Page 5 - Telebrasil - Julho/Agosto 1967
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Outro  aspécto  que  deve  ser  ressaltado                                                                                              As  113  Recomendações  Finais,  encami­


                       e  que  constitui  talvez  o  mais  precioso  fru­                                                                                     nhadas  pelo  Ministro  Sim as  ao  Contei,  se­

                       to  dêsse  Congresso,  foi  o  clima  de  cor­                                                                                          rão  detidamente  apreciadas  e  suas  con­


                       dialidade,  o  respeito  à  opinião  alheia,  e  ao                                                                                     clusões  apresentadas  em  documentação


                      seu  direito  de  defendê-la,  a  compreensão


                      cm  profundidade  das  metas  governamen­                                                                                               anexa  aos  Anais,  como  aconteceu  com  re.


                       tais,  que  se  observou  em  todos  os  con­                                                                                          lação  ao  I  Congresso.


                      gressistas.  Ressalte-se  que  o  calor  das                                                                                                   Para  a  nova  reunião,  que  se  realizará


                      discussões  foi  sempre  sobrepujado  pelo                                                                                              em  Recife,  conforme  ficou  decidido  na


                      desejo  sincero  de  colocar  as  exigências                                                                                            última  Sessão  Plenária,  já  foram  tomadas


                      nacionais  acima  de  qualquer  interêsse  pes­                                                                                         pelo  Ministério,  as  providências  prelimi­


                      soal  ou  egoística                                                                                                                     nares  de  modo  a  que  aquéle  Conclave,  en­

                            Desta  forma  qualquer  que  fôsse  o  resul.                                                                                     riquecido  pela  experiência  dos  encontros


                      tado,  qualquer  que  fôsse  o  volume  de  do­                                                                                         anteriores,  continui  a  ser  o  ponto  de  con­


                      cumentos  apresentados,  êstes  perderiam                                                                                               tato,  o  * local  de  encontro»  de  todos  aque­


                      muito  do  seu  valor  na  falta  do  denomina­                                                                                        les  que,  cônscios  da  importância  do  papel

                      dor  comum,  catalizador»  que  permitiu,                                                                                               representado  pelas  Telecomunicações  no


                     não  se  perdesse  de  vista  a  meta  colimada                                                                                         desenvolvimento  do  País,  não  medem  es­


                     que  era  em  última  análise,  apresentar  ao                                                                                          forços  no  sentido  de  encontrar  as  soluções


                      Ministério  das  Comunicações,  as  contri­                                                                                            compatíveis  e  adequadas  para  os  proble­


                      buições  de  todos,  ao  desenvolvimento  Na­                                                                                          mas  que  enfrenta  a  Nação  no  campo  das


                     cional.                                                                                                                                 Comunicações.





                                                                       SÈLO  LEMBRA  CRIAÇÃO  DE  MINISTÉRIO






                                                                                                                                                                                         J o r n a l   d o   B r a s i l   —                           R i o ,   1 8 . 6 - 6 7





                          A ’   c r i a ç ã o   d o   M i n i s t é r i o   d a s   C o m u n i c a ­                                                       u m a   t õ r r e   c o m   u m a   p a r á b o l a   d e   m i c r o o n


                    ç õ e s   s e r á   c o m e m o r a d a   c o m   a   e m i s s ã o   d e                                                               d a s .   s i m b o l i z a n d o   a s   t e l e c o m u n i c a ç õ e s ,   e m


                    w m   s é l o   q u e   t e r á   o   c a m p o   r o s a   c o m   u m                                                                 p r é  t o ,   ©   c u s t a r á   N C r $   0 , 1 0   ( c e m   c r u z e i r o s


           '  ~ \ x > m b o   b r a n c o ,   s i m b o l i z a n d o   o s   c o r r e i o s ,   e                                                         a n t i g o s ) .




