Page 11 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1981

modo próximo ou remoto). Assim o

operador pode através de seu terminal

enviar ordens (“ comandos” ) ao CPU

para obter dados de interesse da opera­

ção (estatísticas, intensidade de trá­

fego, relatórios de defeito, dados so­

bre tarifação de assinantes, etc).

Essa flexibilidade proporcionada pelas

memórias foi o principal atrativo que

encantou os projetistas de equipa­

mento. As tão aparentes vantagens

ofuscaram de tal modo suas mentes

que as primeiras centrais CPA cau­

saram surpresas inesperadas e desa­

gradáveis.

As centrais eram tão flexíveis — no

que se referia a programas e dados —

que geraram um problema para admi­

nistrar essas informações alimentadas

às m em órias, conhecido como o

“ pesadelo do software” .

Novas Arquiteturas de Controle

As gerações seguintes de CPA’s pro­

curaram solucionar esse problema,

buscando um maior equilíbrio entre a

desejada flexibilidade e o custo em se

administrar os programas e dados.

Originam-se daí várias alternativas

para a arquitetura das centrais CPA's.

A evolução da arquitetura tem sofrido

também a influência da redução do

custo dos componentes. As primeiras

centrais CPA procuraram otimizar Teste de central AXE

seus custos pela minimização do em­

prego de componentes, transferindo

muitas funções para os programas Analógico-Digital; Espacial-Tem­ central permite conduzir essas ondas

(software). A evolução dos compo­ poral elétricas em um determinado sentido.

nentes e seus custos decrescentes for­ Um canal telefônico tem “ espaço”

çaram uma retomada de direção menos Toda esta confusão de termos técnicos para transmitir uma conversação em

exigente em relação a economia de indígenas causam uma desorientação um determinado sentido (figura 2).

hardware. Os custos de desenvolvi­ de muitos companheiros não-técnicos.

mento e administração do software, Entre as perguntas que chegam à reda­ Se uma central analógica tem capaci­

por outro lado, pediam mais parcimô­ ção da Telebrasil encontramos muitas dade de “ n” circuitos de conversação,

nia. Surgiram, então, as novas con­ sobre assuntos exaustivamente abor­ ela pode estabelecer “ n” ligações si­

cepções de equipamento de controle dados na revista, porém em linguagem multâneas por vez. Em outras pala­

central, com processamento distribuí­ inacessível a nossos companheiros vras, cada conversação ocupa um es­

do. Nesta arquitetura mais recente há “ leigos” . paço exclusivo e separado dos demais.

um ou vários processadores (computa­ Essa central é chamada, por isso, tam­

dores) centrais que cooperam com pro­ A central analógica é aquela em que as bém espacial (neste caso, sinônimo de

cessadores subsidiários e especializa­ conversações telefônicas são comuta­ analógica). Todas as centrais conven­

dos (processadores regionais) que con­ das sob forma de informações elétricas cionais (antigas passo-a-passo, atuais

trolam partes específicas de uma cen­ semelhantes aos fenômenos acústicos crossbar) são também centrais analó­

tral. Estes processadores subsidiários que as geraram. Assim, as ondas so­ gicas ou espaciais. Entretanto, não é

têm certa capacidade de decisão. Além noras produzidas no aparelho telefô­ importante classificá-las assim por não

desta capacidade recorrem ao proces­ nico são convertidas em ondas elétri­ ocorrerem na versão oposta: a versão

sador central (1). cas. Um canal telefônico neste tipo de digital.