Page 14 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1981
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de comutação quantificando estas eco
As centrais digitais permitem comutar
nômica. Pode-se assim enviar esse nomias (3).
circuitos PCM diretamente, isto e, os
trem de pulsos digitais a grandes dis
pulsos “ 1 ou 0” são comutados pela
tâncias sem sofrer aquelas distorções Esta economia significa que as empre
central. Há uma integração entre os
dos sinais sob forma de ondas. Em ou sas operadoras reduzem seus investi
circuitos (transmissão) e a central
tras palavras, a transmissão digital não mentos de 20 a 30% quando passam a
(comutação) (figura 5).
é tão vulnerável às penalidades de usar comutadores digitais na sua rede
transmissão como os sinais analó (seletores de grupo e centrais tandem).
Dissemos acima que a parte mais dis
gicos. Em outros termos, podem implantar
pendiosa e responsável pelas distor
mais equipam entos com o mesmo
ções no PCM são as sucessivas codifi
Integração da Transmissão e Comu montante de investimentos.
cações e decodificações. E fácil con
tação
cluir a economia e elevação da quali
Conclusão
dade quando os circuitos PCM dei
Os técnicos batizam esta integração
xarem de ser trechos isolados entre as
por ITS (= Integrated Transmission O tema ‘‘central CPA” é vasto e pode
centrais comutadoras. Há inúmeros
and Switching). ser explorado tanto em extensão como
trabalhos apresentados nos congressos
Para melhor compreensão desta téc —
nica, achamos interessante mencionar
como funciona hoje uma rede sem esta
integração (figura 4).
A transmissão digital (circuitos PCM)
está presente há muito tempo nas nos
sas redes metropolitanas. A ligação
telefônica que você faz, provavel
mente, em algum trecho foi transfor
mada em “ zeros” e “ uns” e depois
reconstituída sob a forma de voz hu
mana (analógica).
U m a c e n t r a l d i g i t a l r e a l i z a
a p r o e z a d e c o m u t a r L • Central local analógica
• Contrai tandom analógica
T
p a l a v r a s d i g i t a i s d e H b i t s . C Codificador Docodificador PCM
b ig. 4 Rede urhum sem integração (' 'seção a seção'')
Hoje isto é feito “ seção a seção” .
Como as centrais existentes na rede
brasileira ainda não são “ digitais”
elas não podem comutar circuitos
PCM serri convertê-los previamente à
forma analógica. Esta conversão não é
somente a parte mais dispendiosa mas
também aquela que introzuz degrada
ções da qualidade, pois a lei de conver
são analógico-digital (quantização)
utiliza-se de “ arredondamentos na co
dificação” .
Nossas redes urbanas hoje já utilizam
até 30% de circuitos PCM, porém sem
integração. Cada vez que um circuito
PCM precisa comutar-se com outro
através de uma central, deve transfor
mar seus sinais à forma analógica, ser
comutado e depois, novamente ser co
dificado.
Fig. 5
Rede urbana digitalizada (integrará
açao troncos e comutação)