Page 25 - Telebrasil - Julho/Agosto 1983
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Mais tarde, Guy Fiske, Sub-Secretá-                                                                          tarefas destinadas à SEI.  Estas cres­                                                                                  trária à reserva de mercado para o setor


             rio de Comércio dos Estados Unidos, ne­                                                                             cendo em proporção geométrica "podem                                                                                   de informática. Para Libero, a proteção


             gou que seu país esteja fazendo pressão                                                                             por em risco os objetivos primeiros da                                                                                 ao mercado pode Ser dada pela elevação


            para que o Brasil altere sua política de                                                                             sua existência” e conclui se não seria o                                                                               de tarifas alfandegárias e redução de


             mercado para os minis e microcomputa­                                                                               caso de "deixar para a Cacex e o Conse­                                                                                 impostos para os produtos nacionais. Na


            dores. Mas mantinha a expectativa que                                                                                lho de Desenvolvimento Industrial os                                                                                   ocasião, o diretor da Sucesu de São Pau­


            fosse aceita a cooperação americana "da                                                                              aspectos executivos”.                                                                                                  lo, Valdir Furegatti, disse que "existem


            maneira que seja possível”.                                                                                                  Em relação ao documento da Fiesp, a                                                                            posições radicais de um lado e românti­


                   Mário Garnero, do  B rasilinvest,                                                                             Sociedade  Brasileira de Computação,                                                                                   cas de outro”.


            questionou, por ocasião do 6.°Debate da                                                                              através de seu presidente,  Luiz Mar­                                                                                          A Comissão de Política Industrial da


            Telebrasil, porque as empresas abra­                                                                                 tins, discorda que a joint-venture seja                                                                                CNI-Confederaçáo Nacional da Indús­


            sileiradas do setor de TCs, face a imple­                                                                            uma garantia contra a obsolescência                                                                                    tria, em nota oficial, "considera inopor­


            mentação do CPA, não podiam ingres­                                                                                  técnica e quer que se prove que o setor                                                                                tuna, no momento, a alteração dos cri­


            sar na reserva de mercado da informá­                                                                                está com defasagem técnica.  A SEI já                                                                                  térios estabelecidos pela SEI para a re­


            tica, levando à necessidade de um ree-                                                                               gostaria que a Fiesp fosse mais explícita                                                                              serva de mercado que acha necessária, a


            xame do conceito de empresa nacional                                                                                 quando se referiu à "defasagem tecnoló­                                                                                fim de assegurar a economia de escala



            em diversos setores, por parte do Go­                                                                                gica”. O presidente da Assespro, José                                                                                  de produção e a incorporação de novas

            verno.                                                                                                               Maria Sobrinho, defende a reserva de                                                                                   tecnologias. A  nota defende o licencia­


                                                                                                                                 mercado e Sugere que esta seja exten-                                                                                  mento como forma preferível de trans­


                                                                                                                                 dida à indústria nacional de software. A                                                                               ferência de tecnõlogia externa, desde

                                Documento da Fiesp
                                                                                                                                 Associação Brasileira da Indústria de                                                                                  que vinculada à garantia externa de sua


                                                                                                                                 Componentes e Periféricos - Abicomp,                                                                                   absorção.

                   A Federação das Indústrias do Es­                                                                             nas declarações de seu presidente, An-                                                                                         Para Edison  Dytz, secretário-execu­


            tado de São Paulo elaborou um docu­                                                                                  tonio Didier Vianna, julga que a pro­                                                                                  tivo da SEI, ao encerrar o seminário "O


            mento, discutido na capital paulista                                                                                 posta da Fiesp tem como objetivo defen­                                                                                Brasil na Era da Informática”, promo­


            com representantes da SEI, e que basi­                                                                               der interesses multinacionais, uma in­                                                                                 vido pelo Serpro e pela própria SEI há


            camente destaca a exigência de 100% de                                                                               sinuação repelida formalmente pela                                                                                     necessidade de uma política efetiva


            capital nacional para as empresas do se­                                                                             diretoria da Federação.                                                                                                para o desenvolvimento da tecnologia


            tor de informática, como tendendo a di­                                                                                      A posição da SEI é reiterada por Jou-                                                                          de ponta no país. Citou, na ocasião, que


            ficultar a aquisição de tecnologia e levar                                                                           bert Brízida, após um almoço com a                                                                                     a compra de tecnologia pelos idos de 77/


            o país a um atraso comparativo bas­                                                                                  diretoria da Fiesp, em que reafirmou                                                                                   78, se olhado para trás, "verificaremos


            tante grande. Na opinião da Fiesp de-                                                                                não pretender alterar o modelo do capi­                                                                                que nos venderam uma tecnologia mui­


            ve-se "caminhar no sentido de admitir                                                                                tal 100% nacional e de sócios brasileiros                                                                              to obsoleta e que depois foram desconti­


            sócios estrangeiros minoritários em em­                                                                              residentes no país. Na sua opinião, o de­                                                                              nuadas”. A dependência tecnológica do


            presas de informática”, ainda que reco­                                                                              senvolvimento tecnológico nacional                                                                                     país é mostrada, segundo Dytz, pelo


            nheça que "o controle da tecnologia, que                                                                             atende à faixa de mercado a que se des­                                                                                volume de compra de tecnologia do ex­


