Page 623 - Telebrasil Noticiário
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tempo, os candidatos a telefones e travaram pessoa da família. Vimos isto, na Suíça, na
o progresso das respectivas cidades. Enquan Itália, em Portugal, há mais de 10 anost O
to Isso, no interior do País, o número de “cofre-mealheiro” , como o denominam na
è
pequenas emprêsas telefônicas cresceu ao in terra lusa, ao lado do aparelho telefônico,
centivo do sistema salvador, idealizado por suprime o contrangimento do assinante e do
Pedro Renault Castanheira — um mineiro eventual usuário do telefone, seja vizinho ou
de Barbacena com serviços meritórios às te visitante. No fim do més, o assinante retira
lecomunicações nacionais há mais de meio do cofre o que nêle foi amealhado, com
século. pleta e importância com o preço da assina
tura e entrega o dinheiro, que, realmente,
Passada a fase aguda da “demagogia te não é seu, ao serviço telefônico, o qual, na
lefónica” , e postos em recesso forçado deter Europa, é operado geralmente pelo Poder
minados cavalheiros que, sob a desculpa do Público.
“assessoramento” ao Poder Concedente, na
verdade, impediam a expansão do serviço Belo Horizonte, a exemplo de numero
telefônico — êles que possuiam o seu tele sas cidades brasileiras nas quais o serviço
fone! — o Presidente da República, em Men telefônico já é “medido” — Brasília, São
sagem ao Congresso Nacional, assim como Luís do Maranhão, João Pessoa e localida
no próprio “Plano de Ação Econômica do des do interior paraibano, Recife, cidades de
Govêmo 1964/1966“ , proclamou a participa Alagoas, Natal, numerosas cidades do inte
ção financeira do usuário, ou seja o **auto- rior de São Paulo, Joinville, e, aqui mesmo
financiamento'" como solução única para o em Minas — Dôres do Indaiá, Manhumirim
problema do desenvolvimento das rêdes ur e Muriaé — também Belo Horizonte irá se
banas de telefones. O ôvo de Colombo! acostumar com a idéia, neste instante ob
jeto de naturais debates, quando fôr pos
Mas, quando o nôvo serviço entra em to em prática o processo, que se generaliza
funcionamento, abre-se nova discussão, ago rá pelo País. Verá o belorizontino — tanto
ra em tôm o da adoção do sistema do “ser aquêle que já encaneceu curtindo a paciên
viço medido'", declarado, pelos técnicos ofi cia à espera do “ruído de discar”, como
ciais, uma necessidade imperiosa para que aquéle que, tendo encanecido à espera do
o “ruido de discar'1 possa acompanhar o m o- próprio telefone, irá, agora, participar, tal
nofone quando retirado do gancho do apa vez, do suplício dos atuais assinantes como
relho. O controle do número de chamadas o “serviço medido” livrará o tráfego telefô
— ao qual deveria se associar a medição do nico de muitas conversações inúteis, real
tempo gasto nos telefonemas — é usado mun mente desnecessárias e que estão obstruindo
dialmente, tal como a medição da luz, da as “linhas”, impedindo a comunicação ur
água, do gás onde êle é canalizado, da cor gente e inadiável. Ajudaria, também, que o
rida do automóvel, do percurso de trens, usuário, além de consultar, sempre, a lista
ônibus e aviões. Na Europa, em várias re telefónica, amarrasse ao aparelho telefôni
sidências, vimos esta coisa prática: ao lado co um caderninho e um lápis para anota
de cada aparelho telefônico há um pequeno ções ...
cofre no qual é depositado o preço da con
versação, assim que esta é iniciada, não Que a “Paróquia Telefônica 37” continui
apenas por parte do vizinho ou visitante, a festejar a sua alegria. Em dezembro, en
que eventualmente, faça uso do aparelho, trará em festas a “Paróquia 26” e, além dela,
mas por parte, também, de tôda e qualquer a “33” do Parque Industrial.