Page 43 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1975
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EL.SIO EXPEDITO SCARPA
Engenheiro de Telecomunicações com quisa técnica sobre cabos e redes moder
cursos de pós-graduação em Telecomuni nos nos sistemas dc telecomunicações jun
cações e Marketing. Cursos suplementares to à ENTEL, na Argentina. Atualmente
nos EUA vorsando sobre novas técnicas exerce função técnico-administrativa como
de redes c cubos telefônicos junto à Ana Gerente de Marketing de Produtos Telefô
conda Wirc and Cable Co., e na Suécia, nicos, no Departamento Comercial d a.
sobre sistemas coaxiais. Participou de pes- FICAP.
De desenvolvimento recente, os Houve, portanto, a necessidade de Conservou-se também a fita de co
modernos cabos coaxiais permi ser desenvolvido um novo tipo de bre do condutor externo com a
tem sua aplicação em sistemas de cabo, capaz de alcançar as me forma dentada, que se enlaça en
frequências portadoras de limites lhores performances técnicas para tre si ao formar o tubo, de sorte
superiores acima de 60 MHz. o sistema, ainda que este não ul que este tem uma costura bem
trapasse os 60 MHz, pois que a definida (serrated Seam). Posto
Naturalmente, desde o pós-guerra, tendência moderna ó a de que os que este tipo de costura permite
a limitação dos sistemas de gran novos sistemas sejam digitais e uma certa diafonia devido às fu
de capacidade de transmissão tem portanto, se assim for, o sistema gas de energia de A.F., cobriu-se
sido uma função do desenvolvi de 60 MHz será o último sob o esta costura com uma fina fita de
mento eletrônico dos amplificado ponto de vista de capacidade e o cobre. Para melhorar a atenuação
res ou repetidores intermediários. mais extenso membro da família de diafonia e possibilitar a sepa
Com a grande evolução da eletrô de sistemas análogos de cabos ração galvânica dos tubos, estes
nica nos últimos anos, consegui coaxiais. foram cobertos com 2 fitas de pa
mos atingir recentemente, em ter pel aplicadas em hélice sobre as
mos de equipamentos, a tecnologia fitas de aço.
necessária para a introdução dos Desenvolvimento do
grandes sistemas como os que já moderno cabo coaxial As modificações descritas nas
estão em fase de utilização em partes externas dos tubos não in
alguns países da Europa e Amé O objetivo pretendido no desen fluem sobre as características elé
rica do Norte, com a possibilidade volvimento deste novo cabo con tricas de transmissão na faixa de
de 10 800 comunicações simultâ sistia em se produzir pares coa freqüências empregada nos siste
neas por dois pares coaxiais, uti xiais que poderiam cumprir as re mas de 60 MHz, que vão de 4 a 62
lizando freqüências portadoras, comendações elétricas do CCITT, MHz. Para que fossem cumpridas
cujo limite superior é de aproxi mas' que conservavam, tanto quan as recomendações do CCITT, hou
madamente 60 MHz. to possível, as características bá ve necessidade de modificar-se o
sicas da versão anterior, quais se condutor interno e o dielétrico, a
Teoricamente, pensava-se que os jam: Condutores internos de co fim de cumprir as exigências quan
cabos coaxiais antigos, usados bre, isolamento em forma de dis to à atenuação e impedância ca
para sistemas de 4 a 12 MHz, se cos de polietileno, condutor exter racterística do tubo.
riam tecnicamente apropriados pa no com fitas de cobre e blindagem
ra sistemas de 60 MHz ou maiores; magnética com duas fitas de aço. Atenuação
contudo, a experiência nos tem
mostrado que cada vez torna-se Para as freqüências mencionadas
mais difícil atender aos apenas Seriam requeridas tolerâncias mais a atenuação pode ser expressa
considerados razoáveis níveis de rígidas se o cabo fosse emprega por:
qualidade de transmissão de um do em sistemas de 60 MHz e em
moderno tele-enlace à medida que grandes distâncias. Esta condição A = Ao + Ai V ~ T + A2F (dB/km)
os sistemas vão possuindo maio implicou em se conservar o con
res trechos efetivos de transmis dutor externo tanto em sua espes onde:
são. Colocamos pois nossas dúvi sura como em seu diâmetro, bem
das quando, além destas dificul como as fitas de aço de blindagem F = Freqüência em MHz.
dades, começamos também a ope magnética em suas dimensões an Ao = Termo pequeno e in
rar com freqüências mais elevadas. teriores. dependente de F.