Page 6 - Telebrasil - Maio 1961
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SERVICO TELEFÔNICO de                                  Respondendo a um dos represen

              GOVERNADOR VALADARES                     tantes da Frente Nacionalista, afirmou
                                                      o Sr. Ministro da Fazenda ("C orreio da
                ("Minas Gerais, de 19-/|-6l)
                                                      Manhã" de 20-Z|-6l) que "havia entre o
                  Do re la tó r io apresentado pela   ponto de vista do Depujado e a exposi­
  D iretoria da Companhig Telefônica de -             ção que fiz e ra * divergência fro n ta l: -
  Governador yaladares a Assembleia Ge-
  r ^ l da empresa, destacamos o seguinte             não era,partidário do liv ç e cambismo.
  topico, que bem sintetizada generalida              Quanto a questão das empresas que rece
  de das dificuldades e angústias vividãs             beram, na Instrução 20U, uma considera
  pelas operadoras do serviço telefôn ico             ção especial, no partiçu lar do pagamen
  no pais, nos últimos anos, em face da
  atual conjuntura b ra sileira ;                     to do ajustamento de cambio dejl.0<\ ã
                                                      200 cruzeiros, ta is empresas são sòmen
      "Realizou a Sociedade, no decurso
     do ex ercício passado, um gigantes­              te aquelas cujas^tarifas necessitam ã
      co esforço financeiro para prosse­              aprovação do Governo para serem modifi
     guir no seu programa de ampliação,               cadas. 0 Sr. Sérgio Magalhães poderia7
     dado que os crescentes aumentos do               por uma atitude doutrinaria, ou, mesmo,
     m aterial empregado não pôde ser co
     berto com o empréstimo autorizado“               por outros motivos, considerar que de­
     pelo Poder Concedente. Enquanto se               v e ria ser dado excepcional e rigoroso
     acentuava o problema da carência
     de recursos para os novos in v e s ti­           tratamento a determinadas empresas que
     mentos, também se processava uma                 operam no B rasil, constituídas por ca­
     deterioração grave na sua receita                p it a l e s tra n g e iro e que paja aqui v ie ­
     operacional, motivada pela sub-ta­               ram com autorização do Governo e aqui
     r i f a vigen te. A fim de atender a             funcionavam com essa mesma autorização
     esta situação solicitou a socieda­               e,que aqui desenvçlveram grandes in ­
     de, em data de Julho, ao Poder Con               dustrias. Mas, até agora, nenhum Govêr
     cedente, a revisão de suas ta rifa s             no manifestou esse,propósito. No rnomen
     o que exigiu um pronunciamento de                to, o que necessitavamos era a tr a ir nõ
     seus acion istas, o que f o i f e it o -         vos capitais estrangeiros para fo r ta lê
     em,data de 25 de agosto. A Assem -               cer a nossa economia. S. Excia. re fe ”
     b le ia Geral da C.T.G.V. reunida, -             riu -se especialmente ao caso da "Ligh t"
     escolheu uma comissão especial in ­              Vqu dar, então, um exemplo,que mostra­
     cumbida de estudar a matéria, a -                ra quem estava^certo; se nós, ao esta­
     qual apresentou o seu trabalho em
     outra Assembleia Geral Extraordina               belecermos o cambio de 200 cruzeiros -
     r ia , concedendo um reajustamento -
                                                      pela Instrução 20i|, ou se quem manti -
    de 100#, abaixo das necessidades -
                                                      nha o câmbio de custo de 100 cruzeiros,
     so lic ita d a s pela^D iretoria. 0 Po -
    der Concedente somente autorizou -                desdobrado em duas parcelas: uma de
    as novas ta r ifa s em data de novem­
    bro, para aplicação no mês seguin­                18, 80, no câmbio o f i c i a l , e outra de
     te . Esta demora f o i responsável,so           ^ 81*20. do agio do câmbio o f i c i a l . Os
    bretudo, pelo prejuízo verificado“
    no e x e rc íc io passado, no to ta l de          empréstimos obtidos pela "Ligh t" no es
    1% 306.516,10.                                    tçangeiro eram custeados na base de -

A INSTRUÇÃO 20il DEFENDIDA PELO MINIS­                cambio de custo de 3 100, 00, desdobra­
                                                      dos nesgas duas parcelas. 0 imposto de
  TRO DA FAZENDA NO CONGRESSO NACIONAL
                                                      renda sobre esses empréstimos que a -
 , Compareceu, no dia 19 de a b ril                   "Ligh t" era obrigada a pagar no momen­
 ultim o, diante dos senhores membros do              to em que fa zia a remessa dos fundos -
 Congresso Nacional, para a l i fa ze r, pes          necessários para a cobertura, na base
 soalmente, a defesa da Instrução 20U, -              de cem cçuzeiros, era calculada em fun
qtfe reformulou a p o lític a cambial do Go           çao do,dólar o f ic ia l de ^ 18,80, Agora
vem o em novas bases, o Ministro da Fa­               passara a ser pago na base do dólar de
zenda, Sr. Clemente Marlani.                         (rÈ^200,00* E acha S.Excia* que somos -

                Crivado de perguntas por vá- -        nos que estamos protegendo a "L ig h t"?
r io s Deputados presentes, teve S.Excla.             Criamos um d ispositivo de ordem geral
                                                      que beneficia a "Light" nas suas tare­
oportunidade de prestar ao J«f.gislatlv9
                                                      fas que dependem de autorização do Go­
detalhados esclarecimentos sobre a mate               verno, como beneficia a Paulo Afonso -
r ia , corrigindo,^inclusive. certas in ­            ou,qualquer outra empresa de energia -
terp reta ções errôneas partidas de repre             e le tr ic a , ou nãç, que necessita da a-
sentantes da chamada "Frente Parlamentar
N a cio n a lista ", os quais, dando vasão a         provaçao do Governo para aumentar as -
sua apaixonada ogerlza pelo cap ital es­              ta r ifa s . A concessão não f o i dada ape­
tra n g eiro , acusavam o atual governo de           nas a "L ig h t", mas a numerosíssimas -
te r favorecido grupos estrangeiros, par             companhias como a Companhia de Navega-
ticularmente a "Ligh t" e a "Bond and -
Share".                                                     Costeira. o Loid B ra s ile iro , a RÓ-
                                                     I erroviaria Federal, a Companhia Na
                                                     c^onal de A lç a lis , a Companhia Hidroe­

                                                     lé t r ic a dq São,Francisco, a Petrobras,
                                                     esta, a lia s , ja teve os seus preços

                                                     aumentados, de modo que não precisou -
                                                     beneficiar-se - a Companhia Sorocabana,
                                                     a Companhia Mogiana de,Estrada de Fer­
                                                     ro, a Material Ferroviário Mafersa

                                                     S .A ., a Administração do Porto do Rio
                                                     de Janeiro, a Fosforita de Olinda e ou

                                                     tras. Houve um tratamento único, equi­
                                                     ta tivo para todos os tipos de empresa,

                                                     extra-condiçoes - fossem estrangeiros
                                                     ou nacionais".
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