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Obs.: Anotação log corresponde a logaritmos ne- cresce, em relação à renda per capita, a b) a função ajustada para o caso de -
perianos.
taxas superiores em países menos de X = 1, ou seja, renda per capita infe
senvolvidos do que em países ricos. Is rior a USS 600 (y < US$ 600):
Uma variação isolada de um décimo, to é, agregando-se os países por estra
por exemplo, no grau de concentração tos de renda renda capita, conclui-se log 8 = 9,667 + 1,987 log y - 3,268g
da renda provocará uma variação ab que as taxas de crescimento da densida c) a função ajustada para o caso de
soluta de cerca de uma unidade na den de, em relação à renda per capita em X = 0, ou seja, renda per capita supe
sidade telefônica. No caso do cresci càda estrato, é significativamente dife rior a USI 2.500 (y >US$ 2.500):
mento isolado da renda per capita, se rente das demais.
esta crescer de 1 % a densidade deverá log 3 = 3,091 + 0,928 log y — 3,268g
Essa hipótese, na verdade, não traz ne
elevar-se para cerca de 0,9%.
nhuma nova luz sobre esse problema, A equação “ a” é a função de regressão
Cabe lembrar, mais uma vez, que o uso mas se aceita, torna válida a seguinte obtida a partir de amostra de quinze
da estatística, neste caso, serve de base proposição: na medida em que a renda países, onde a variável dummy (x) foi
ilustrativa para as questões que se colo per capita cresce, a taxa de crescimento considerada igual a zero para os países
cam sobre a metodologia em foco. de densidade telefônica, em relação à com renda per capita inferior a
taxa de crescimento da renda, tende a US$ 600 e igual a 1 para os de renda
O mais importante, contudo, é notar a acima de US$ 2.500.
cair.
importância do fator distribuição com
Logo, a função que representa o pa
binado com a renda per capita. Na me É possível captar essa tendência décli
drão médio de densidade telefônica em
dida em que haja um crescimento da nante através da introdução de va
países pobres está em “ b” , e para os
renda, concomitante com uma melhora riáveis dummy que diferenciam os es países ricos está em “ c” .
na distribuição da renda, que reduz o tratos de renda na função de regressão,
coeficiente de concentração, o impacto como demonstra-se a seguir. Como se observa pelos parâmetros das
dessas mudanças sobre a demanda por funções “ b” e “ c” . os padrões de den
telefones, e, conseqüentemente, sobre Com a mesma amostra de quinze sidade são sensivelmente distintos em
a densidade telefônica será mais signi países, ajusta-se uma função potencial, termos do nível absoluto desse padrão
ficativo do que o impacto apenas do na qual a variável dummy diferencia os (expresso pela primeira constante da
crescimento da renda. países com renda per capita abaixo de equação) e em termos de crescimento
USJ 600 dos paises com renda acima da densidade em relação ao crescimen
Essa conclusão está reforçada, em ter de US$ 2.500. Os resultados da análise to da renda (expresso pelo coeficiente
mos de análise estatística, pelo fato de são os seguintes: da renda per capita).
que, retirando-se o coeficiente de Gini
desta função, ou seja, fazendo-se uma a) função ajustada de densidade telefô Nos países com renda no estrato infe
regressão segundo o modelo simplifica nica satisfatória: rir, o crescimento da renda tem um im
do, além do coeficiente de correção pacto mais significativo (A, = 1.987)
tornar-se inferior (r: = 88), revelando log t) • (—3.091 — 6.577X) + (0.928 + l,06x) do que nos países com renda no estrato
que a bondade do ajustamento c menor log y — 3,268g r2 * 96% superior (A, = 0,928).
do que o da primeira função apresenta
(testes estatísticos confirmam signifi- Esses resultados são importantes para
da (r2 = 91), a própria regressão
cância dos parâmetros e ausência de o que se pretende obter a partir de de
torna-se inconsistente, segundo o teste
autocorrelação) terminada amostra de países.
da análise de variância (F, u = 27,5), e
não rejeita a hipótese de não haver re
gressão com risco de 1 %.
Entretanto, o propósito deste estudo
não visa precisar a metodologia es
tatística que deve ser aplicada na deter
minação da função de densidade em es
tudo, nem poderia pretendê-lo, tam
pouco, em face o próprio problema co
locado com respeito à definição da
função de densidade telefônica satis
fatória.
A seção seguinte complementa este es
tudo a partir do desenvolvimento da
função de densidade, em termos de es
tratos de renda per capita, colocando a
terceira questão sobre a metodologia
de construção dessa função, que é o ca
so da amostra de países.
UI. O problema da amostra de países
A hipótese de ser testada nesta seção
implica em que a densidade telefônica Fontes: “ World Tables”, Banco Mundial, 1976; “Statistical YearBook”, ONU, 1976.