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dições de vida no campo, facilitando o
contato do rurícola com os centros de
assistência técnica, de apoio financeiro
e social, o que conseqüentemente
evita o êxodo para os centros urbanos.
O objetivo maior através da telefonia
rural é o desenvolvimento do País, ao
proporcionar facilidades para a moder­
nização do meio rural, aumentando a
sua produtividade, reduzindo os cus­
tos de produção e elevando a renda no
setor primário.
5. Características do Sistema
5.1 — As redes rurais se caracterizam
basicamente por uma baixa densidade
de assinantes por quilômetro de rota e
grandes extensões. O custo por as­
sinante para instalação e manutenção
do serviço telefônico nas áreas rurais
ê, inevitavelmente, mais alto que nas
áreas urbanas. Estas condições levam
normalmente as concessionárias ao
desinteresse pela implantação da
telefonia rural, deixando via de regra, a
solução parp o próprio interessado,
que utiliza padrões e técnicas de baixa
qualidade.
5.2 — A telefonia rural, tendo em vista
o atual estágio dos serviços de tele­
comunicações no País e principalmen­
te as projeções futuras, deve obedecer
aos seguintes parâmetros básicos:
a) serviço contínuo, pelo uso de cen­
trais automáticas;
b) tráfego com grau de serviço com­
patível;
-c) total enquadramento nos padrões
de transmissão;
d) perfeita e total integração à rede ur­
bana;
e) utilização de técnicas de instalação
e operacionais adequadas;
f) possibilidade de ampliações futuras.
O telefone rural não pode continuar a
ser um simples apêndice do urbano,
mas deve principalmente ser o seu
prolongamento,
características técnicas e nível de
facilidades. Portanto, uma primeira
definição é: telefone rural = telefone
urbano.
6. Projeto Piloto
Os estudos preliminares para implan­
tação de sistemas de telefonia rural e,
principalmente, á verificação e con­
dições de exequibilidade técnico e
económico-financeiras, foram ini­
ciados em 1973, para uma determi­
nada área rural do município de Mogi
das Cruzes, distante cerca de 60 km da
Capital do Estado. Os motivos que
nortearam a escolha desta área para
estudos efetivos foram os seguintes:
a) existência de Cooperativa de Ele­
trificação Rural, em condições de for­
necer apoio administrativo;
b) mentalização do espírito coope­
rativista já largamente disseminado;
c) a primeira a receber eletrificação
rural sob forma de cooperativa;
d) proximidade de São Paulo, per­
mitindo deslocamentos rápidos e
frequentes;
e) ter sido a primeira Cooperativa de
Eletrificação Rural e solicitar o be­
nefício;
GRÁFICO 1
— entroncamento de comutação
*
— central rural
— rede
— terminal do assinante
7.2. Entroncamento de comutação —
com as mesmas Não sofre grandes alterações ao se
compararem centrais urbanas e rurais
da mesma capacidade.
• ? • • .
7.3. Central rural — O custo por ter­
minal da central rural ê normalmente
mais alto que o das centrais urbanas,
uma vez que as rurais são de pequena
capacidade e têm o seu preço gravado
pela menor utilização dos órgãos
f) configuração de pequenas pro­
priedades, com elevada concentração
de pretendentes.
Estes estudos foram baseados na ex­
periência acumulada pelo REA —
Rural Electrification Administration —
US Department of Agriculture, há 27
anos operando como órgão coor­
denador, normalizador e financiador
da telefonia rural nos Estados Unidos.
t
E sempre necessário ressaltar a efetiva
colaboração que tivemos e conti­
nuamos tendo do REA, que possi­
bilitou o estabelecimento de diretrizes
para a implantação de telefonia rural,
evidentemente adaptados para as
condições brasileiras.
7. Análise de Custos — Sistema
7.1. Para evidenciar as características
do serviço rural é interessante com­
pará-las com as do serviço urbano. A
configuração típica de um sistema
rural é a seguinte:
A S S I N A N T E R U R A L
comuns. O gráfico a seguir que iden­
tifica o custo relativo por terminal de
pequenas centrais automáticas mostra
a diferença de preço.
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