou nas Faculdades Integ.adas
os estudantes e as firmas interessadas alunos e professores". Estácio de Sa. Durante os 10 anos em que traba
em aproveitá-los. A partir de uma relação Há, no entanto, uma queixa pela falta lhou na Telebrasil. Vallim esteve à frente da Se
de empresas que abrem seus quadros de reconhecimento da carreira de tec cretaria Executiva e como diretor-responsável
para estagiários nas mais diversas habili nólogo: Temos que mostrar ao mer pelas publicações da entidade.
tações, o ClEE encaminha os estudantes cado a importância do tecnólogo, que até Geralmente bem-humorado e não aparen
inscritos que mais se adaptem ao cargo agora tem sido aproveitado como téc tando os 74 anos de idade bem vividos e saudá
oferecido. Mas nem sempre isto acon nico. Nossa grande meta são as empresas veis, o cel. Vallim. mesmo conversando seria
tece. ' do Grupo Telebrás." Hoje, um profissio mente. é contumaz em surpreender seus interlo
A gerente de estágios Gtlda deixou es nal recém-formado em telecom unica cutores com frases filosóficas e, às vezes, “pia
capar que há certa resistência do estu ções consegue, em média, um salário de das”. Ele tem sempre algumas histórias para con
dante, e em particular do estudante de 500 mil cruzeiros e, ainda segundo Ara tar, seja da caserna ou de sua vida civil. Durante
engenharia, em aceitar qualquer indica bi, não tem sido difícil para os tecnólogos toda sua vida profissional ou particular, Vallim só
ção. "O estudante não vê o estágio como uma colocação no mercado. soube fazer amigos.