            é um recurso escasso, pode permitir o                                                                                tina e não ficará obsoleto a médio prazo.                                                                              terior registrado no Instituto Nacional


            controle efetivo de uma empresa por um                                                                               A Fiesp, na ocasião, reiterou que sem­                                                                                 de Propriedade Industrial - INPI - quan­


            sócio minoritário”.                                                                                                  pre foi e é favorável à reserva de mer­                                                                               do comparado com nossas vendas, que



                   O documento analisa a atual política                                                                          cado.                                                                                                                  são insignificantes.


            de informática, ressaltando a reserva de                                                                                                                                                                                                           O debate deverá, porém, se extender


             mercado e os diversos instrumentos de                                                                                                          Política Nacional                                                                          ao Congresso Nacional. O Senado pro­


            controle implementados pela SEI como:                                                                                                                                                                                                      move um Simpósio para examinar a


             a aprovação prévia de qualquer compra                                                                                       Durante o encontro promovido pela                                                                             questão da informática, cujo interesse


            referente à informática por parte de em­                                                                             Sucesu, o presidente da IBM do Brasil,                                                                                para o país, segundo a Deputada Cris­


             presas estatais; a importação de insu-                                                                              Robeli José Libero, defendeu a necessi­                                                                               tina Tavares, "está acima dos partidos.”


            mos para a área de informática e o regis­                                                                            dade do país ter tecnologia sempre atua­                                                                               Assim está se preparando o terreno para


            tro de todo o tipo de software como teste­                                                                           lizada e em nível competitivo para seus                                                                               o estabelecimento em lei de uma polí­


             munhas da ampla abrangência das                                                                                     produtos, expressando sua opinião con­                                                                                tica nacional de informática.


















           Doze fabricantes devem lutar pelos superminis










                  Cerca de  12 fabricantes deverão                                                                                      A Edisa teve início com os minis 301                                                                          ser controlada pela Brasilpar. Em Is­


           atender ao comunicado 007/82 da SEI                                                                                  e 311 da Fujitsu, partindo a seguir para                                                                              rael, a Nixdorf tem uma emulação do


            visando concorrer à escolha para a vaga                                                                             o ED-100 (com base no chip Motorola                                                                                   4341 da IBM.


            de dois ou três fabricantes que terão a                                                                             6800), o ED-200 (chip Z-80A) e o ED-300                                                                                       A SID adquiriu tecnologia da Loga-


           reserva de mercado para os equipamen­                                                                                (chegando até 256 kB de memória). Se­                                                                                 bax, tendo sido desativada na matriz


           tos superminis.                                                                                                      gundo fontes do setor, teria sido o pro­                                                                              deixando a empresa sem a sua principal


                  Dentre os candidatos irão concorrer                                                                           cesso de melhoria tecnológica para utili­                                                                             fonte de know-how. A Sharp assumiu a


           certamente os atuais fabricantes de mi­                                                                              zação de micros de  16 bits envolvendo                                                                                comercialização dos produtos e está pro­


           nis: Cobra, Edisa, Labo, Sid e Sisco. A                                                                              um aditivo de contrato com a Fujiutsu                                                                                 curando adquirir tecnologia PCM (Plug


           Cobra, o maior fabricante nacional, ini­                                                                             para mais dez anos, que teria precipi­                                                                                Compatible Memory) compatível com a


           ciou utilizando tecnologia da Ferranti e                                                                             tado a concorrência de superminis no                                                                                  IBM. A Digilab e a Fundação Bradesco


           depois da Sycor, desenvolvendo o Cobra                                                                               país.                                                                                                                 apoiam a SID.


           400 dirigido para a área bancária e o Co­                                                                                    A Labo partiu para a tecnologia ale­                                                                                  A Sisco emula (um sistema que faz o


           bra 500 uma linha independente. Po­                                                                                  mã de Nixdorf, desenvolvendo o micro                                                                                  mesmo que outro) o Nova 3 e o PDP-8 e é


           derá concorrer com o sistema Cobra 540                                                                               8211. A empresa que tinha seu capital                                                                                 uma das primeiras empresas a empre­


           utilizando um disco importado de 300                                                                                 majoritário em poder do Grupo Forsa                                                                                   gar a tecnologia de bit-slice.



           Mb ou adquirir a tecnologia da DEC.                                                                                  (Ferragens do Brasil e Hevea) passou a
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