Page 10505 - Revista Telebrasil

FLÁVIO JOPPERT DE MOURA
n s :
*
Introdução
Um processo usual em supervisão
de centrais telefônicas é a aquisição
de dados referentes ao número de to­
madas e ao tempo total de retenção
das unidades do sistema telefônico.
Com estes dados é possivel calcular
parâmetros do tráfego e Índices de
desempenho da central.
Deste modo, após análise adequada,
- unidades defeituosas podem ser fa­
cilmente identificadas, permitindo
otimizar a eficácia da operação e ma­
nutenção dos equipamentos, melho­
rar a qualidade dos serviços telefô­
nicos e aumentar a capacidade de
gerar receita das empresas de tele­
comunicações.
j • * .
Entretanto, para que uma supervisão
de centrais possa gerar estes benefi-
cios, é necessário que o processo de
aquisição e tratamento essencial dos
dados de operação da central seja
efetuado em tempo real.
. ’• •
• * 4 .
. \ V* * “
- , ^ - *
Por outro lado, a grande rapidez e ca­
pacidade de processamento dos mi­
croprocessadores, aliados ao seu bai­
xo custo e facilidade de manuseio,
tornam estes componentes altamen­
te atrativos para aplicações em con­
trole de processos e, em especial, pa­
ra a aquisição dos dados acima referi­
dos. ¦
*
* • • •* ’. '.y *•/- * * * . . '
GLICÉRIO ADOLFFO ROJAS
Existem atualmente no mercado mi­
croprocessadores com dezenas de
milhares de bytes de memória, ciclo
de instrução de microsegundos, vá­
rios níveis de interrupção, acesso di­
reto à memória, etc., sendo possível
adquirir configurações básicas de mi­
crocomputadores por menos de
Cr$ 50.000,00(1).
Neste artigo, mostramos inlcialmen-
te como um microcomputador, con­
venientemente acoplado a órgãos de
uma central telefônica, pode adquirir
dados para supervisão, formando as
seguintes tabelas:
[ni]: tabela de tomadas, onde
número de tomadas do órgão telefô­
nico/, e
[ti]: tabela de tempos de retenção, on­
/ tabelas [ni] e [ti] em memória.
- • »* - ' * '.J1 ** • . de ti é o tempo total de retenção do
órgão telefônico /.
Estes dados podem então ser proces­
sados gerando informações geren­
ciais para operação e manutenção
das centrais telefônicas.
~ r -• * ' - • # • s " .
• * '
„ *¦ .'••s .* /'' ~ c 1
. . . . , * - _
Como demonstração prática dos con­
ceitos introduzidos, apresentamos a . ca órgão desocupado, ou livre, e no
seguir um sistema semelhante imple­
mentado no Departamento de Desen­
volvimento da TELERJ, como parte
básica da USCE — Unidade de Super­
visão e Controle de Estação, um sub­
sistema do projeto SITASU, já descri­
to nesta revista (2).
%
* í ' *. • . . . • i , • i ¦ •
V
Na conclusão, ressaltamos alguns
aspectos que nos parecem relevan­
tes e decorrentes de resultados práti­
cos de desenvolvimento de sistemas
digitais de controle em tempo real,
dentro do contexto tecnológico e
econômico do país e, em particular,
no setor das Telecomunicações.
Descrição Geral
O sistema (fig. 1) é constituído por
equipamentos (hardware) e progra­
mas (software).
t k • - . _ VT « % , • • ~
è o Os equipamentos, sob comando dos
programas, efetuam todo o processo
de aquisição de dados, formando as
• * " , * i 0 »
^ • 1 I ' Os órgãos da central fornecem uma
*k«
^ K ^ • • „ “ . • . . **•- . * >-
^
indicação sobre o seu estado, como
mostra a fig. 2. Do ponto, normalmen­
te o contacto de um relé, colhe-se
uma forma de onda de tensão que,
depois de tratada por uma interface,
. • , - V - -V
pode ser considerada como uma on­
* . • V • ¦ X
’ - . ____ -N '
da retangular que no nível “O” signifi-
nível “ 1” órgão ocupado, ou tomado,
• • A • - • • ^ - - • - m ^ • • *
A tabela de tomadas [ni] é formada
contando-se as transições 0-1 de ca­
da órgão e a tabela de tempos [ti],
contando-se o tempo em que o órgão
permanece no estado 1.
* __ ^ • ' ! . • ¦