Page 5 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1976

Pronunciamento do Gen. José Antônio de Alencastro e Silva,

Presidente da TELEBRÁS, durante a realização do III Painel

TELEBRASIL

Embora lamentando não poder qualidade do sinal entregue ao envolve. Lamentavelmente no cam­

estar presente, é sumamente grato sistema interurbano, e também po da rede externa não encontra­

para mim dirigir-me aos meus devolvê-lo, perfeito, ao telefone mos essa atração. No entanto, es­

prezados companheiros das tele­ chamado. Cabe-lhe o mesmo des­ tamos vivendo o limiar de uma

comunicações, na abertura do Pai­ tino, nobilitante e humilde, de nova era. é que à medida que o

nel que a TELEBRASIL e a outros profissionais cujo trabalho preço do cobre se eleva e se tor­

TELESC, em conjunto, patrocinam fica oculto, depois de pronto; e na alvo de injunções políticas e

sobre o tema Rede Externa. É que quanto mais eficiente for, menos que, de outro laçlo, a eletrônica

precisamente este assunto tem si­ é notado. A rede, ao contrário dos nos oferece custos mais baixos

do objetivo de minhas maiores belos equipamentos das- moder­ e maior confiabilidade, vamos in­

preocupações, desde o tempo em nas centrais, das torres e das an­ gressando na eletronicalização

que exerci a Presidência da tenas que caracterizam as paisa­ das redes.

CETEL, no Rio de Janeiro, e pos- gens do progresso, permanece

teriormente da TELEMIG. Um sis­ encoberta. Minha experiência, como dirigen­

tema de telecomunicações é um te de telecomunicações, tem me

emaranhado complexo de equipa­ Por outro lado, se comparada às mostrado que se impõe defla­

mentos e instalações que tanto modernas tecnologias eletrônicas, grarmos uma revolução: A Revo­

envolve produtos da mais alta tec­ que trazem um ar de mistério lução da Rede Externa. Só com

nologia como segmentos relativa­ envolvente na miniaturização dos ela obteremos o sucesso em

mente simples. O elo que se for­ componentes, ou aos equipamen­ outra luta em que estamos empe­

ma para o estabelecimento de um tos de freqüências muito eleva­ nhados: A Rev.olução da Ope­

comunicado — objetivo final de das, que constituem um desafio ração. A conquista do objetivo-

um sistema de telecomunica­ ao seu domínio, ou ao forte ape­ síntese de nossas atividades,

ções — envolve centrais de co­ lo de quase-ficção que ainda têm Prestar Bons Serviços, somen­

mutação que, proximamente, terão os satélites, a tecnologia que ca­ te será obtida pela vitória nes­

computadores associados, equi­ racteriza a rede é, em aparência, tas duas revoluções. Na TELE­

pamentos de transmissão, radio- relativamente simples. Isto nos BRÁS tivemos oportunidade de

enlaces, cabos coaxiais ou saté­ anuncia o ternário deste Painel — perceber a disparidade de situa­

lites — , mas necessariamente co­ Projetos de Redes, Construção, ções em que se encontravam, na

meça e termina, mais comumente, Exames de Aceitação, Emendas área de rede externa, as empre­

em um simples telefone. De tal em Novos Tipos de Cabos, Prote­ sas do Grupo. Muitas delas acha-

modo nos acostumamos a convi­ ção da Rede, Cabos com Condu­ vam-se presas a técnicas ultrapas­

ver com essa complexa estrutu­ tores de Alumínio, Cabos de Ge- sadas. Outras empresas, de cons­

ra, com a qual lidamos diaria­ léia, Túneis de Cabos em Centros tituição mais recente, lançavam-

mente, que perdemos a percep­ Telefônicos. Títulos de maior pro­ se a programas de vulto, sem a

ção da necessidade de que todos jeção científica teríamos, certa­ experiência necessária e sem po­

os elos que compõem a cadeia mente, em seminários de outras derem, também, contar com a ex­

de uma ligação devem funcionar tecnologias. É também por isto periência de empreiteiras sólidas.

corretamente. Equipamentos de que os engenheiros que, embora Foi assim pensando, que solicita­

comutação, transmissão e força; do setor das telecomunicações, mos ao diretor técnico que for­

antenas, redes e aparelhos tele­ desconhecem a área de redes são talecesse a Divisão de Redes. Era

fônicos; tudo deve se constituir levados a subavaliar a importân­ preciso dar-lhe uma estrutura

em um sistema harmônico. E, cia e a riqueza das soluções téc­ adequada à sua importância, ca­

principalmente, esquecemo-nos de nicas que caracterizam essa es­ paz de vencer o longo período em

que ao longo de todo o sistema, pecialidade que, entre nós, per­ que a especialidade não acompa­

mas sobretudo em suas pontas, tence apenas a poucos profissio­ nhou o desenvolvimento das de­

acha-se presente a rede de ca­ nais. É habitual medir-se a bele­ mais. A Divisão de Redes é uma

bos. O profissional da rede tem za de uma tecnologia pela sofis- das dez de que se compõe a Di­

por responsabilidade garantir a tifação dos equipamentos que retoria Técnica. Seu efetivo, com