Page 41 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1977
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MAURO SOARES DE ASSIS CLAUDIO MONTEIRO EINLÖFT
Engenheiro da Telecom unicações pala Engenheiro eletrônico formado pela U m vtr
PUC/RJ (1964). Mestre am Cíênciaa da En sidade Federal do Rio Grande do Suí ,-1971fc
genharia Elétrica pela ma*ma Universidade título de Mestre om Ciôncias de Engenharia
am 1966, onda trabalha, desde eata data, no de Eletricidade pela PUC RJ (19741
Centro de Estudos de Telecomunicações,
exercendo a função de diretor. Leciona sobra Desde 1972 trabalha como pesquisador na
Propagaçfto Troposférlca e Sistemas da CETUC
Telecomunicações.
1. Introdução calmente a partir de um ponto, deno Assis (1), a partir de dados pluvio-
minado centro da célula, onde seu gráficos publicados pelo Ministério da
Este trabalho apresenta um método de valor é máximo. Observa-se também Agricultura. A tabela 1 mostra o rela
cálculo para a estimativa da atenua que a dimensão da célula é uma fun cionamento para cada tipo de clima,
ção por chuvas em frequências supe ção que decresce com o aumento de entre a taxa de precipitação e a per
riores a 10 GHz. O método utiliza um sua taxa de precipitação máxima. centagem de tempo que este valor è
modelo de precipitação relativamente Assim, para taxas inferiores a 5 mm/h, ultrapassado. Na figura 1 são definidas
simples que depende unicamente da as células são bastante extensas, o as regiões climáticas existentes de
distribuição estatística pontual das que pode assegurar uma taxa aproxi acordo com a classificação de Kòeppen.
chuvas na região do enlace. Uma vez madamente uniforme ao longo de um No que diz respeito à distribuição es
que ainda não existem dados experi percurso. Por outro lado, taxas muito pacial das chuvas, isto é, dimensão
mentais de atenuação no Brasil, os elevadas são provocadas por células das células, ainda não se dispõe de
resultados aqui relacionados podem de pequena dimensão. informações concretas. Por esta razão,
ser considerados como uma primeira torna-se necessário utilizar dados de
aproximação ao problema. A ênfase O problema da distribuição estatística outros países divulgados na literatura
neste trabalho será a descrição do de chuvas no Brasil foi analisado por técnica especializada.
método e sua aplicação em situações
de interesse prático. Um relatório
posterior analisará em maior detalhe Percent« Tabelei-- Distribuição Estatística de Chuvas no Brasil %
os aspectos teóricos e experimentais gem de
da questão. t e m p o
em que o é
2. Modelo de precipitação valor da Clima
precipita
ção 6 ul
A avaliação da atenuação em freqüên-
tra p a s Af Am Aw Aw As Amw' Ame Aw1 BSbw' Cwa Cwb Cf* Cfb
cias superiores a 10 GHz é dificultada sado (mar) (com)
pela impossibilidade de uma estimati
va perfeita da distribuição espacial (T
o I 330 276 309 250 154 295 259 288 164 302 311 283 244
das chuvas. Verifica-se experimental 258 226
mente que a distribuição das chuvas 2.10“ 5 312 252 275 230 151 270 232 262 160 272 281
em determinado local envolve uma 5.10~5 270 225 233 207 147 241 204 231 154 236 245 226 203
região limitada (célula de chuva) e que to- 4 241 206 206 190 143 220 182 209 149 211 220 203 187
a taxa de precipitação decresce radi- 2.10~4 214 187 182 172 140 200 162 188 144 188 197 182 171
5.10“ 4 181 165 151 154 136 177 140 166 138 181 170 156 152
* 0 tra b a ih o tn trtu ía d o D it tr ib u iç fo E s ta tís tic a d « C h u v a s n o 140 140
B r« « *' p cx M a u ro S A s a is p u b lic a d o e m T E L E B R A S IL , v o lu 10~3 160 150 132 140 133 160 126 148 133 143 150
m e 5 , p á g in a * 11 a 14, S e te m b ro /O u tu b ro 77 h o u v e u m e rro 134 124 127
ne rv jm e re ç J o d a e s c a la v e r tic a l d a fig u r a 2 O s v a lo re s d e 2.10“ 3 140 136 116 127 130 142 110 132 128 126
p re c ip rta ç J o d e s ta e s c a la d e v e m s e r a c re s c id o s d e 2 0 m m /h 122 106 114 106 112
P o r e x e m p lo , o n d e s e 14 2 0 0 m m /h . le ia s e 2 2 0 m m /h 5.10“ 3 118 118 96 111 125 122 96 112
10“ 2 102 104 83 100 122 112 82 100 117 92 100 93 101
0 a u to r a g ra d e c e a o C ng? A tm w d a C o e ta d a E M B R A T E L q u e
a le rto u s o b re a n e c o a s id a d e d e s ta c o r r e ç lo