Page 55 - Telebrasil - Maio/Junho 1977

Teiebrasii, Maio/Junho 77

Uma experiência de elasticidade

da renda operacional

face aos aum entos de tarifa

LUCIANO BEZERRA DE MELLO

D iretor de Operações da TELECEARÁ

I - Introdução gorias que fazem ou não chamadas in­ Como nos interessamos especifica­

terurbanas, e que excedem ou não o mente pela renda média, essas infor­

$
E talvez uma das mais importantes limite de 90 chamadas urbanas men­ mações poderão ser ordenadas em ter­

questões da mercadologia a de como sais de acordo com o diagrama abaixo: mos de renda média da classe e ca­

reagirá o comprador face ao aumento tegoria através da matriz {r } **-•{ r^}, on­
com inte­ sem inte­

de preços. de r^ é a renda média do terminal da
rurbano rurbano

classe /o categoria k.

Tentando medir objetivamente essa com cha*

questão a Economia introduziu o con­ q.1 madas ex­ 1 2 Exemplificando, tivemos para o con­

ceito de elasticidade-preço definido cedentes junto de terminais de Fortaleza em

pela equação: agosto/75 a seguinte matriz r:
sem cha­

^ q /q (d madas ex­ 3 4

j p / p cedentes 207,39 64,30 102,45 37,00

ir) 520,89 139,52 204,29 55,50 (3)
onde q representa a quantidade com­ Dentro dessas categorias poderemos

prada e po preço de venda e J q e j p classificar informações * referentes a 1.044,95 298,67 313,18 74,00J

os acréscimos correspondentes. terminais de usuários, conforme a Essa matriz indica, por exemplo, que o

Esse conceito pode ser útil para o setor classe (residencial, não residencial e terminal tronco da categoria 2 teve

de telecomunicações analisar os re­ tronco); como essas informações uma renda média de Cr$ 298,67. Como

flexos tarifários sobre o comportamen­ podem ser ordenadas em termos de a renda é composta de um valor básico

to da renda média do grupo de classe (linha) e categoria (coluna), elas para cada classe (tarifa básica), da ren­

usuários de um sistema telefônico. são conhecidas como matrizes classe- da correspondente às chamadas exce­

categoria. De posse dessas infor­ dentes (serviço medido) e da renda das

Nesse caso poderíamos tomar a elas­ chamadas interurbanas podemos es­
mações pode-se calcular as elastici­

ticidade em termos de variação da ren­ crever genericamente que:
dades de classes e categorias de ter­

da média ( â r) do grupo face à variação
minais, verificando-se aquelas mais rjk= bjk + ej k + 'jk <4>*

tarifária (ap), ou seja,
sensíveis às variações tarifárias e delas

e = —A r / r (2) se utilizar como um guia para pro­ ou ainda que {r} = { b }+ í e) + { i } (5)

à p / p posição racional de acréscimos tari­ Ainda no mesmo exemplo acima citado

Outro aspecto interessante é o de que fários. tivemos a matriz { r } composta de:

essa elasticidade varia de acordo com
II — Matrizes classe-categoria

o tipo de usuário desse sistema te­
37.00 37.00 37.00 37,00

lefônico.
Como já dissemos, uma matriz classe- {b} 55.00 55.00 55.00 55,00 (6)

Nesse sentido e na impossibilidade de categoria ordena informações referen­ 74.00 74.00 74.00 74,00

analisar todas as características intrín­ tes a terminais, de forma a apresentar
* NOTA
secas desses usuários, é mais prático nas linhas (j) informações referentes à

b = básica, e = excedente, i = interur­
olhá-los através de um modelo extrín­ determinada classe e nas colunas (k),
bano
seco que represente as características referentes à sua categoria.

A renda ir I exclui valores da QPe FNT
essenciais de seu comportamento em

j = 1, 2, 3 (classes: residencial, não
relação ao uso do sistema. Para tal, 45,57 27,30 0 0
residencial, tronco);
pode-se relacionar para cada classe in­ f e) = 103,41 84,02 0 0 (7)

formações sobre terminais em cate- k = 1, 2, 3, 4 (categorias: 1, 2, 3, 4). 787,98 224,67 0 0