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H o m o g e n e i z a ç ã o d o s
c r i t é r i o s d e a v a l i a ç ã o d e
e m p r e s a s e d e a v a l i a ç ã o
d e i n v e s t i m e n t o
LUIZ SÉRGIO COELHO DE SAMPAIO
Diretor Econômico-Rnanceiro da EMBRATEL
0 presente trabalho forneceu subsídios para a palestra "Neutralização dos Efeitos equivalente, como base de avaliação
Inflacionários sobre o Planejamento e Avaliação de Desempenho das Empresas de da rentabilidade das empresas.
Telecomunicações0 apresentada no VI PAINEL TELEBRASIL (RN-Natal), e tam
bém para o I! Seminário Interno da Àrea Económico-Financeira realizado pela Quanto á avaliação de projetos de in
EMBRATEL. vestimentos, a literatura especializa
da propõe a divisão do problema em
1 .0 Problema os juros de obras em andamento, a duas partes: manda, primeiramente,
correção monetária e outros menos proceder á elaboração do orçamento
Por que utilizamos distintos critérios importantes. de capital, determinando-se, em se
para avaliação de rentabilidade de guida, a taxa interna de retorno do in
empresa e para avaliação de projetos A correção monetária, especifica vestimento. Numa segunda etapa,
de investimentos? Não poderia a em mente, quando se está em conjuntu deve-se comparar esta taxa com o
presa ser considerada como um con ra altamente inflacionária, como soe custo de capital médio para o projeto.
junto aditivo de projetos super acontecer no Brasil, diferirá bastante A diferença das duas taxas expressa
postos? Talvez a solução de tal pro de uma empresa para outra, depen rá a rentabilidade esperada do investi
blema não viesse passar de um exer dendo da estrutura dos respectivos mento para o acionista.
cício de manipulação de índices, sem ativos. Veja-se, como ilustração, o ca
maiores conseqüências práticas. Po so das empresas comerciais em rela Já analisamos os inconvenientes
rém, como se verá, algumas peque ção às empresas de prestação de ser deste processo, no trabalho “Avalia
nas alterações nos processos usuais viço público. Consideremos duas em ção de Alternativas de Investimento,
de avaliação de uma e outro, empresa presas que registrem a mesma rela Formas e Esquemas de Financia
e investimento, podem conduzir a re ção LL/KP de 20%, sendo que numa mento” (1), em que se propõe uma so
sultados numéricos cujos significa delas o montante de correção mone lução para o problema de avaliação
dos estarão bem mais próximos ao tária é equivalente a 5% do capital do investimento através da determi
que auguraria o bom senso. próprio e noutra, a 20%; isto, num nação da Taxa Interna de Retorno do
exercício ern que a inflação tenha si Capital Próprio, trabalho que o leitor
No que tange ao desempenho econô do de 30%. É fácil verificar que a pri poderá consultar para inteirar-se em
mico de uma empresa, admite-se co meira, embora apresentando um lu- maiores detalhes.
mo indíce principal de avaliação a sua oro nominal positivo, terá tido prejuí • , * • * * • ( • ^
taxa de lucratividade, expressa, por zo em termos reais, enquanto que a Ali, em resumo, definiu-se sem ambi-
exe m plo, pela re la ç ã o lu c ro segunda, descontado o efeito da in gliidade o que designamos Capital
líquido/capital próprio (LL/KP). flação, apresentará ainda uma lucrati Próprio Inicial (CPq) referente ao pro
vidade real positiva. jeto de investimento. Sendo Y, o sal
^ • i
Ocorre, entretanto, que alguns ga do de caixa, em t, do projeto, exclu
nhos reais ou nominais das empresas Essas considerações, embora apres sive a parcela de capital próprio,
não transitam pela conta de lucros sadas, nos parecem suficientes para define-se uma Taxa Interna de Re
e perdas; é o que se passa, por exem levantar sérias dúvidas sobre a ade to m o do C apital P róprio (TRCP)
plo, com as bonificações recebidas, quação do índice LL/KP, ou um seu como:
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