Page 10 - Telebrasil - Maio/Junho 1981
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T — A Telerj tem planos de instalar al T — Em São Paulo, devem ser instala
guma central de informações, como já dos, ainda este ano, 1.500 terminais de
existem em outros estados? videotexto. Por que São Paulo foi esco
lhido para iniciar a experiência? Razões
S — A m inha opinião é a seguinte: eu de mercado?
acho que nós precisam os recuperar a
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em presa e sua imagem. Por isso, a m i P — A credito que sim. A cidade d e São 1 > i f / / M I / i * éí * 2 1
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nha maior preocupação, no m om ento, Paulo é um com plexo econôm ico bem i I * • I*' rá m l/
é prestar um bom serviço telefônico e desenvolvido, e já tem uma faixa d e p o
um bom serviço d e telex. O resto nós pulação, já tem grupos capazes d e p a wA % • W* k m .4 é H
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vamos obtendo aos poucos. Há servi gar p or uma inform ação. Assim é tam \ , /• vA W éC
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ços verticais qu e são fundam entais: a bém em outras cidades d o Brasil, mas,
hora certa, este que im plantamos agora eu acredito que São Paulo é a que tem
em convênio com o Mobral, que é para as condições para o início da experiên
dar inform ações às crianças sobre ma cia com o videotexto e com possibilida
térias do 1." Grau... cam inharem os, é des d e sucesso.
certo, para as centrais de informações.
O usuário poderá usar o telefone para T — São Paulo é um estado que oferece
obter as inform ações que desejar; sem uma vasta gama de possibilidades de
precisar se deslocar. Cam inharem os, implantação de centrais de informa
obyiam ente, para este tipo de serviço, ções. Isso está nos planos da empresa?
mas, no m om ento, o que mais nos pre
ocupa é o telefone e o telex. P — Existem já alguns serviços im plan Telebrasil — A Telest come
tados p or organizações privadas. Um çou a usar a multimedição no
T — Mas a imagem da Telerj já não está deles é o serviço do IOB— Inform ações ano passado. Quais foram os
suficientemente recuperada para que Objetivas — que já dá uma série d e co resultados obtidos pela em
se possa pensar em novos serviços? tações de m oedas, de ORTN— isso já é p resa em term o s operacionais e
possível conseguir, diariamente, hoje. financeiros?
S — Olha, eu esp ero qu e sim, espero Já existem em p resas p riv ad as utili
que você tenha razão. Veja bem, a rede zan d o cen trais d e in form ações. Eu Canongia — Inicialmente, nós procura
do Rio de Janeiro não é uma rede telefô acho que está sen do um sucesso: pou co m os usara m ultim edição em tempo in
nica igual às d os outros estados. A a pouco, não só a sociedade, com o as tegral, vinte e quatro horas por dia.
Telerj é a em presa-m ãe, a Telerj tem em p resas p riv ad as, estão se d an d o N ão hou ve reação d o povo, porque fi
cinquenta anos, a rede telefônica que conta de que é um bom negócio. zem os uma preparação através da im
nós estam os recu peran do vai exigir prensa, m ostrando a finalidade maior,
muito dinheiro. T — E o colapso do tráfego de São Pau qu e era, inclusive, a d e desafogar o trá
lo, é para quando? fego, e vínham os m antendo o funcio-
nam ento dessa form a, até que recebe
m os instruções da Telebrás — já que al
Telebrasil — Quais os objeti P — Olha, eu acredito que, antes que is- gum as em presas só adotavam a multi-
vos que a Telesp pretende al so aconteça, sejam tom adas providên
cançar com a adoção do ser cias, quer dizer, nos devem os reiniciar m ediçào das oito às vinte horas—para
viço multimedido? os investimentos. Mas, serviços com o o qu e usássem os o m esm o critério, e as
videotexto, d e que nós falam os, têm a sim o fizem os. De m odo que, hoje, lá
Paiva — N osso principal objetivo é a grande característica d e que o seu pico na Telest, nós só tem os a multimedição
disciplinação do tráfego, E nós estamos ilc tráfego nunca coincide com o pico até as oito horas da noite, voltando a
preven do que, devido à necessidade íle tráfego d o sistem a telefônico. Então, fu ncion ar às oito horas da manhã do
que tivem os d e dim inuir os investi sob este ponto-de-vista, ele ê muito in dia seguinte. O resultado operacional
mentos, provavelm ente, se não houver teressante, porque sua grande utiliza foi m uito bom , isso veio melhorar o trá
maior disciplina no tráfego telefônico, ção e sem pre fora das horas d e pico d e fego da em presa. Quanto ao aspecto fi
nós poderem os enfrentar congestiona trai ego telefôn ico e ele não con corre nanceiro, foi m elhor ainda, porque ti
mentos a partir de 82. Então, existindo pa ra cria r preiblem as. vem os uma m elhoria sensível na recei
ta da em presa.
o serviço m edido, o próprio usuário
cuidará m elhor da disciplina. T — A Telesp monitora cuidadosa
T — Esse aumento de receita é calcula
mente o seu tráfego. Já existe algum in
do, geralmente, em torno de 8%. De
dício de deterioração da qualidade do
quanto foi, no caso da Telest?
serviço, em razão do au m ento de
tráfego?
C — E, ap rox im ad am en te isto. Tam
bém está dentro dessa ordem, de oito a
P — Não, nós não detectam os ainda d e d ez p or cento.
terioração d e tráfego. Os indicadores K
clássicos, com o ru ído d e d iscar etc, T — A Telest fez uma campanha antes
continuam , ain da, bon s. O q u e n os da adoção do serviço multimedido. De
preocupa um pou co é a quantidade d e que maneira ela foi conduzida?
telefon es qu e nós tem os já p ed id o s e
qu e não p o d em o s aten d er. E ntão, o C — Essa cam panha foi feita através da
que p o d e acontecer é que, sem qu e a im prensa escrita, falada e televisada,
em presa p ossa con trolar, um a parte m ostrando que, no fundo, com a multi
dos telefones residenciais com ece a se m ed ição não se pretendia o aumento
tornar d e telefones com erciais. C om o o da receita. Era uma questão de educar o
telefon e não residencial processa, em p ov o para utilizar o telefone da melhor
m édia, três vezes mais tráfego d o que form a possível, isto é, falando pouco e
um telefo n e resid en cial, es tá-se cri desafogan do o tráfego, permitindo, as
ando o cenário para um provável con sim , q u e ou tras p esso a s pudessem
gestionam ento no futuro. utilizar o sistem a telefônico. w