Page 7 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1975
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C a b o s A P L : u m a n o v a e r a
n a s t e l e c o m u n i c a ç õ e s
b r a s i l e i r a s .
ROSA CRUZ FERREIRA
Engenheira Civil e Industrial Mecânica, acumulou a chefia das duas seções, pos-
formada em 1950, pela Escola Nacional teriormente fundidas, Chefe da Seção de
de Engenharia da Universidade do Brasil, Especificações e Métodos em 1971. Ocupa,
com atribuições legais de Telecomunica desde 1.6.73, a chefia da Seção de Rede
ções. do Departamento Geral de Desenvolvi
Ingressou na CTB em outubro de 1951, mento.
no então Departamento de Engenharia da Membro da comissão redutora da NIC -35.
Rede Externa. Em 1957 assumiu a chefia é atualmente, membro do Grupo de Ira-
da Seção dc Métodos. Dc 1964 a 1967. balho sobre Redes, da I ELEBRÁS.
Introdução d) A necessidade de modernizar ser considerado paralelamente
certos métodos e materiais, a com seus métodos de instala
fim de obter melhor qualidade ção e seus acessórios.
Os estudos para adoção de novos
tipos de cabo foram iniciados na de serviço e maior rendimento
Companhia Telefônica Brasileira da mão-de-obra. b) A exigência de tornar os fabri
em abril de 1972, sendo para isso cantes co-responsáveis na es
constituído um grupo de trabalho O primeiro grupo de trabalho pecificação do cabo e nos mé
que, em conjunto com os fabri constituído especiflcamente pa todos de instalação.
cantes, passou a analisar em de ra estes estudos contou com a
talhe os diversos tipos de cabos colaboração dos seguintes fa c) A necessidade de conservação
em uso no mundo, procurando o bricantes: das atuais redes, e portanto o
mais adequado, técnica e econo Pirelli S.A. Cia. Industrial Bra interface entre os novos e os
micamente, à realidade brasileira. sileira. antigos cabos.
Ficap — Fios e Cabos Plásticos
do Brasil S.A. d) O desejo de obter melhor qua
Os motivos que levaram a CTB a
estudar o problema podem ser re Phelps Dodge do Brasil, Con lidade do serviço, consideran
sumidos nos seguintes itens: dutores Elétricos S.A. do objetivamente que qualidade
Forest S.A. (General Cable custa dinheiro, e portanto a
Corp. e CEÁT). economia deverá decorrer dos
a) A crescente demanda de cabos Continental Int. Telecomunica-
no país que, sem o controle de tions Ltd. métodos de instalação e da re
uma padronização de grande dução de interrupções dos ser
âmbito, acarretaria cada vez viços, e não, obrigatoriamente,
maior custo e maior demora nas Os dois primeiros instalados há do custo dos materiais.
entregas. longos anos no país e os outros
em fase de instalação. Com o advento da TELEBRÁS o
b) A instalação de novas fábricas problema de uma padronização
no país, e portanto a necessi Nas várias seções de estudo, me nacional de cabos telefônicos pas
dade de homogeneizar a fabri sas-redondas e conferências, além sou a ser de sua alçada sendo
cação nacional de cabos. de todo o pessoal técnico das fá constituído novo grupo de traba
bricas aqui radicado, tomaram lho, sob a coordenação do Depar
c) Os problemas cada vez maio parte diversos especialistas da tamento de Engenharia da TELE
res resultantes do uso da capa Holanda, U.S.A., Argentina e Áfri BRÁS, tendo como participantes,
de chumbo, seja pela dificulda ca do Sul. engenheiros da CTB e da TELESP,
de de obtenção do próprio como representantes das Conces
chumbo, seja pelo número de Quatro princípios nortearam os sionárias e da PIRELLI e FICAP,
defeitos causados pela corro trabalhos do grupo: como representantes do SICETEL.
são de material, número este
crescente com o crescimento a) A consideração do cabo como Após amplos debates, ficou deci
das redes. parte de um sistema, devendo dida a criação dos cabos com ca-