Page 11011 - Revista Telebrasil

Standard Eléctrica S.A.

50 anos de pioneirism o na história das

comunicações no Brasil

Como com eçou

A STANDARD ELETRICA S/A., empresa

brasileira de capital norte-americano, foi

fundada em 1? de dezembro de 1973, e

originou-se da International Standard Electric

Corporation (ISEC), que operava no Brasil

desde 1972, como uma filial da sociedade

norte-americana que tinha sede em Nova

Iorque.

0 objetivo principal da ISEC era instalar equi­

pamento telefônico autom ático nas cidades

do Rio de Janeiro e de São Paulo, im portado

da sua associada belga, a Bell Telephone

Manufacturing, de Antuérpia, que durante

muito tempo foi o maior fabricante mundial

de equipamentos telefônicos automáticos.

Tanto a ISEC como a Bell Telephone M anu­

facturing Inc. eram e ainda são subsidiárias

da ITT — International Telephone & Tele­

graph Corp.
A 31 de dezembro de 1929, era inaugurada a primeira estação automática no Rio de Janeiro.

Além dus serviços de instalação de equi­

pamentos telefônicos, a ISEC, na sua ativi­ progresso brasileiro na área das telecomu­ nica insatisfatória, atrasos na instalação e en­

dade no Brasil começou a im portar e reven­ nicações, como estas, que se destacam entre trega dos equipamentos. Mas, os problemas

der aparelhos receptores de rádio que come­ as mais importantes: foram sendo contornados com decisão e

çaram a ser montados aqui, assim como, logo empenho, mostrando uma preocupação reso­

depois, os aparelhos telefônicos automáticos. 1942 — Primeiros aparelhos telefônicos luta de aperfeiçoar tecnicamente a produção
automáticos

Com o início dessa fase de industrialização, 1946 — Primeiras mesas telefônicas auto­ e cumprir fiel e rigorosamente os contratos

primeiro apenas a montagem e depois a máticas PABX assumidos.

fabricação propriamente dita, constatou-se a 1958 — Primeiro sistema de micro-ondas da Começando a enfrentar o desafio industrial

necessidade de ser organizada uma empresa América do Sul, ligando o Rio a São Paulo junto com o Brasil, a STANDARD ELEC­

brasileira, com capital e tecnologia norte- 1960 — Primeiros equipamentos de ondas TRICA atinge hoje sua plena maturidade in­

americana, que veio justificar a criação em portadoras, completamente transistorizados. dustrial, sendo atualmente uma das maiores

1973 da atual STANDARD ELETRICA S/A. 1961 — Primeira central telefônica automática indústrias de equipamentos de telecomu­

Sua primeira sede e unidade industrial lo­ do Brasil, do sistema de barras cruzadas Pen- nicações do país e a empresa do setor com o

calizou-se na Rua Salvador de Sá, no Rio de taconta maior índice de nacionalização.

Janeiro, perto do ainda existente quartel da 1965 — Primeiro sistema nacional de micro­

Polícia Militar, transferindo-se depois para ondas 100% transistorizado Deve-se assinalar aqui, dois fatos marcantes
que colaboraram decisivamente para que ela
Vicente de Carvalho, próximo ao local onde se 1967 — Prim eiro sistem a m ulti-canal
atingisse a posição que hoje ocupa: a criação
encontra hoje o seu parque industrial. VHF/UHF, totalmente transistorizado, de

do Ministério das Comunicações em 1967 e da
concepção inteiramente nacional e
Desde o início, a empresa, ainda sob a de­ TELEBRÁS em 1972 Estes dois eventos
Primeiro programa de locação de equipamen­
nominação de ISEC, já se colocava de forma foram de suma importância não só para a
tos telefônicos como PBX, PABX, Key Sys­
marcante no campo das comunicações, im ­ STANDARD ELECTRICA, como também
tem e tele-impressores

plantando uma das primeiras estações de para o setor das telecomunicações, pois, a

rádio do Rio de Janeiro, a Rádio Clube do 1971 — Primeira estação de trânsito inter­ partir desse instante, a empresa através de um

Brasil, hoje Rádio Mundial. nacional, no Rio de Janeiro, que veio posi- fluxo contínuo e uniforme das encomendas,

bilitar a implantação no país do sistema DDI pôde alcançar melhor racionalização de sua
Antes de se instalar como indústria, a S TA N ­
(Discagem Direta Internacional). produção, instalação, engenharia e estoques
DARD ELETRICA assinalaria ainda por duas
de matéria prima. Até então, não existia uma
vezes o seu espírito pioneiro em terras bra­

sileiras: a instalação do primeiro sistema de Dificuldades iniciais programação, em termos nacionais, de ex­
pansão da rede telefônica. Não havia um órgão
teletipo do Departamento de Correios e
A STANDARD ELECTRICA, desde o começo central para planejar, coordenar e traçar as
Telégrafos do Rio de Janeiro, em 1928, e da
de suas atividades industriais no país, adotou diretrizes para a execução de uma política
primeira Central Telefônica Autom ática da
a política de nacionalizar ao máximo sua nacional de telecomunicações que atendesse
Companhia Telefônica Brasileira (CTB — hoje
produção. Como qualquer indústria pioneira, às reais necessidades do país no setor. E não
TELERJ) no Rio, em 1929. Era o progresso
lutou, de início, com dificuldades diante da raras vezes eram estabelecidos prazos po­
chegando sob a forma da comunicação ins­
falta de matéria prima nacional de quai:dade líticos para a inauguração das centrais te­
tantânea.
satisfatória e de mão-de-obra especializada, lefônicas, sem que estas apresentassem a

Suas realizações pioneiras assinalam, ano a que geraram uma série de problemas, tais mínima condição de funcionamento dentro de

ano, as próprias etapas fundamentais do como: equipamentos de confiabilidade téc­ padrões razoáveis.