Page 24 - Telebrasil - Maio/Junho 1969
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temáticas  que  o  futuro  se  encarregaria  de   nheira,  é  da  ordem  de  um  milhão  de  tele­
         confirmar,  em  discurso  que  pronunciou,  as­  fones,  e  sua  instalação  representará  um  in­
         severara:                              vestimento  da  ordem  de  dois  trilhões  de
                                                cruzeiros  antigos,  estando  a  Cia.  Telefônica
             “Varginha  e  Barbacena,  de  mãos  dadas,   Brasileira  e  suas  subsidiárias,  na  Guanaba­
             deram  uma  lição  à  Minas  e  ao  Brasil,   ra,  em  São  Paulo,  nos  Estadrs  do  Rio,  dc
          '  abrindo  a  senda  que  conduzirá  o  País   Minas  Gerais  e  do  Espírito  Santo,  exe­
         i   à  solução  do  problema  telefônico.  Há,   cutando  projetos  de  ampliação  que  deverão
            no  País,  um  “déficit”  de  500.000  pedidos   absorvê-los,  nos  próximos  três  anos.
             de  telefones.  Êsse  “déficit”  só  com  gran­
             de  otimismo  poderá  ser  superado  em  Mas  a  execução  de  tais  projetos  somen­
            cinco  anos.  Durante  êsse  período..........  te  e$tá  sendo  possível  porque  foi  adotado  o
            500.000  novos  pedidos  serão  fatalmente   sistema  de  autofinanciamento,  o  mesmo
            registrados,  o  que  importa  em  dizer  que   lançado  por  Castanheira,  em  1956,  em  Var-
            o  Brasil  necessita  de  um  milhão  de  te­  linha,  Barbacena  e  Itajubá.
            lefones  para  atualizar  os  seus  serviços.   Aí  fica  o  registro,  como  lembrete  àque­
            Êsse  milhão  de  telefones,  juntamente   les  que  até  hoje  insistem  em  diminuir  o
            com  o  acréscimo  de  linhas  interurbanas,   valor  do  saudoso  brasileiro  a  quem  êste  País
            custarão  mais  de  50  bilhões  de  cruzeiros.   deve  muito  —  que  tornou  possível  o  esfor­
            Isso  prova  que  somente  o  processo  de   ço  que  vem  sendo  agora  desenvolvido,  no
            auto-financiamento  poderá  resolver  o   sentido  daquilo  que  agora  chamamos  de  “ex­
            problema  do  Brasil.  É  por  isso  que  afir­  plosão  das  telecomunicações”.
            mo  que  Varginha  e  Barbacena,  de  mãos   Pelizmente,  o  Govêrno  da  Revolução
            dadas,  deram  uma  lição  a  Minas  e  ao   dispensou  ao  problema  o  tratamento  ade­
            Brasil”.                            quado,  reconhecendo  as  telecomunicações
                                                como  atividade  estritamente  vinculada  ao
            Pena  que  a  lição  fôsse  dada,  mas  a  tur­  desenvolvimento  nacional  e  à  segurança  da
         ma  de  alunos  não  se  mostrasse  das  mais   nação  —  ao  revés  do  que  ocorria  anterior­
         aplicadas,  a  ponto  de  somente  10  anos  após   mente.  Valendo-se  da  fórmula  genial  ideali­
         ser  aceito,  em  sua  plenitude,  o  siste^ i  de   zada  pelo  saudoso  mineiro,  transformando
         autofinanciamento  preconizado  pelo  velho   essa  fórmula  em  norma  oficial,  assegurou
         Castanheira,  através  da  Resolução  n.°  5,  do   a  retomada  da  marcha  para  o  desenvolvi­
         CONTKL,  um  ano  depois  reformulada  pela   mento  —  hoje  capitaneada  pela  EMBRA-
         Resolução  n.°  18.                    TEL,  com  a  direta  participação  de  tôdas  as
            Hoje,  a  demanda  de  novas  instalações,   emprêsas,  públicas  e  privadas,  que  operam
         como  já  o  antevira  Pedro  Renault  Casta  serviços  de  telecomunicações  no  Brasil.

                                   E X P E D I E N T E
               j            »   •  ¦'  -                                ..
               órgão  oficial  da  FEDERAÇÃO  DAS  ASSOCIAÇÕES  DE  EM­
               PRÊSAS  DE  TELECOMUNICAÇÕES  DO  BRASIL  (TELE-
               BRASIL),  RIO  DE  JANEIRO;  DA  ASSOCIAÇÃO  DE  EM­
               PRÊSAS  DE  TELECOMUNICAÇÕES  DO  CENTRO  DO
               BRASIL  (TELECENTRO)  Belo  Horizonte;  DA  ASSOCIAÇÃO
               DE  EMPRÊSAS  DE  TELECOMUNICAÇÕES  DO  SUL  DO
               BRASIL  (TELE-SUL),  SÃO  PAULO  E  DA  ASSOCIAÇÃO  DE
               EMPRÊSAS  DE  TELECOMUNICAÇÕES  DO NORTE-NOR­
                     DESTE DO  BRASIL (TELENORDESTE),           RECIFE
             /  i •-  ¦     •
                          Diretor-Responsável:  HUGO  P.  SOARES
                         Enderíço  para  Correspondência,  no  Rio  de  Janeiro-,
               Avenida  Presidente  Vargas,  642  -  6’  and.  S/609
            :r>                                *         •       *    -
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