Page 3631 - Revista Telebrasil

das comunicações, Djalma Bastos de
Morais, permitiu que profissionais exa­
minassem produtos para rede, demon­
strados em cerca de 50 estandes.
Luiz Otávio Calvo M arcondes.
Humberto Alves Ferreira e Júlio César
Fonseca, ligados ao diretor de Plane­
jamento Engenharia, DPE da Telebrás,
Guido Fregapani, foram os organi­
zadores do Seminário, que contou na
abertura com a diretoria da Telebrás,
em peso. de dirigentes do Minicom e a
elite empresarial de redes.
Uma área que movimenta anual­
mente quase USS 1 milhão ou 35% do
orçamento do sistema, a rede, segundo
a própria Telebrás. não vai bem. “Caso
não ocorra mudança na qualidade de
nossa rede, caminharemos para uma
situação bastante desconfortável", aler­
tou o DPE da Telebrás. Guido Frega­
pani, explicando que será exigido das
operadoras, no decorrer de 1995, uma
gestão de qualidade total, com padrão
ISO 9000, até por “uma questão de
sobrevivência".
O diretor de pesquisa c desenvolvi­
mento ÍDPD) da Telebrás, Paulo Mou-
tinho, em sintonia com seu colega de
diretoria, também apresentou uma
visão cinza da qualidade na rede. Nas
operadoras, há falta dc pessoal de
supervisão que podem deixar inoper­
antes até 30% dos pares existentes. Na
indústria, materiais, como blocos ter­
minais necessitam de maior controle
de qualidade c de padronização. Há
blocos que depois de uma ano de uso,
apresentaram m icrofissuras, como
comprovou o CPqD. Na área de cabos,
a Telebrás está preparando uma norma
sobre cabos geleados e pressurizados,
cuja escolha dependerá do custo inicial
de instalação e de manutenção.
Na área da prestação dc serv iço, a
descentralização do cadastro dc em­
preiteiras que agora voltou a ser cen­
tralizado na Telebrás
terra a prequalificação de empresas e
baixou a qualidade do serviço. M as
" S E M I N Á R I O
/ >exapani < J" da D), t aso nào ocorram mudanças na atual qualidade da redt, a siiuaç ão poderá
I
%
( E - D ) Ministro das
Comunic ações.
Djalma dc Morais c
PR da Telebrás.
Adyr da Silva.
unidos no Projeto
Parceria.
agora, cada empreiteira vai operar na representam 2% dos assinantes e 80%
sua faixa de mercado, com “empresa da receita. Depois, será “opticalizada"
pequena, ganhando obra pequena e a rede alimentadora primária, aprovei­
empresa grande, obra grande". Quanto tando as oportunidades de expansão do
à digitalização da rede. novas Práticas atual sistema e finalmente a fibra vai
estão sendo preparadas para rever as chegar, progressivamente, no alimenta-
metas da Telebrás. dor. na calçada e na casa do usuário.
Paulo Moutinho, ao resumir a prob­ A entrada da fibra óptica, com
lemática da fibra óptica no Brasil, muito maior capacidade de transmissão
disse que a demanda de fibra óptica que a atual rede metálica, vai permitir,
para o Sistema Telebrás. em 1995. está no futuro, a introdução de novos
estimada entre 250 a 300 mil km. Por serviços revolucionários, como o filme
sua vez, as empresas Pirelli, Bracel. sob demanda - o cliente disca para um
ABCXtal e Avibrás (esta não produz servidor de imagens e recebe pela rede
fibra em estala) têm acesso á tecnolo o filme que escolheu. Outro grande
gia do CPql) e juntas produzem um fator de pressão para a chegada da
total de 150 a ISO mil km de fibra. E faixa larga é o da distribuição da tele­
previsível, portanto, que possa haver visão por cabo, com a Telebrás queren­
alguma expansão de antigos e a entra­ do alugar, aos fornecedores do sen iço.
da de novos fabricantes como a os meios de transmissão.
Furukawa - no mercado. O engenheiro Jonas dc Oliveira, da
O sistema Telebrás vai partir para a Telebrás, recomendou que desde já as
opticalização da rede. não há duvida, operadoras evitem reforçar a capaci­
ingressando na Era da faixa larga. O dade de cabos convencionais; a mano­
desafio será como faze-lo melhor. Os bra onerosa de rede denominada “corte
engenheiros da Telebrás estão na fase de área"; e a extensão de cabos primá­
de intenso planejamento e começam a rios além de 3 km. Para o técnico, tais
emitir práticas, como a 235-0012-607, casos são boas oportunidades que não
fez cair por para rotas estratégicas, as primeiras a devem ser desperdiçadas para colo­
serem implantadas e que vão levar cação de fibra óptica.
2Mbit/s até os grandes clientes. Estes, Na terminologia da rede. rota “pri­
mária" ou de alimentação é aquela que
sai da central de comutação e vai até
um armário de distribuição ou então a
um estágio remoto. Rota “secundária"
ou de acesso, é a que prossegue do
armário até a casa do cliente. Paulo
Curado, do CPqD, disse que a optica-
lização das rotas primárias - estas têm
pouca derivações ou emendas - favo­
rece o uso da tecnologia “ribbon".
Formado por 4 (na Europa) ou 12 (nos
EUA) fibras dispostas, lado a lado,
r , r E D r r* > podem ser acomodados em ranhuras
para form ar uma fita, os “ribbons
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BKASÍI.Ia . 22 V 26. 08.64 ou em tubetes internos, resultando em
cabos ópticos de excelente compacta­
ção e grande capacidade.
Já para as rotas secundárias, o pro­
blema é o da emenda freqüente dos
cabos, mono e multifibras. que pode
pear bastante dcsçoníortás et
*