Page 22 - Telebrasil - Julho/Agosto 1983
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C o r t e d e i n v e s t i m e n t o s n ã o
a f e t a r á m u i t o à i n d ú s t r i a
I
"Estam os procurando aum entar nossa pauta de
exportação. Em bora tenham os com petidores de grande
porte e com m aior experiência, aos poucos vam os
conquistando o nosso m ercado”
Segundo o M inistro das Com unica m inais contratados, mas as restrições
ções, Haroldo Corrêa de M attos, o corte conjunturais vão lim itar este número
de investim entos não vai afetar sensi provavelm ente para 300 mil.
velm ente às indústrias de telecom uni Q uanto à área de pessoal afirmou
cações, porque dos Cr$ 500 bilhões que o que não haverá alteração nos compro
setor deveria investir, houve um a perda missos de custeio, isto é, náo há qual
de apenas 10%, ou seja, Cr$ 50 bilhões. q u e r p rev isão para demissões. E ex
A crescentou o M inistro que ''logica plicou:
m ente haverá um reflexo negativo, mas — O pessoal do setor de TCs é muito
b a s ta n te a te n u a d o . E fe tiv a m e n te menos aquinhoado, comparando-se com
quando há restrições de investim entos outras empresas estatais. Nós pagamos
náo podemos atender à dem anda que é o 13.° salário, temos um sistema de se
crescente. Claro que haverá prejuízos guridade social, mas me parece que náo
sobretudo para os usuários”. estam os sendo generosos ou pródigos
Quanto às exportações, revelou Cor nesses benefícios adicionais que conce
rêa de M attos que seu M inistério tem demos aos nossos empregados. E o mí
tentado, num trabalho conjunto com a nimo que podemos oferecer. Tampouc
indústria, contribuir para a abertura de nos excedemos nesses benefícios, poi*
mercado e m uitas das empresas do setor temos um orçamento muito controlad
já estào exportando equipam entos de
sua produçáo. No ano passado, as indús S atélite Doméstico
trias exportaram cerca de 30 milhões de
dólares. Este ano há algum as perspecti As restrições de investimentos a-
vas favoráveis, algum as concorrências em presas estatais também não afetará'
que o setor está participando e que pos o program a do lançamento do 1. sateli-
sivelm ente possibilitará p en etrar em M inistro Haroldo Corrêa do M attos acredita te brasileiro previsto para fevereiro de
novos mercados, inclusive com a ajuda e que o corte de investim entos não afetará sen 1985. Disse o Ministro Corrêa de Mano-
um grande suporte da Cacex. sivelm ente ás industrias do setor de teleco que os contratos firmados tanto corn
municações. grupo canadense (segmento espacia.
Nacionalização das empresas quanto com o grupo francês (lançador j
foram elaborados de maneira queos iê
O M inistro das Com unicações, em Referindo-se às C entrais de Progra milhões de dólares que o Brasil invés j
sua entrevista coletiva à imprensa, no ma ArmaZenado (('PA) disse Corrêa de tira no programa retorne ao país por ou
Clube de Engenharia, afirmou também Mattos que está em fase de desenvolvi tros meios, como transferências de tec
que a indústria de telecomunicações é mento o protótipo do equipam ento RC nologia para o INPE, o CNPq e oCPqF
muito pouco importadora. Cerca de 90% no (T q l) de Cam pinas, que deverá de Telebrás, além da importação por pan
dos equipam entos são fabricados no senvolver junto com a Equitel as cen dos países fornecedores da ordem de 40
Brasil e, em alguns casos, até 98%. E en trais de porte médio e de trânsito. m ilhões de dólares de produtos bra
fatizou: Voltando a falar de exportações, re sileiros.
— Os fabricantes de equipam entos velou o M inistro das Comunicações que, H aroldo C orrêa de Mattos disse
de TCs no país existem desde a década no momento, os interesses estão volta ainda, que o investimento no satélnt
de 20. Entáo é um fato consumado. O dos para a América L atina e África. Em doméstico justifica-se economicamert
que nós fizemos, e isto nem sequer fui eu sua últim a viagem a Lim a, o governo pois perm itirá atender a um grande nu
quem fez, este trabalho começou com o peruano mostrou-se interessado em ad mero de localidades que náosàoace^; j
Ministro Corsetti e foi muito bem con q u irir eq u ip am en to s b ra sile iro s. O veis pelos meios convencionais de tt. I
duzido pelo M inistro Q uandt de Olivei Peru, segundo Corrêa de M attos, já é um com unicações, inclusive canteiros I
ra, todas as grandes m ultinacionais que grande im portador de nossos aparelhos obras de indústrias extrativas situ... I
estavam instaladas no Brasil há duas telefônicos. E acrescentou: em locais remotos.
ou três décadas, ou talvez quatro, têm — E stam os procurando a u m e n tar — A gama de benefícios - afirmou« I
hoje o capital votante nas mãos do em nossa pauta de exportação. Embora te M inistro das Comunicações - e tar. I
presariado brasileiro, com poder deci nhamos competidores de grande porte e nha que justifica o investimento s j
sório e sem qualquer cláusula re stri com m aior experiência, aos poucos va 200 milhões de dólares que serão p. I
tiva. Por outro lado, te n ta r assum ir o mos conquistando o nosso mercado. em 7 anos com 3 de carência, dt ío ; j|
controle das grandes indústrias exigiria bastante facilitada, mesmo considr '
um pagamento em moeda forte que nos N ão h a v e rá d em issões do-se as atuais dificuldades financen I
sos capitalistas não possuem. Existem No momento, o Brasil gasta cei j
pequenas em presas que já estão total Explicou o M inistro que estava pre US$ 8 milhões com o aluguel do l '
mente nacionalizadas. visto para este ano cerca de 350 mil te r sat. (J.P.)
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