                          M I N I S T R O   P R O M E T E   T E L E F O N E S   P A R A   T O D O   O   B R A S I L




                                                                                                           C O M   T A R I F A S   R E A I S






                                                                                                                                                                                                           O  Globo  —  Rio,  26-6-67




                          D e s d e   q u e   a s s u m i u   o   r e c é m - c r i a d o   M i ­                                                           o  autofinanciamento  como  solução  para  a


                   n i s t é r i o   d a s                     C o m u n i c a ç õ e s ,                        o          M i n i s t r o                  insuficiência  das  rêdes  telefônicas  de  ser


                   C a r l o s   S í m a s   v e m   e s t u d a n d o                                              o s         m u i t o s                 viço  local.  Sòmente  agora  essa  solução  é


                   p r o j e t o s   e x i s t e n t e s   p a r a   t i r a r   o   B r a s i l   d o                                                      acolhida  oficialmente  pelo  serviço  público,


                   a t r a s o   e m   q u e   s e   e n c o n t r a   n o   q u e   t o c a                                                                trarsformando-se  em  diretriz  normativa  do


                   a   t e l e f o n e s .   Ê ! e   d i s s e   a   O   G l o b o   q u e   d e n ­                                                        Conselho  Nacional  de  Telecomunicações  a


                   t r o   d e   d o i s   a n o s   e  J p e r a   i n s t a l a r   d e   n o r t e                                                       ouantos  expiorem  o  serviço  e  desejem  ex­


                   a   s u l   o s   t r o n c o s   p r i n c i p a i s   d e   u m a   r é d e                                                            pandi-lo.


                   p e l o   s i s t e m a   d e   m i c r o - o n d a s .   M a s   o   g r  o s                                                                  Resolvido  ésse  problema,  resta  equacio


                   p ó   d o   s e u   t r a b a l h o   v a i   c o n c e n t r a r - s e   n a                                                            nar  o  outro  lado  da  questão:  o  das  rêdes


                   R e g i ã o   C e n t r o - S u l ,   o n d e   f a l a r                                           c o m   S ã o                        de  serviço  de  longa  distância,  intimamente


                   P a u l o   é   à s   v é z e s   t ã o   d i f í c i l   a i n d a   h o j e                                                            vinculadas  cem  a  impossibilidade  de  cres_


                  c o m o   a n t e s   d o   s i s t e m a                                       d e   m i c r o - o n d a s .                             cimento  das  rêdes  locais.


                   P a r a   l e v a r   a v a n t e   s e u   p r o g r a m a ,   o   m i n i s ,


                  t r o   e s p e r a   r e p e t i r   e m   e s c a l a   n a c i o n a l   s e u                                                                                            INICIO  DA  CRISE


                  t r a b a l h o   n a   B a h i a ,   o n d e   l i g o u   S a l v a d o r


                  a o s   p r i n c i p a i s   c e n t r o s   p r o d u t o r e s   d e   c a ­


                  c a u ,   o b r a   q u e   s e   t o m o u   p o s s í v e l   p o r q u e                                                                      Até  o  início  da  Guerra  Mundial,  em

                  e r a   a u t o f i n a n c i ã v e l .   E s s a   é   a   t ô n i c a   d a                                                             1939,  as  concessionárias  instalavam  tele­


                 b c  r e g r a m  a ç ã o   q u e   o   S r .   C a r l o s   S i m a s   p r e ­                                                          fones  em  10  dias  após  a  solicitação  do



                 b e n d e   r e a l i z a r   à   f r e n t e   d o   s e u   m i n i s t é r i o .                                                        interessado.  Com  a  paralisação  de  forne­
                                                                                                                                                            cimentos  estrangeiros  acumu’ou-S€  a  de­


                                                                                                                                                            manda  de  sete  anos  e  não  houve  mais  con­
                                                      2 5   A N O S   D E P O I S
                                                                                                                                                            dições  para  financiamento  pelos  fabrican­


                                                                                                                                                            tes  nem  para  levantamento  de  emprésti­

                        O s   e r r o s   e   a s   f a l h a s   q u e   d e r a m   o r i g e m                                                           mos  no  estrangeiro.  As  emprêsas  tiveram


                  à   c r i s e   d o   s e r v i ç o   t e l e f ô n i c o                                         n o           B r a s i l               que  procurar  recursos  no  mercado  inter­


                 a c u m u l a r a m - s e   d u r a n t e   2 5   a n o s .   H á   m a i s                                                                no,  já  afetado  pela  conjuntura  do  após-


                 d e   1 0   a n o s   q u e   s e   a p o n t a ,   c o m   r e a l i s m o .                                                              guerra.
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