Page 9 - Telebrasil - Junho 1962

Moça — Só depois de ama­ nha. Afinal de contas, pode-se
nhã, quinta-feira.. .
— Eu — Depois de amanhã?
Mas não é possível! (Não acre­
ditava porque tendo o meu pró­
prio número no Rio ao mudar-
me fiquei sem êle).
— Moca — OK, farei o possí­
vel para instalá-lo amanhã. Mas
não prometo.
No dia seguinte, o meu telefo­ tra na linha (é gravação) e in­
ne chegava!
Pago as contas por cheque que
encaminho a uma caixa postal.
No mês passado enganei-me na
quantia. Repeti o pagamento do
mês anterior. Telefonei para a
mesma moca que apenas conhe­
ço como responsável pelo setor
de Lennox Hill e ao dizer meu
telefone (nos conhecemos por
números) ela já sabia de tudo.
Perguntou-me se gostaria de
mandar nôvo cheque ou preferia
que acrescentasse a diferença na
conta do mês seguinte.
Quando meu relógio pára, dis­
co a palavra Xervous e uma voz
me responde a hora. Existem ou­
tros numeros que me fornecem
a prav;são do tempo. Nos Esta­
dos Lmdos ninguém sai de casa
sem ler a previsão do tempo. E'
assunto de primeira página do«
jornais. Existem estrelas de te­
levisão, muito bem pagas, que
apenas dizem qual será o tempo.
São popularíssimas e recebem
imensa correspondência.
Aqui, a Companhia Telefônica
anuncia, em busca de clientes.
Para o Dia da Mamãe ou do na-
morado a companhia sugere como
presente a instalação de Telefo­
nes Princesa, aparelhos de várias
cores que combinam com o am­
biente dos apartamentos. A Com­
panhia insiste, também, que ca­
da um deve ter mais de uma li-
querer falar ao telefone no mo­
mento em que a mulher ou a f i­
lha o esteja fazendo. E o ameri­
cano é um apaixonado do tele­
fone.
A Companhia oferece uma
imensidade de serviços difeien-
tes. Por exemplo: liga-se para
um cinema ou para a estação da
estrada de ferro e se encontra o
telefone ocupado. Uma voz en­
forma que o telefone está ocupa­
do e pede que esperemos. Ou en­
tão, a voz informa o filme e diz
que se alguém deseja mais in­
formações deve ligar para outro
número. O número é oferecido.
Existem também os serviços
de resposta. São Companhias li­
gadas ao telefone de cada um.
Sempre que alguém chama, uma
campainha soa nos escritórios da
emprêsa de resposta. Se o tele­
fone continua chamando, a môça
entra na linha, informa que a
pessoa não está em casa e pede
que se deixe recado. Logo que se
chega em casa e se usa o tele­
fone, a môça entra na linha para
transmitir os recados recolhidos.
E’ fantástico!
Para telefonar para qualquer
canto do país não é preciso cha­
mar a telefonista. Cada cidade
tem um número. Chega-se ao te­
lefone, disca-se o código corres­
pondente à cidade e o número
que se deseja; segundos depois
se está falando com quem se pre­
tende. O sistema funciona para
todo o país.
Quando se tem dúvidas se o
cidadão procurado está em casa,
pede-se o auxílio da telefonista.
E ela o procura por toda a cidade.
Já tentei falar com alguém em
^ ashington e acabei descobrin-