Page 82 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1982
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Fabricação de circuitos híbridos no CPqD da
W a ld em a r B a t t a g lia , c h e fe do D ep a rta m en to de Circuitos Híbridos, do CPqD/Telebrás. Telebrás.
— Em meados da década de 70, firmas vencional, que sempre inclui uma pro piloto e entrada em produção dos circui
ligadas às telecomunicações se interes babilidade de falha. tos, também dentro do CPqD, com prio
saram pela fabricação de ciucuitos hí Battaglia explica que o objetivo do ridade para os circuitos destinados a
bridos. Mas como a tecnologia para a fa CPqD é montar uma linha piloto com equipamentos de telecomunicações; e
bricação destes componentes ainda não capacidade de fabricar 100 mil ciucuitos assessoria à indústria em termos de es
estava desenvolvida no Brasil, essas híbridos por ano, para utilização como pecificação dos equipamentos, infraes-
empresas procuraram a Telebrás que, componente eletrônico. A montagem trutura, matéria-prima utilizada e as
na época, já pensava iniciar as pesqui desta linha será feita em conjunto com sistência técnica para a instalação dos
sas para o desenvolvimento dos ciucui dois fabricantes já selecionados, a Gra equipamentos e início da produção. 0
tos híbridos, pois seriam necessários diente e a Elebra. A transferência da contrato para a transferência da tec
para o Projeto Trópico — conta Batta tecnologia para a indústria terá três fa nologia será de cinco anos. Até dezem
glia. ses: treinamento de pessoal do fabrican bro deve ser assinado o contrato com a
Em conseqüência, o CPqD firmou tes, dentro do CPqD; operação da linha Gradiente.
contrato de cooperação tecnológica com
a fábrica Italtel, da Itália. Durante oito
meses, engenheiros do CPqD estagia
ram na linha industrial da Italtel, para
treinamento em técnicas de circuitos hí
bridos a filme espesso. Com o know-how
adquirido, foi m ontada a linha que
existe hoje no CPqD, onde são feitos
desde o projeto até os testes finais dos
circuitos híbridos.
Os circuitos híbridos são dispositivos
eletrônicos, confeccionados através do
uso de substratos, com configurações re-
sistivas e capacitivas depositadas sobre
esses substratos e sobre os quais são sol
dados componentes microminiaturiza-
dos ícapacítores, diodos, circuitos inte
grados, etc.), de forma que o conjunto
execute uma função eletrônica comple
ta, previamente projetada.
Segundo o chefe do Grupamento de
C ircu itos H íbridos, essa tecnologia
apresenta uma série de vantagens sobre
os circuitos impressos, a começar pela
compactação: os circuitos híbridos são
de cinco a seis vezes menores que os im
pressos. Além disso, tém confiabilidade Eng.°Lauro Edson de Carvalho Gomes, coor
superior, pois o processo utilizado na fa Antena parabólica de 6 metros de diâmetro denador do Program a de Comunicação por
bricação é a serigrafia, através da téc desenvolvida pelo CPqD/Telebrás. Satélite.
nica de multicamadas, e não a solda con