Page 9 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1977

4 - Capacidade de Expansão do Apesar do comedimento, repitamos, Razões amplamente conhecidas, todas

Grupo TELEBRÁS com que foram definidos os números do decorrentes da crise mundial de energia,

II PND, as taxas de crescimento neces­ impediram que prosseguíssemos no

Preliminarmente, desejamos, mais uma sárias para atingir seus indicadores eram ritmo de expansão que vínhamos se­

vez, defender a tese de que os números relativamente altas. O Grupo TELEBRÁS guindo. No entanto, o nosso crescimen­

constantes do II PND, como objetivos aceitou o desafio para executar tão to foi elevado, como se vê no quadro 16,

do setor de telecomunicações, não fo­ difícil tarefa; é verdade que numa época que mostra a relação incremental atin­

ram superdimensionados; mas, sim, fru­ em que as condições vigentes diferiam gida. Os quadros 16-A e 16-B, por sua

tos de judiciosos estudos elaborados em bastante das que existem hoje. vez, comparam o realizado com o pre­

1973 e 1974 pela TELEBRÁS e aprova­ visto no II PND.

dos pelo Ministério das Comunicações.

As análises então feitas vêm sendo

constantemente atualizadas e comple­

mentadas, em função de modificações Quadro 14 — Demanda de Terminais Telefônicos (milhares)

sócio-econômicas que caracterizam um

país em acelerado desenvolvimento, 1973 1976 1979 1982 1985

como o nosso, fortemente influenciado

por uma economia mundial instável, Demanda Residencial (R) 4. • •• 4.370 4.776 5.403 6.618

como a atual.
Demanda Negócios 1.970 2.411 2.940

(NR + T) 3.602 4.412

Ê bom frisar que tais estudos, inclusive

o apresentado no V Painel da Telebrasil, Demanda Total 5.970 6.781 7.716 9.005 11.030

baseados em premissas diferentes, con­

duziram sempre a valores de demandas

telefônicas semelhantes entre si. Vamos

agora apresentar estudo elaborado em

fevereiro de 1974 e que se constituiu,

juntamente com outros, em subsídio

para o II PND. Tal estudo baseou-se na

distribuição da renda familiar média

mensal (ver anexo I). Nele mostrou-se

que, em 1973, existiam no Brasil quatro

milhões de famílias em condições de

possuírem telefones residenciais, dando

ao telefone um uso economicamente

satisfatório para a empresa operadora

- sem se tomarem "assinantes margi­

nais". Naquele ano, a demanda de ter­

minais telefônicos de negócios era de

quase 2 milhões de terminais. Assim, a

demanda telefônica total do Brasil era,

em 1973, de aproximadamente 6 milhões

determinais.

Essa demanda foi projetada para os

anos seguintes, com taxas de cresci­

mento derivadas dos crescimentos da

economia e da população, bem como

de outros fatores.

0 quadro 14 transcreve dados da de­

manda estimada.

Comparemos, a seguir, os indicadores

do II PND com os resultados obtidos no

estudo. 0 quadro 15 permite essa com­

paração no período 1976/79. Note-se

que, se cumpridos os números do II PND,

em 1976 teríamos* atendido a 55% da

demanda e, em 79, conseguiríamos

atender a 81 % dela, situação que confir­

ma o realismo e comedimento com que

foi elaborado aquele plano. Note-se

ainda que sua execução daria condições

a, futuramente, podermos atender mais

facilmente ao restante da demanda

reprimida.