Page 4 - Telebrasil - Maio/Junho de 1963
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TELEFONE E A líTO FIX A N C IA M E X TO

      Sob o título acima, o “Estado de Minas',           passe à tutela fed era l, perd en d o, as­
   de 23 de maio, da cadeia dos Diários Asso­            sim , a c a ra c te rís tic a re g io n a l qu e lh e
   ciados, que se edita cm BeOo Horizonte, atia-         havia sido dada quando u Com panhia
   lizando o problema telefônico local, põe em           Telefôn ica B rasileira eon sen tira, em
   relêvo o dcsacêrto dos adversários da Com­            1353, em desm em brar a operação em
   panhia Tclefô-nica de Minas Gerais, mos­              M inas em fa v o r da em prêsa lo c a l en­
   trando o prejuízo que, com a sua obstinada            tão constituída sob os m elh ores auspí­
   atitude oposicionista, causaram à capital             cios: a CTM C.
   mineira e ao próprio Estado.
                                                              E ntretanto, a Com panhia T e le fô n i­
      O editorial faz justiça à atuação daque'a          ca de M inas G erais, im p ed id a de d a r
   concessionária, merecendo, por isso mesmo,            solução ao problem a de B elo H o rizo n ­
   com a nossa simpatia, uma transcrição in­             te, cam inhou para ou tros rum os e, nos
   tegral para conhecimento de nossos leitores.          mesmos m oldes em qne pretendiu
                                                          atu alizar o serviço desta C apital, so­
        Enquanto so debate, na esfera es­                 lucionou o das cidades de B arbacen a,
   tadu al com o na m unicipal, a quem                    Yarginha, Itaju bá, T rês C orações e
   perten ce a com petência para solucio­                 está com pletando o de L eop old in a;
   n ar o problem a telefôn ico local — e                 além disso, constru ía e já en tregou
   já agora o C ódigo B ra sileiro de T e le ­            ao público um p rim o ro so s e rv iç o eut
   com unicações, cu ja regulam entação                   « m ic r o - o n d a » e n t r e e s ta C u p lta l t*> o
   acaba de ser expedida, avocoa para                     llio , suprim indo, d efin itiva m en te, a
   a 1'nião, de m od o am p lo, tôdas as                  angustiante d em ora que, até há um
   questões pertinentes a telecom unica­                  ano, en ervava quem tivesse que se
   ç õ e s —— a p o p u la ç ã o b e lo r iz o n fin n    com unicar eom a antiga C apital da
  continua a esp erar. Segundo inform es                  R epública.
   recentes, a «fila dos qne esperam te­
   lefon es, nesta C apital, é, h oje, da o r­                 E, apesar de todos os obstáculos e
   dem de 31.000 pretendentes. Esca-                      precalços, a CTM G consegue apresen­
   pou-se-nos, há quatro anos, em virtn -                 ta r um balanço qne bem dem onstra
  d e d e vá ria s incom preensões, singular              a cuidadosa orien tação de sua d ire to ­
  op ortu n id ad e p ara a solução do p ro ­             ria ; os núm eros publicados, e já a p ro ­
  blem a; não tivesse sido fru strad o, na­               vad os pela assem bléia gera l, atestam
  qu ela época, o p ro jeto da Câm ara M u­               o esfôrço dos adm inistradores da em ­
  n icip a l, au torizan do o antofinancia-               prêsa para que seus 25.000 acion is­
  m ento, e a cidade não estaria, h oje,                  tas espalhados em M inas e no Estudo
  h espera, porque, tran scorrido quase                   d a G u a n a b a ra --- m u ito s d o s q u a is
  um lu stro , tôda a dem anda te ria sido                assim torn ados a tra vés do autofluau-
  ab sorvid a , o serviço estaria em dia, e               ciam ento — possam perceber adequa­
  os pretendentes de então, que são os                    da rem u neração rela tiva ao capital
  m esm os correspondentes a três quar­                   em pregado, qne se não é justa ante
  tas p a rte da « f i l a » atu al, teria m sido        a s ta x a s d e ju r o s era v o g a e q u e Ne
  aten d id os com um a contribu ição qne                 torn ara m usuais, é, contudo, a r e ­
 n ão u ltrap assava a trin ta m il cru zei­             m uneração m áxim a perm itida em lei
 ros «p e r-c a p lta » contra uma expecta­              para as aplicações em em preendim en­
 tiv a de trezen tos m il cru zeiros, tam ­              tos relacion ados com os serviços pú­
 bém «p e r -c a p ita », se a solução fôsse             blicos. A lém disso, n Com panhia, p o r
 a d ota d a ainda antes de novas eleva­                 duas vêzcs já , em 1353 e em 1303,
 ções nos castos.                                       bonificou os seus acionistas, adjudf-
                                                        cando-Ihes, da p rim eira , 100% de no­
      O qne vai ocorrer, agora, para com­               vas ações, e, da segunda vez, m ais
 p le ta r aqu ela fru stração, é que,                  5 0 % . Êstes resultados cohonestam a
 oenpados cm Im pedir a expansão da                     e x c e lê n c ia , sob to d o s os a sp ecto s, d«»
 con cession árin lo ca l, os seus fe rre ­             antofinaneiam ento que, in felizraen te,
 nhos op ositores, além daquele dano                    nesta C apital não pôde ser pôsto em
cau sado à cidade, criaram in exorá­                    p rá tic a .
 veis con dições p ara qne, nos têrm os
d o C ód igo B ra s ile iro de Telecom uni­
ca çõ es e segundo as circunstâncias d i­
tadas p o r n egociações entaboladas en­
tr e o G o vern o F e d e ra l e um grupo
d e em presas concessionárias de ser­
viço s pú blieos, o serviço telefônico de
B elo H o rizo n te, com o tôda a rede

o p e ra d a p ela concessionária local.
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