Page 46 - Telebrasil - Março/Abril 1977

A empresa como fator de integração

nacional

Não se pode falar de integração nacional sem

telecomunicações É exatamente no campo

das telecomunicações que a contribuição da

STANDARD ELECTRICA tem sido das mais

notáveis.

Consolidando sistemas de produção, in

troduzindo novas tecnologias, formando

mão-de obra especializada, a empresa vem

colaborando estreita e decididamente na

execução das diretrizes traçadas pelo Minis­

tério das Comunicações e pela Telebrâs, no

esforço para a expansão da Rede Nacional de

Telecomunicações.

Pioneira neste campo há meio século, com

uma extensa folha de serviços prestados aos Vista aérea da atua! fábrica de Vicente de Carvalho.

chamados interesses nacionais permanentes,

ela tem participação direta na luta pelo desen­

volvimento, tendo a seu cargo uma consi

derável responsabilidade pelos avançados es­

tágios alcançados pelo Brasil nesta área.

Em 1977 deverá ultrapassar a marca de 1

milhão de linhas/troncos instalados no país,

abrangendo 12 estados e o Distrito Federal. A

STANDARD ELECTRICA também projetou,

fabricou e instalou o sistema DDD em cerca

de 40% das cidades brasileiras englobadas

pelo Serviço Nacional de Discagem Direta a

Distância.

Produção

A STANDARD ELECTRICA tem sua fábrica

principal instalada no bairro de Vicente de

Carvalho, no Rio de Janeiro Distribuída em A nova fábrica de Itajubá, já em funcionamento, embora ainda não tenha sido inaugurada oftciá-

uma área de 63 000 metros quadrados, dos mente.

quais 46 000 metros quadrados construídos,

esta fábrica se ocupa da maior parte da Portanto, as importações da STANDARD ponentes para a indústria de telecomuni­

produção da empresa, abrangendo: ELECTRICA não atingiram sequer 1% desse cações, que atualmente ainda estão sendo

total. Por outro lado, comparando se o seu importados.
Centrais de Comutação Telefônica Auto­ volume de importação com o total do seu

mática, para uso público, compreendendo as faturamento em 1976 (US$ 175 milhões), Engenharia e "know how"

centrais Crossbar Pentaconta PC 1000 (gran­ chega se a um índice de nacionalização do

de capacidade) e PC-32 (média e pequena seu faturamento, de aproximadamente 94%. Além de contar com todo o know-how da IT-

capacidade). T, a STANDARD ELECTRICA possui um dos

Os esforços para maximizar a nacionalização maiores quadros de engenharia do país, cons
Centros Telefônicos Automáticos (PABX), de sua produção continuam a pleno vapor. tituldo de cerca de 600 engenheiros, dos qua-s

para uso privado.
Contando com o apoio do GEICOM — Grupo 95% são brasileiros.

Equipamento para Comunicação Interurbana Interministerial do Componentes e Materiais, Suas decisões técnicas são tomadas no

(Multiplex, Microondas, Radio-Enlace, Ondas filiado ao Ministério das Comunicações, a Brasil, o que garante uma flexibilidade ampla

Portadoras e PCM). STANDARD ELECTRICA, através de um e uma atuação mais imediata na adaptação

processo coordenado com a ISAM — Indús­

A linha de produção de aparelhos telefônicos tria Sul Americana de Metais — uma Divisão dos equipamentos às exigências peculiares de

foi transferida recentemente da unidade de da ELUMA, proporcionou o necessário know- cada região do país.

Bonsucesso, Rio, para uma nova e moderna how de aplicação da alpaca em telefonia No âmbito da Segurança Nacional, a auto­

fábrica em Itajubá, Minas Gerais, prestes a ser àquela indústria para, a partir de agora, passar nomia tecnológica de engenharia e o alto nível

inaugurada. A nova unidade industrial, lo­ a fornecer as quantidades exigidas pelo setor. de nacionalização da empresa assumem uma

calizada em terreno de 150 mil metros qua­ Com a nacionalização completa da alpaca, importância transcendental, pois o Governo

drados, ocupa uma área construída de 7 200 equipamentos de comutação — como cen tem sempre a garantia do total cumprimento

metros quadrados. trais PABX e Pentaconta — passarão a ter de seus contratos, sejam quais forem as con­

seus índices de nacionalização elevados a dições momentâneas políticas e econômicas

índices de Nacionalização aproximadamente 95%, no caso da STAN­ na conjuntura internacional. Posição que tem

DARD ELECTRICA, que assim estará ofe­ sido preocupação constante da empresa,

Desde 1937, quando iniciou suas atividades recendo sua própria contribuição para refletindo-se em seus programas de treina­

industriais no país, a empresa vem-se dedi­ economizar divisas, da ordem de US$ 2 mento em todos os níveis.

cando à progressiva nacionalização de sua milhões anuais.

produção, contribuindo assim com sua par­ Recursos Humanos e Treinamento

cela de esforço, para aliviar o pesado ônus Além da alpaca, a STANDARD ELECTRICA A STANDARD ELECTRICA possui atualmen­

que as importações representam para a vem desenvolvendo, também, aentro de sua te um total de 6.000 funcionários, dos quais

economia nacional. Hoje, seu índice de na­ política de horizontalização de sua proporção, 98% são brasileiros.

cionalização já ultrapassa 93% do valor das um trabalho de colaboração com outros

peças e componentes dos seus equipamentos ramos de fornecedores nacionais, tais como Num setor extremamente técnico, como o

de comutação e é a empresa que menos im­ produtores de ferrites, atenuadores, partes das telecomunicações, o problema da oferta

porta no setor. Em 1976, suas importações se mecânicas e elétricas, aços magnéticos es­ de recursos humanos — oferta atual e poten­

situaram em torno de US$ 9 milhões, en­ peciais, conectores, capacitadores, relês e cial — assume uma dimensão muito grande

quanto o setor eletroeletrômco, segundo resistores, visando, através de fornecimento chegando a constituir um dos obstáculos

dados divulgados pelo governo, comprou no de informações e de knowhow, incentivar a principais para o pleno desenvolvimento das

exterior o equivalente a US$ 930 milhões. fabricação no Brasil dos materiais e com­ telecomunicações no Brasil.