Page 22 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1982

necedores nacionais qualificados.
tuados pela própria Secretaria. Exis­
tem, também, as denominadas Comis­
sões Especiais, nas quais participam re­
presentantes de entidades diversas e
que são destinadas a auscultar as neces­
sidades, disponibilidades e tendências
da sociedade frente à informática. A
PNI se estrutura em objetivos, diretri­
zes, programas e projetos, mas sáo os
Atos Normativos da SEI, que regulam
de fato o setor informático.
As Comissões Especiais sáo em nú­
mero de nove, e dão bem uma idéia do
âmbito das preocupações da SEI: a edu­
cação; a microeletrônica; o software e os
serviços; a teleinformática; o controle de
processos; os planos diretores de infor
mática; a mecânica fina; os bancos de
dados e, por último, mas nem por isso
menos importante, a indústria de pro­
cessamento de dados.
• tecnologia m icroeletrônica.
• produção industrial e de mecânica fina.
• engenharia de pro d u to , arq u ite tu ra
dores, engenharia de periféricos.
Fig. I — O computador distingue-se das demais máquinas por armazenar uma programação
lógica que permite se autocontrolar (softw are básico) e reagira determinadas entradas para
fornecer determinadas saídas (softw are aplicativo).
Ainda que normativa, a Secretaria
pode invocar poderosos mecanismos de
pressão junto ao fornecedor nacional —
através da homologação de equipamen­
tos e internacional — através do con­
trole das importações — além de dispor
do controle do mercado consumidor es­
tatal (uma parcela nada desprezível), no
qual aprova os planos diretores e as con­
tratações na área da informática. A Se-
A reserva de mercado ressalta o con­
ceito, extrem am ente debatido, de em­
presa nacional para o qual se qualificam
aquelas que atendem ao critério (obje­
0 computador auxilia
a projetar e a fabricar; tivo) da maioria de capital votante na­
ao lado taxi aéreo cional, além de outros critérios não tâo
espacial. facilmente definidos como, por exemplo,
ter o poder de decisão no país e possuir o
controle efetivo da tecnologia utilizada.
Já na área de softw are, que possui
um aspecto mais intangível, não se re­
correu à estratégia de reserva de mer­
cado, mas sim ao registro obrigatório do
software no país (Ato Normativo n.° 22),
o que permitirá barrar a importação le­
gal de lógica com similar nacional regis­
trado .
Na área de controle de processos, ob­
cretaria também controla o estabeleci­ jetiva-se garantir um tratamento pre­
mento de ligações internacionais de ferencial para a indústria nacional,
teleinformática e aprecia, junto com o para o que se tende a preferir pacotes
Instituto Nacional de Patentes Indus­ importados, cujas propostas separam o
triais, os contratos de transferência de segm ento controlado (m ais caro), do
tecnologia. segmento controlador (a parte mais che­
Apesar da área de interesse ser mui­ gada à informática).
to vasta, a atuação da SEI tem se con­ A robótica é outra que preocupa a
centrado em seis áreas principais: o pro­ SEI e que envolve, não só aspectos técni­
cessamento eletrônico de dados, o que cos, mas também diversas repercussões
engloba o hardware, o sftwaree os servi­ na área econôm ica — como manter a
ços; o controle de processos em tempo competitividade industrial a nível in­
real e a robótica; os projetos e a fabrica­ ternacional — e social — na manuten­
ção auxiliados por com putadores; a ção do nível de emprego e na reciclagem
teleinformática; a microeletrônica e os dos trabalhadores deslocados pela auto-
bancos de dados. moção.
No tocante à telem ática, a área do
A A tuação da SEI Minicom vem implantando a rede públi­
ca de comunicações de dados, com tec­
() Processamento Eletrônico de Da­ nologia de pacotes e dentro do que preco­
dos tem-se constituído, sem dúvida, o niza o CCITT. Tem sido também im-
^ -
OS SETE PONTOS CHAVES DA AUTO-SUSTENTAÇÀO
• software básico, utilitários, sistema operacional, lin ­
guagens.
• softw are aplicativo, empresas de sistem as, em pre
de com puta sas de serviços.
• técnicos treinados em quantidade suficientes.
Fonte: J. C. M ello
dia-a-dia da Secretaria Especial de in­
formática, que na área definiu (Ato Nor­
mativo n.° 16) uma reserva de mercado
nacional para minicomputadores, mi­
croprocessadores, equipamentos peri­
féricos de comunicações de dados e ou­
tras máquinas de escritório. A definição
do mercado de m inicom putadores foi
Os dispositivos periféricos necessitam de me­
historicamente mais importante, limi­
cânica fina; acima impressora e unidade de
tando a quatro, e depois a cinco, os for- disco flexível de fabricação nacional.