Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto 1979

mento e, principalmente, para a elabo­
ração da projeção do mercado. As in­
formações obtidas juntamente com as
colhidas por ocasião do levantamento
de unidades e, ainda, as características
de desenvolvimento do mercado e a
análise das tendências de crescimento
da cidade, possibilitam a previsão do
mercado para períodos de até 20 anos.
O mercado potencial ou não atendido é
identificado retirando-se do total de
unidades (mercado total) a quantidade
de assinantes existentes e promitentes
usuários.
Classificação Sócio-econômica
Por ocasião do levantamento de campo
é feita uma classificação preliminar do
mercado, por face de quadra. Esta
classificação permite a estratificação
da localidade em áreas sócio-econômi-
cas homogêneas. Esta estratificação é
feita por elementos devidamente trei­
nados que levam em consideração,
principalmentc,
residências, urbanização,
públicos, etc., para definição dos limi­
tes. Posteriormente, os limites defini­
dos em campo são revistos levando-se
em consideração outros elementos co­
mo o potencial da área e o poder aqui­
sitivo dos habitantes, com o objetivo
de se obter melhor homogeneidade das
áreas sócio-econômicas.
Após a delimitação das áreas e sua
classificação sócio-econômica, são fei­
tas as pesquisas de mercado que têm
como objetivo, entre outros, a determi­
nação dos índices de interesse telefôni­
cos de cada área, que serão utilizados
no desenvolvimento do projeto de rede
local.
Determinação dos índices de Interesse
Telefônicos (111)
A pesquisa de mercado é elaborada por
elementos especialmente instruídos e
supervisionados, que utilizam ques­
tionários próprios para obtenção de
dados que possibilitem a determinação
da demanda global de cada área sócio-
econômica homogênea e a demanda de
cada unidade não residencial.
As informações que possibilitam a
determinação do 1IT e da demanda são
obtidas a partir de questionários
próprios preenchidos durante a pesqui­
sa, através de entrevista pessoal.
Para determinação do índice de inte­
resse telefônico (MT) do mercado resi­
dencial é estabelecido um universo
amostrai representado pelo mercado .
potencial.
O universo que compõe o mercado não
residencial é composto por todas as
unidades não residenciais de mé-
dio/grande porte que têm capacidade
de absorver mais de um terminal tele­
fônico.
Todo o universo que compõe o mer­
cado não residencial é devidamente en­
trevistado, enquanto que, para o mer­
cado residencial .é estabelecido um pla­
no de amostragem. Em geral, o tama­
nho da amostra é calculado admitindo-
se um coeficiente de confiança de
95,5% (2 ò ) e um limite de erro de
± 2,5%.
Com a análise e tabulação dos dados
obtidos na pesquisa são determinados,
entre outros, os seguintes dados que se­
rão utilizados na elaboração do proje­
to:
características de
serviços — Demanda
próximos 20 anos, por unidade não re­
sidencial pesquisada — (este dado é
lançado na representação da edificação
nas plantas do cadastro urbano);
— O índice de interesse telefônico
(11T) residencial, por área sócio-econô­
mica.
Através da projeção do mercado po­
tencial no tempo, obtém-se a demanda
e o índice de interesse telefónico a
médio e longo prazos.
Como exemplo, vejamos o quadro
abaixo:
ANO 1978 1983 1988 1993 1998
IIT 0,74 0,76 0,77
O MT, no último ano de pesquisa, e a
demanda não residencial para 20 anos,
permitem a definição das Seções de
Serviços e a elaboração dos dimensio­
namentos da rede local.
1.2. Determinação das Seções de Ser­
viço
1.2.1. Rotas eAreas de Influência
A inexistência de métodos precisos pa­
ra a definição das rotas de canalização
subterrânea faz com que o trajeto seja
determinado empiricamente.
A própria dependência do trajeto óti-
mo da canalização subterrânea a va. ^
riáveis extrínsecas como configuração
geográfica da área, correta localização
da Estação no centro de fios, obstácu­
los artificiais e naturais e distribuição
incerta da densidade telefônica, difi­
cultam o estabelecimento de métodos
científicos.
Entretanto, a importância econômica
da canalização subterrânea faz com
que a escolha da rota seja precedida de
uma análise criteriosa. Nesta análise,
são levados em consideração princípios
como:
— Comprimento mínimo;
— Quantidade de furos compatível j
com a necessidade de cabos a lon-J
go prazo (30 a 40 anos);
— Rotas no eixo de simetria das con­
centrações de carga, a longo prazo;
— Possibilidade de aproveitamento
de canalização existente;
— Pontos de localização de futuras
Estações, quando a rota de cabo
telefônica para os troncos futura poderá coincidir
com a de cabos atuais;
— Possibilidade de futuras deri
vações secundárias.
Somente conhecendo as tendências dt
crescimento da demanda é possível de­
finir com correção o trajeto ideal da
rota de dutos, a partir da Estação Tele­
fônica.
Uma vez definida a rota ideal, deve-se
fazer a confirmação da viabilidade da
escolha em campo, analisando o loc&
da rota, sua topografia, existência de
aclives ou declives inconvenientes, ur­
banizações incompletas, solos inade
quados ou congestionados, etc.
A rota escolhida em planta, original
0,83 0,87 mente, não deve sofrer alteraçõessubr
tanciais. 4
Confirmada a rota ideal são traçai
os limites da sua área de influência. 0 |
assinantes localizados entre estes 1$
tes devem ser atendidos pelo nrf
percurso possível, procurando-se0
mizar, portanto, o comprimento
circuitos e a quantidade de cabos #
cessários à interligação da facilidade
•
Estação. I
Para delimitação da área de influi |
da rota são também levados emeo^ *
• ^
deração os limites naturais e obstâcu-
geográficos como estradas de
rios, estradas de rodagem, etc.