Page 41 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1975

Bibliografia:
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Computes Techniques Supplied to
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ção n? N 1530-021 da L.M. Erics­
son.
E v o l u ç ã o e f u t u r o d o s c a b o s
Anotações sobre a conferência pro­
ferida a 23 de outubro pelo Eng. T.
Brewer da Bell Lab., no auditório
da EMBRATEL.
O primeiro cabo submarino trans­
atlântico foi estabelecido em junho
de 1866, ou seja, há mais de um sé­
culo e destinava-se ao emprego de
sinais telegráficos. Só meio século
após, em 1927, estabeleccu-sc o pri­
meiro serviço de voz, através de rá­
dio, sobre o Atlântico.
O primeiro cabo telefônico trans­
atlântico tem cerca de 20 anos, da­
tando da 1956, sendo caracterizado
por repetidores que amplificam e
equalizam o sinal de voz, ao longo
do percurso, o que não acontece com
o cabo submarino telegráfico que,
como se sabe, não possuía repetido­
res.
O meio ambiente, no qual são co­
locados os cabos submarinos, é sede
de tremendos esforços sobre o cabo
e sobre o invólucro dos repetidores
devido ao efeito da pressão hidrostá­
tica. Entretanto, o fundo dos ocea­
nos oferece grande proteção por sua
inacessibilidade e também devido a
sua temperatura que se mantém pra­
ticamente constante, o que assegura
a invariabilidade das características
elétricas do cabo.
Os problemas maiores aparecem
em águas rasas onde esforços mecâ­
nicos são causados por icebergs, re­
des de pescadores e até mesmo cetá­
ceos. Os cabos submarinos modernos
são lançados no fundo do mar, de ma­
neira a minimizar esses tipos de aci­
dentes.
A demanda de comunicações para
a utilização transatlântica de comu­
nicação entre Europa e Estados Uni­
dos cresce a um ritmo de cerca de
22% ao ano e tende a aumentar de­
3. REA, Design of Two-Wire Loop 5. Anaconda Telecommunications
and PABX Plant-Section 424, S6A Station Carrier Practices.
issue n? 3, May 1973. Anaconda Telecommunications SI
4. ESI, Doyle ancj T.J. Talley — Station Carrier Practices.
Paper prepared for presentation 6. Philips — The Economic Use of
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Meeting, New York, January 31 (‘NEGISTORS’) And Loading
to February 5, 1960. Coils on Voice-Frequency Cables.
s u b m a r i n o s
vido à transmissão de dados e à dis­ ticas do cabo devido a alterações que
cagem telefônica internacional. possam ocorrer ao longo de sua vida
As sucessivas gerações de cabos útil. Um sistema de telemetria permi­
submarinos vêm permitindo obter ca­ te, também, localizar até que repeti­
pacidade cada vez maiores de canais dor se consegue contato a partir de
de voz e maiores distâncias, graças a uma das extremidades do cabo, o que
melhorias do material empregado nos facilita extraordinariamente a locali­
cabos e aos progressos dos repetido­ zação e reparação de eventuais de­
res de estado "sólido, frutos, princi­ feitos.
palmente, de projetos franceses e das O cabo é lançado de forma contí­
tecnologias americana, inglêsa e ja­ nua no oceano, utilizando um navio
ponesa. lança-cabo espccialmentc preparado
Os cabos antigos eram denomina­ para essa finalidade c quo normal-
dos armados, isto é, uma cordoalha mente opera a uma velocidade de 8
de aço envolvia o cabo para sua pro­ nós. Uma máquina especial lança-ca-
teção mecânica. Evolui-sc hoje em dia bos é constituída de duas esteiras que
para a solução sem armadura, no qual se comprimem, e entre as quais o
se tem uma cordoalha de aço como cabo desliza controladamente devido
núcleo, seguindo-se o condutor inter­ ã tração do peso próprio do trecho
no, o dielétrico, o condutor externo que já está na água.
e capas de proteção formando o cabo Cabos submarinos e satélites são
coaxial. meios alternativos de se conseguir
Não só os cabos sem armadura comunicações a grandes distâncias,
têm um custo por canal de voz mais assim como as microondas e os ca­
baixo, como apresentam menor per­ bos coaxiais terrestres. Os cabos sub­
da e são mais facilmente instalados marinos, ainda quq apresentem me­
do que os cabos armados, por terem nor faixa passante que os satélites,
maior diâmetro. Os cabos sem arma­ possuem menor problema de retardo
dura datam de 1961. e não estão sujeitos à interferência
Os laboratórios da BELL Telepho- ou a problemas de espectro de rádio
ne, do grupo ATT, vêm participan­ freqüência.
do ativamente do desenvolvimento do Pode-se prever, para a década de
sistema SG, com capacidade de 4 000 1980, capacidades de até 15 mil a 20
conversações telefônicas bidirecionais mil canais de voz a distâncias de
até a üistância de 7 400 km e que está 4 000 milhas náuticas. O diâmetro
sendo empregado para o sexto cabo dos cabos coaxiais não podem, no
transatlântico, entre Europa e Esta­ entanto, crescer indefinidamente e
dos Unidos, conhecido como TAT-6. novas tecnologias devem ser pesqui­
Os repetidores submersos bidirecio­ sadas.
nais do TAT-6, utilizando tecnologia
de estado sólido, são colocados num Ao término do século XX e ao
envólucro de uma liga de cobre-berí- alvorecer do século XXI podemos vis­
lio resistente à corrosão e pesam 230 lumbrar desenvolvimentos ainda mais
kg cada. espetaculares com a utilização de
Também são utilizados equalizado­ técnicas de fibras óticas e de luz coe­
res submersos, de controle remoto, rente (laser) em cabos submersos
que permitem linearizar as caracterís­ de maior capacidade. •