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A posição estratégica
da DIGIBRÁS*
Normalmente, as primeiras aplicações de As máquinas utilizadas nas diversas fases A esse conjunto soma-se um grupo de equi
computadores surgem nos campos comer do processamento distribuído eram peque pamentos periféricos, composto de modos
cial e cientifico, para só mais tarde serem nas, mais baratas e mais numerosas. A per de registrar, receber, processar e emitir da
reconhecidas, entre outros, nos campos In da de uma causaria prejuízos muito meno dos; mostrar em telas de vídeo, escrever ca
dustrial e militar. O Brasil não foi exceção. res que os que resultavam de avarias nos racteres e números, desenhar curvas, mos
Desde meados da década de 50 começaram computadores grandes, usados no proces trar imagens; atuar sobre controles e alar
a chegar, trazidos pela IBM, Burroughs e samento centralizado. Surgiam assim, com mes; realizar operações, tudo de acordo
depois Univac e demais empresas, os pri o conceito de processamento distribuído, com outras instruções detalhadas que
meiros computadores eletrônicos. os minicomputadores. constituem o software de aplicação. A esse
conjunto de funções é que chamamos Sis
Naquele tempo, usar computador era uma Enquanto isso acontecia no campo das temas.
manifestação de status, principalmente se aplicações comerciais, fenômeno seme
fosse um grande computador, de último lhante ocorria no campo cientifico e nas Os novos caminhos
modelo. Quando o volume de operações aplicações de engenharia. Ao mesmo tem
crescia, as empresas tinham que passar pa po em que surgiam os minicomputadores, A evolução dos sistemas industriais auto
ra máquinas mais velozes e de maior capa reconhecia-se que, sem dúvida, haveria matizados caminha hoje para sistemas In
cidade de memória, caracterizando, desta sempre lugar para as grandes máquinas, tegrados, em que a Informação colhida pelo
forma, o método de processamento centra para aplicações que exigiam grande rapi sensor deve ser microprocessada no local
lizado, em que os dados colhidos remota dez de cálculo e enorme capacidade de para decidir que procedimento determinará
mente eram transformados em cartões per memória São os casos da meteorologia, componente controlada pelo microcompu
furados ou fitas de papel, ou mais recente- dos grandes simuladores, da otimização de tador. Simultaneamente a informação so
mente, gravados em discos, magnéticos, grandes projetos do engenhatia, dos com bre essa situação deve ser passada adiante
disquetes, discos flexíveis, etc. plexos modelos matomáticos para repre para ser conhecida por um centro de con
sentar situações oconômlcas, sociais, de trole superior.
Nos últimos anos desenvolveu-se o concei engenharia, etc.
to de operação descentralizada, onde a In Ao mesmo tempo que esse mlcroprocessa-
formação é tratada de maneira mais Já no campo Industrial, a automação mento acontece a nível das componentes
contínua, fazendo-se o processamento gra Iniciou-se pelo desenvolvimento do instru ativas do processo industrial, essa infor
dualmente. ou seja, iniciando-o logo após p mentação, de controlos, de sonsoros, etc., mação deve ser coletada a nível interme
coleta dos dados, passando á frente Infor Integrando-se depois em sistemas em que diário e processada para decidir o compor
mações já parclalmente processadas para essa automação atua no próprio processo tamento a ser determinado a subsistemas
serem coletadas e depois novamente pro industrial de produção, e enquanto o pro intermediários mais complexos, e assim
cessadas em estágios sucessivos. cesso se realiza. É o controle de processos. por diante, até chegar às imensas máqui
nas necessárias para conter inúmeras in
A proximidade entre elementos do sistema formações de um sistema de apoio a um
de controle e os órgãos de produção indus pólo industrial complexo.
trial — determinando sua operação em am
bientes de ruído, temperatura, vibração, Algumas aplicações industriais podem ne
* Nota tobre o «utor
poeira e umidade — faz dos sistemas in cessitar que o microcomputador seja aber
JOSÉ CLÁUDIO BELTRÁO FREDERICO, Diretor da dustriais parentes muito próximos dos sis to em seus módulos componentes, e ainda,
DiGiBRAS-Empresn Digital Brasileira S A c Presidente do temas militares, e por outro lado, espécies que alguns desses módulos sejam integra
Consolho de Admtnisifnçâo da COBRA-Compufadores e muito diferentes daquelas constituídas pe dos em micro-sistemas, formados do pro
S'storpas Brasileiros S A
los sistemas de aplicações comerciais e cessador e alguma Interface, de alguma lin
Engenheiro EioIrPruco pe»a Universidade da Califórnia e cientificas, que exigem ar-condlcionado, guagem de máquina necessária à solução
Nuclear pota Uruvorsidado de Chicago Administrador de baixa temperatura, pouco ruído e nenhuma do problema em pauta, alguma memória
Empresa.
vibração. para acumular as informações e instruções
Pre-jidenie do CONTEL. promoveu a onuada do Brasil, Inerentes ao problema que se pretende re
com parlicipaçâo acionária na INTELSAT Vice Presidente Os sistemas automatizados sãc o produto solver, meios de comunicação para passar
da ex f EB ASA para o piano de expansflo
da fusão de sistemas de engenharia com a ao centro coletor seguinte os resultados de
Consultor dn CNEN par« a fase guo resultou na cnaçflo do automação de controles. Vale registrar, a piocessamento feito e receber novas ins
NUCLEBRAS título do esclarecimento, que per sistemas truções.
entende-se o conjunto de máquinas, inter
Membro do Conselho Técnico e OentUir.o do Instituto de
Engenharia Nuclear. faces e memórias, quo constituem o hard Na medida da complexidade do processo
ware (a maquinaria propriamente dita do quê estiver sendo controlado, a esses mi
C onsultor de vArias em presas P rojeto M a lrt/ EnorgôHcn computador). Essa maquinaria é interligada croprocessadores poder-se-âo somar
B 'a sile n a p articip o u do pnm oiro ostudo de organização por linguagens e programas básicos que adiante outros, além de miniprocessadores
do MME o postonorm ente d« CPHM. anteprojeto do Plano
N acional de Telecom unicações do Chili» A valiação riaCa- constituem as instruções lógicas, o so ft wa e sistemas maiores.
puciiar.áo da Indústria B rasileira do FáhncaB C entrais re básico quo torna o equipamento capaz
E ictro N ucleares, etc
de operar de maneira inteligente, disciplina Esta necessidade do conhecimento — no
do pela vontade e pela competência dos campo das aplicações industriais — de co
Planejou, construiu, innpianiou e duram o instituto de Pes
quisas da Marinha e COBRA Computadores e Sistemas programadores que escreveram as ins mo abrir minis e microcomputadores para
Brasi'eiros S'A
truções. fazer unidades de controle dedicadas, a se-