Page 3 - Telebrasil - Abril/Maio de 1964
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A Telebrasil — representante legitim a que é de cêrea de 300 em prêsas tele
fônicas em todo o país — tom aria a liberdade de fazer um apêlo aos homens que
em boa hora salvaram o Brasil da comunização que se desenvolvia para que exa
minem os pontos a trá s referidos, a fim de corrigi-los a tempo, no interêsse do povo.
Aliás, diga-se de passagem, o confisco do dinheiro do assinante, sem contra
partida de uma ação ou debenture, tem tôda a característica de uma inconstitu-
cionalidade.
Fazemos um apêlo a todos os jornais, revistas e publicações do país p ara que
ésse trabalho seja reproduzido, a fim de que, os milhões de exemplares assim ex
postos aos olhos de todos os brasileiros mostrem o perigo por que acabamos de
passar e para que sirvam de inspiração para os dias futuros.
SOLIDARIEDADE AO ATUAL GOVÊRNO
Para conhecimento dos nossos leitores, transcrevemos abaixo a circulai n9
X L I-56, de 28 de abril que recebemos do R otarg Club do Rio de Janeiro:
Prezado Companheiro:
Devidamente autorizados pelos Governadores do yiosso c do seu D istrito, na
forma do disposto no art go II. sec. 2 aa Resolução 29/12, da Convenção do R otary
International, realizada em Dallas, em 1929, vim os, pela presente, form ular a êsse
clube caloroso apêlo, no sentido de que cada um dos seus sócios atue, nas respecti
vas esferas de influência pessoal, para criar, desenvolver e m anter vivo em todos os
indivíduos e organizações sobre os quais possam ter qualquer poder de persuasão,
o necessário espírito de solidariedade e despreendimento, a fim de que as medidas
que o atual Governo certamente virá a adotar, visando ao saneamento das finanças
do nosso querido pais, encontrem a mais completa e entusiástica aceitação.
Superada que está, para felicidade da Pátria, longa e tormentosa noite de
desmando, subversão e decadência, por fôrça de um m ovim ento de libertação que
se alicerçou na evidente vontade de expressiva maioria do povo brasileiro, pode-se
ver, sem esforço de imaginação ou capricho de dialética, que apenas foram rem o
vidos os efeitos — se bem que deliberadamentc distorcidos c exacei'bados por forças
deléterias — dc uma causa mais profunda, e difícil dc erradicar o descalabro finan
ceiro que o Brasil vem enfrentando, sorvido, em ritm o cada vez mais acelerado, pela
inflação, que é. no processo desenfreado já atingido, m otivo e resultado de déficits
orçamentários acum u lados.
O desespero do poro; os desníveis económicos a se acentuarem constituem por
certo, o melhor campo para que resurjam, em futuro não m uito longínquo, e se desen
volvam, novameyite, ideologias extrcyyxadas, que, em hora decisiva para o futuro da
Nação, foram estirpadas pelo m ovim ento que nos levou à plena retoxnada dos ru
mos tradicionais do Brasil. Urge. pois, que cada um daqueles que dispõem de al-
guytia parcela de influência e prestígio nas suas com unidades, encareça a necessi
dade de se prosseguir na tarefa, já agora verdadeiram ente construtiva, que se
iryipõe coyyio iyidispensávcl a que nunca m ais se propiciem condições favoráveis a
uma nova investida de qualquer fôrça política divorciada das nossas verdadeiras
tendências, que são para a liberdade, c a deyywcracia.
A História demonstra, de modo implacável, que só são infensos à propaganda
e à penetração totalitária, as nações que se preocupam , verdadeiramente, com a
justiça social, a adequada distribuição da riqueza e dos m eios que possibilitam o
progresso, a cada cidadão capaz de em prestar honesto e devotado esforço ao pro
pósito dc conseguir, para si e para a sua família, condições de vida compatíveis
com as suas próprias aptidões.
A par de uma coyisciêyicia coletiva e com unitária suscetível de compreendei'
e aceitar a parcela de sacrifício pessoal que cada um de nós rotarianos, que soynos.
por definição, indivíduos representativos de cada negócio ou profissão, compete