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Ponto de Vista
E Telesc. em Santa Catarina, com a
stamos assistindo nesta década a
implantação de rotas de cabos ópti
fantástica revolução do emprego
cos pára-raios - OPGW . Santa
das fibras ópticas em sistemas
de telecomunicações. Se analisarmos Catarina é possivelmente o Estado
apenas o caso brasileiro, temos o que, em termos relativos, mais opti-
programa imenso da Embratel em calizou seus sistemas de longa dis
interligar o norte com o sul do País tância.
com modernos sistemas de transmis A Telemig possui um ambicioso
são em fibras ópticas. Segundo plano em implantação. A Telesp in
dados da própria Embratel. somente terligou Campinas a São Paulo, pas
na prim eira fase serão investidos sando por Jundiaí, e acena agora
mais de 800 milhões de dólares para com a implantação de rotas de cabos
interligar Fortaleza a Florianópolis ópticos pára-raios - OPGW. Em ter
através de cabos de fibras ópticas, mos de mercado, em 1993 o Brasil
parte em sistemas terrestres, outra consumiu cerca de 1 ()().()()() km de
parle em sistemas submarinos pas fibras ópticas. Número este que de
sando pelas principais cidades do vera se repetir em 1994. A previsão
País. para 1995 de cerca de 300.000 km é
O primeiro trecho desta rota, que ainda muito modesta quando com
interliga as duas principais capitais parado com o volume de fibra óptica
brasileiras, São Paulo e Rio, foi consumido pelo mercado americano
inaugurado em julho de 1993, cerca de 5 milhões de km ou 50
estando portanto em operação ha ve/es o mercado brasileiro de 1994.
mais de um ano com absoluto suces Projeções para o mercado americano
so. A segunda fase prevê o fecha indicam um crescimento fantástico
mento de malhas com rotas alter nos próximos três anos - 15 milhões
nativas e com volumes de investi de quilômetros em 1997.
mentos iguais aos da primeira fase. No nosso País, numa tentativa de
Os mais antigos devem se lembrar superar as dificuldades do limite de
que o grande desafio, no final da investim ento im posto ao setor de
década de 60, dado à recem criada telecomunicações, as autoridades da
Empresa Brasileira de Telecomuni área - Ministério das Comunicações
cações, era o de interligar com tron e Telebrás - acenam com projetos de
cos de microondas as capitais brasi parceria com a iniciativa privada.
leiras. Pois bem, a atual missão da Sem dúvida, esta iniciativa merece
Embratel em estabelecer sistemas de os nossos aplausos. Não só pela
fibras ópticas é tão importante quan oportunidade de alavancagem de
to sua missão inicial. novos negócios, em um m ercado
Estão sendo lançadas as bases estagnado por decreto ou pelo limite
para as nossas auto-estradas eletrôni reduzido do investim ento estatal,
cas, onde as inform ações deverão que não enxerga a necessidade da
transitar para permitir ao País o de sociedade e do usuário, mas também
senvolvimento dos mecanismos de em trazer novas idéias e soluções
integração à sociedade da informa que certamente a parceria empresa
ção. Além da Em bratel, algum as operadora e iniciativa privada, com
em presas operadoras estaduais já criatividade, poderia construir em
iniciaram investimentos para dotar benefício recíproco e pnncipalmente
sua região de operação com facili do usuário. Não saberia dizer se isto
L u d g e r o P a tta r o
(Diretor da Telebrasil e Diretor do dades de rotas em fibras ópticas. apenas será o suficiente. Sem duvi
segmento de TCs e Energia da Pirelli.) Merece destaque o pioneirismo da da, é um bom começo.