Page 61 - Telebrasil - Julho/Agosto 1978
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VII Painel
• O ministro das Comunicações, Eucli- brasileiro para participar em todos os ra o desenvolvimento do mundo futuro:
des Quandt de Oliveira, estará partici setores de atividades económicas do o casamento da informática com as tele
pando quarta-feira próxima, do encerra País, numa posição de liderança expres comunicações.
mento do VII Painel Telebrasil, apesar de sa pela posse e propriedade da maioria Folha de São Paulo — SP em 28-05-78
ter sido anunciado que viria ontem. das ações votantes".
• Para Antônio Salles Leite, presidente
Reunindo mais de 250 participantes, re Ao concluir o sou pronunciamento, afir da Telesp (e que acumula, atualmente, a
corde sobre todos os já realizados ante mou Sérgio de Magalhães: "Nenhum sis presidência da Telebrasil), “ os traços
riormente, teve inicio ontem, em Atibaia, tema econômico será viável sem um mo principais do retrato, os mais fortes con
o VII Painel Telebrasil, que atô quarta- derno sistema de telecomunicações e tornos do desenho do setor de telecomu
feira, estará discutindo problemas rela informática. Ele determinará o grau de nicações do Brasil já estão lançados.
cionados à Nacionalização do Capital e vitalidade e agilidade do organismo na Falta, agora, avançarmos mais um de
daTecnologia no Brasil. cional, sem o que estaremos nos auto- grau e este será, necessariamente,
condenando a um eterno subdesenvolvi aprendermos a operar a globalidade do
O Painel foi aberto pelo presidente da mento relativo” . sistema, desde a construção do prédio
Telebrasil — entidade que congrega se Jornal do Commércio — RJ em 23.05.78 mais adequado até saber atender a um
tores empresariais e operacionais das I usuário"
Telecomunicações do Brasil — Antônio • O presidente da Telebrás defendeu
Salles Leite. em sua conferência a tese de que, como "No Brasil, hoje, já sabemos operar tele
em nenhum momento da história moder fonia e telecomunicações em geral, e é
Após a abertura, o diretor do Centro de na, os paises em vias de desenvolvimen óbvio que na área de engenharia, siste
Pesquisas e Desenvolvimento da Te- to têm no setor de telecomunicações mas, métodos, estamos avançado a
lebrás, Luís de Oliveira Machado, expôs condições de se por em pé de igualdade olhos vistos. A questão agora é passar a
os objetivos e trabalhos do Centro e fez com os superdesenvolvidos. um outro nível: assumirmos, nós, os pro
então o convite, para que todos os parti • ' . • # fissionais do setor, a responsabilidade
cipantes do Painel fizessem uma visita Disse ainda o General Alencastro: "... a que representamos para o País, enten
ao Centro, em Campinas. Essa visita foi sociedade do amanhã imediato, quase dermos o significado de nossa atividade
realizada na manhã de ontem. hoje, será totalmente dependente de te não apenas em relação a nós mesmos e
Diário do Povo — Campinas em 23.05.78 lecomunicações e informática, as quais em relação aos objetivos técnicos ou es
estão rapidamente se tornando essen tritamente de governo, mas sim em re
• Sobre o CPqD, diz Luiz Machado que ciais como os gêneros de primeira ne lação à sociedade como um todo. Quer
“ ele se destina a prestar serviços de cessidade. Quem o duvidar, - pense em dizer, em relação ao usuário.”
pesquisa, desenvolvimento e tecnologia qualquer campo de atividade humana, e Folha de São Paulo — SP em 28-05-78
^aplicada às empresas de telecomuni por mais absurdo qué pareça, ali elas já
cações” . O centro, originalm ente criado chegaram ou estão chegando. È claro • Ao pedir uma política financeira mais
no segundo semestre de 76, emprega que algumas de suas aplicações atuais protecionista, “ compreensiva e bran
atualmente o serviço de 160 pessoas ou aventadas parecem, agora, sofisti da” , Paulo Martinez Netto, diretor supe
(50% de nível superior) e, conforme Ma cação, luxo desnecessário, brancadeira rintendente da firma Elebra S/A, criticou
chado, “ conseguiu-se, depois de afgum ou curiosidade. Mas, há não muito tem também o modelo hoje em prática, “ que
tempo, norteãr-se os trabalhos dentro de po, coisas hoje esenciais, como Ilumi colocou 96 por cento da oferta nas mãos
uma política de desenvolvimento no se nação elétrica, também provocaram a de multinacionais”
tor” . Assim, ressalta o diretor do CPqD, mesma opinião” .
que “ é nosso objetivo primeiro orientar ’ • • v * A criação de um novo modelo de amparo
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as pesquisas em função do produto fi O presidente da Telebrás' lembrou, a financeiro à indústria nacional, na opi
nal, a fazer um serviço mais voltado à propósito e como exemplo, que um gru nião de Paulo Martinez, “ é de vital im
tecnologia do que à ciência” . po dé cidadãos de Nova York intentou portância, no momento histórico que o
Diário da Noite — SP em 23.05.78 uma ação judicial contra os empresários setor atravessa no País, como casamen
organizadores da primeira companhia to das telecomunicações com a in
S Sérgio de Magalhães, presidente da telefônica daquela cidade... formática. E as indústrias nacionais não
Standard Eléctrica, em palestra realiza podem ficar fora deste processo"
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da ontem em Atibaia, São Paulo, no bojo Estas considerações o general Alencas-
do VII Painel da Telebrasil, defendeu “ a tro fez ao tratar do que cçnsidera esse O empresário lamentou também o fra
criação de oportunidades ao empresário fenômeno extremamente importante pa casso do tripé do modelo desenvolvi-