Page 39 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1980
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Segundo os participantes, ‘ ‘o horizonte de pla tirá o ganho ou a perda proporcional à sua pro cada, possivelmente através do acompanha
nejamento deve ser compatível com o tempo da dutividade, perdendo-se assim, cm breve, a mento dos custos controláveis, responsabill
maturação dos investimentos; no entanto, as in sensibilidade sobre seu real desempenho. zando cada gerente por urna atividade dentro
certezas conjunturais requerem planos adaptati- destes custos controláveis” .
vos e conti gene ias, nunca |>erdcndo dc vista, Prosseguindo o debate, foi dito que hoje em pia
no entanto, o horizonte mais longo” . Segundo consideram mesmo alguns macroecononustas
a imagem de um debatedor, a atividade dc pla que o assunto de produtividade pode vir a sei Para alguns o aumento da
nejar é como a de voar' ‘pois ambas necessitam até mais importante do que o próprio aumento
a fixação dc objetivos e saber de onde se vêm e de capital. produtividade pode vir a ser
para onde se deseja ir” . Na mesma linha de
pensamento, foi considerado importante ” não Ainda sobre o mesmo tema foi debatido sc, no até mais importante do que o
se deixar afastar dos objetivos durante a execu caso de se considerarem objetivos econômicos do capital.
ção do planejamento” . e sociais, deve existir uma relação de priorida
des entre eles ou sc estas serão indefinidas.
Uma das observações mais interessantes foi a de Seria viável, por exemplo, obter uma função
quanto aos aspectos dos objetivos planeja que integre a utilidade econômica e social de l;inalmcnte ao responder sobre se as condições
mento das empresas. Devem estes ser só econô um empreendimento? Ou seria preferível ter de COnioMO devem ser limitadas em termos di
micos ou também econômico-sociais? Como uma situação em que o objetivo mesmo e o lu va l o r e s fixos por rubrica ou se em termos dc
medir melhor c na prática os objetivos cro e as e o i u l i ç o e s dc contornos s ã o constituí saldos ou índices, como por exemplo envol
econômicos? Em termos monetários, através do das pelos objetivos sociais? vendo a Receita e a Despesa operacionais, a
lucro? Ou cm termos físicos, mostrando o s ga maioria sc manifestou a lavor desta última op
nhos dc produtividade? Neste alto nível dos debutes foi comentado que ção que favorece a flexibilidade empresarial.
a resposta “não eslã nu dicotomia dos evtiemos Observou-se, com minta propriedade, que a
e sim na mistura de custos objetivos: o cconô em prosa estatal, atua numa faixa dc produtos
0 lucro ou prejuízo apenas mico e o MH iul” , sendo que algumas empresas intermediários na qual: e dado fomento a um
criaram "um modelo puiticului com obfrtivos determinado setor, e implantada uma determi
monetários distorcem a visão sociais e recursos d e t e r minados, julgando q u e a nada ml f a estrutura ou se provê a insurnos bási-
sobre o desempenho da em compatibduaçuo de .ímhos objetivos c e x t r e i o * , p a i a ¦> pais, e n e s t e contexto a hierarquia
mamente relevante” . maior d o s objetivos reside, sobretudo, na eco
presa. No tocante a iiVeiisiiiaç.io do ganho de produti n o m i a g l o b a l , c o m o s e r i a o c a s o por CXCmplo
vulade “ e necessário desenvolver esta meio da necessidade de geração de novos em pregos.
sutuçao evitando uuc o lucro monetário on
Um das observações mais interessantes foi a do ainda os pretensos objetivos sociais niasv aiem A s e m p r e s a s estatais brasileiras ofereceram,
que se o Estado optou por Utilizar a empresa es a falta de produtividade. Devem se explicitar através do evento, experiências ricas, acumula
tatal e não o órgão público, para realizar S6U8 bem e quantificar e classificai bem os objetivos das ao longo dc existências passadas cm coo
objetivos, teve cm vista, sem dúvida, mantei sociais, devendo haver um ‘’contrato*' entre a junturas as mais diversas, mostrando que po
em foco os aspectos econômicos da questão. empresa, estatal atua numa faixa de p r o d u t o s dem ser eficientes e flexíveis, inovando e se
No entanto, no caso cm que as tarifas, por exem intermediários na qual c dado fomento a um adaptando dinamicamente, dentro do contexto
pio, são modificadas pela conjuntura, a empresa corretamente o dcscmpcnhodc cada empresa” . sócio-económico brasileiro, para, ao lado da
estatal tem seu lucro modificado ser for medulo Na mesma linha do pensamento foi também iniciativa privada, constituírem-se nos pilares
apenas em termos monetários, o que não refle dito que a “ produtividade tem que ser quantifi do progresso nacional. (Editora Telebrasil)
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I O s í o m e n s e
• O I RE de Minas Gerais já tem pronto um
s u a s m á q u i n a s projeto para processar filiações partidárias
• Os especialistas da IBM estão realizando por computação eletrônica e utilizar o com
putador em eleições. A máquina de votação
uma experiência inédita com um computa
m a r a v i l h o s a s utiliza cartões perfuráveis pelo próprio elei
dor; a captação da voz humana e sua trans
tor e foi inventada pelo engenheiro-
crição cm caracteres impressos. Baseado em
1 um vocabulário de mil palavras, o computa agrónomo Elton Rodrigues Lima, de Belo
Horizonte. j
dor tem transcrito frases, lidas em veloci
dade normal, com 91 % de acerto. Até o mo
• O uso do computador no tratamento de !
mento, usou-se a voz de uma só pessoa, mas
doenças e no aprendizado humano, incluin
é fácil a adaptação para falas diversas.
do-se a abordagem de problemas psicológi
cos, foi debatido no simpósio promovido
• O Centro de Processamento de Dados do pelo Instituto de Pesquisas Especiais, sob o
Estado do Rio de Janeiro está e aborando, tema * Inteligência artificial; por que tentar
para a Secretaria Estadual de Educação, um fazer o computador pensar?” Atualmente,
sistema de informações destinado a auxiliar quatro grandes centros clínicos do exterior
o processo de administração escolar que já utilizam o computador, em quatro amplos
abrangerá todos os estabelecimentos de en programas; glaucoma, doenças infecciosas,
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sino do estado. medicina interna e problemas renais.