Page 10331 - Revista Telebrasil

Cada tipo de sistem a de com utação te­
lefónica passa por três fases ao longo
de sua vida (figura 1). A prim eira é
uma fase introdutória, quando novos
sistemas desse tipo estão iniciando.
Durante esse período, o sistem a é o
mais moderno e o m ais econom icam en-
té atrativo.
A segunda fase é a da maturidade,
quando não estão sendo mais desenvol­
vidos novos sistemas desse tipo, mas os
sistemas existentes continuam a crescer
em número de linhas em serviço.
Nessa fase intermediária o sistema está
em obsolescência e vem perdendo o
mercado de novas centrais para produ­
tos mais modernos. Contudo, continua
estar serviço adequado e cconômi-
loaum número crescente de assinantes
nas centrais já instaladas.
A fase final é a de substituição, quando
o já agora obsoleto sistema está sendo
retirado de serviço e substituído por
tecnologia mais avançada.
NUMERO DE
UNHAS
NUMERO DE
CENTRAIS
INTRODUÇÃO MATURIDADE
Figura 1 — Ciclo de vida de um sistema
de comutação sem contenção
[Tmúmero de linhas servidas por um
determinado sistema de comutação po­
de continuar a crescer rapidamente du­
rante sua fase madura, mesmo embora
nenhuma nova central desse tipo esteja
sendo instalada. De fato, o número de
linhas servidas pelo sistema pode atin­
gir o pico somente após o término da
fase madura, quando já se iniciou uma
quantidade substancial de substi­
tuições.
Durante a fase intermediária, o sistema
maduro deixa de ser a mais moderna
tecnologia disponível. Portanto, o
crescimento do sistema maduro será,
nessa ocasião, mais expensivo do que o
crescimento dos novos sistemas que
ainda se encontram em sua fase intro­
dutória.
Caso todo o sistema telefônico de assi-
p^ntes esteja sendo ampliado com o
[sistema de tecnologia que se encontra
na fase final, a de substituição, estar-
se-á impondo limitações ao sistema te­
lefônico como um todo.
Uma administração telefônica pode de-
liberadamente limitar, ou restringir, o
mercado para o sistema de comutação
na fase madura.
0 efeito de tal política de contenção é
ilustrado na figura 2. A contenção in­
terrompe o crescimento adicional em
linhas servidas pelo sistema maduro.
1
NUMERO OE
UNHAS
NUMERO
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CENTRAIS
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\rn~ INIRO O UÇÃO 4 * • MATURIDADE 4 » - lURtVlTUlCÃO
l iX ura 2 — C ic/o de vida de um sistema
de comutação com contenção
Existem diversas razões para tal con­
tenção. Primeiro» e principalmente, o
custo de crescimento com tecnologia
obsolescente pode ser alto e escalona­
do. Isto é especialmente verdade nos
últimos anos de maturidade, quando o
mercado se contrai para esse tipo de
equipamento e se perde em economia
de escala.
TEMPO Como exemplo, segundo a fonte (1),
SUBSTITUIÇÃO-4
nos últimos dez anos o custo do Cross-
bar nf 5 americano tem dobrado. Em
comparação, o custo do ESS (sistema
eletrônico americano) tem apenas au­
mentado moderadamente no mesmo
período. Em (3) encontramos os valo­
res apresentados na tabela 1 para
preços relativos, indicando assim a ten­
dência de custos.
Preços Relativos ,
(1968 « 1,00)
1968 1974
Salários de pessoal (telefonia) 1.00 1,62
Liqulpamcmo passo a passo 1,00 1,60
Lquipamcnto Crossbar 1,00 1,45
liquipamcnio CPA 1,00 1,20
I abola I
O maior aumento no crescimento dos
\ custos do equipamento Crossbar, rela­
f tivo ao equipamento CPA, é fácil de
:
S entender. A fabricação do equipamen­
to Crossbar exije uma mão-de-obra
H
mais intensiva do que o equipamento
C PA, e portanto, mais suscetível à in­
flação.
Os melhoramentos tecnológicos no
projeto e fabricação de Crossbar já
atingiram seu máximo a algum tempo,
enquanto que os de CPA continuam a
crescer rapidamente nessa área. E co­
mo o crescimento do Crossbâr é desa-
celerado, a diminuição de volume re­
duz a economia de escala, em contraste
com a crescente produção de CPA.
Da referência (2) tomou-se o gráfico da
ligura 3, que muito bem ilustra a ten­
dência de custos entre o equipamento
C rossbar e o equipamento CPA.