Page 39 - Telebrasil - Junho/Julho 2002
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Mercado                          Telecomunicações                 Ihões) e 427% dos terminais móveis (de 5,6
            Itautec e parceiros              Juarez Quadros:                  para 29,5 milhões). O  Brasil ocupa a quinta
            em road-show                     panorama do setor                posição mundial na telefonia fixa e está en­
                                                                              tre os 10 primeiros na telefonia celular.
               Integradora de tecnologia da infor­  A seguir,  resumo  da  palestra do  mi­  "A União Européia elogiou, recentemen­
            mação, a Itautec, com seu parceiro Tre-   nistro das Comunicações, Juarez Quadros,   te, a Rede Governo do Brasil. O brasileiro se
            visan (consultoria e treinamento cor­  proferida no BNDES:        adapta relativamente bem à novidade (veja
            porativo), e seus  aliados estratégicos   "Em retrospectiva, o Brasil implantou,   a votação eletrônica). A escolha da tecno­
            Intel e Microsoft iniciaram seu road­  nos idos de 40 e 50, a indústria de base e o   logia  para  a  tevê digital,  uma  decisão  de
            show promocional (“a montanha vai a   segmento automobilístico; nos anos 70, a   Governo,  levará  em  conta  a  geração  de
            Maomé”),  no  Rio  de  Janeiro,  com   infra-estrutura e as hidroelétricas; e na dé­  empregos; o adensamento da cadeia produ­
            cerca  de  240  participantes  oriundos   cada de 90, a reforma do aparelho estatal   tiva; a  preservação  da  nacionalização; e a
            dos segmentos de serviço, comércio e   e a modernização da estrutura produtiva.  produção de componentes no País".
            indústria das PMEs.                 "Agora, três revoluções irão marcar o
               O grupo Itautec/Philco faturou R$ 1,3   século  XXI;  os  códigos  biogenéticos,  a
            bilhão em 2001 (o mesmo que em 2000),   nanotecnologia  e  a  tecnologia  da  infor­
            repartidos entre produtos de informática   mação. O conceito de universalização das
            (45%),  serviços  (25%),  pós-venda  e   telecomunicações - antes restrito ao ser­
            consultoria (8%) e eletrônica de consumo   viço de telefonia de voz - ampliou-se, para
            (22%).  O  grupo  opera  com  4,5  mil   abrigar o uso e a produção de conteúdo
            pessoas, incluindo 300 desenvolvedores   da internet pelas comunidades.
            de produtos de software e para Internet.  Os resultados da privatização das tele­
               Dentre os produtos apresentados, os   comunicações, de julho de 1998 a março
            pontos-de-venda (PoS 4000), terminais   de 2002, foram expressivos:  142% de ex­
            de consulta de uso público (WebWay)   pansão das linhas fixas (de 20 para 49 mi-  Juares Quadros,  no  seminário do BNDES
            -  quase  2  mil  instalados  na Telemar,
            Telesp  Celular,  Banco  Itaú  -
            impressoras  homologadas  para  uso   Mercado                     se que o foco da  sua  empresa  hoje  se
            comercial, além das linhas de notebooks   Cliente mais crítico    volta para o mercado da  p m e e para as
            e desktops  (InfoWay),  PDAs  (Pocket                             aplicações  de "missão  crítica"  (onde  o
            Way),  servidores  de  missão  crítica   - Hoje, as empresas estão mais  críticas   sistema nunca pode falhar).
            (Infoserver) e PCs (Transglobe), como   na  escolha  da  tecnologia  (prometida,   Conjuntamente,  MicroSiga  e  Micro­
            ainda  a  linha  de  software  ERP   utilizável  e  necessária)  -   equacionou   soft  efetuaram   palestras  no  Rio  de
            (enterprise  ressources planning).   Laércio Cosenftno, presidente da  Micro-   Janeiro, em São Paulo e Curitiba sobre o
            Coordenou o evento, pela Itautec, El­  Siga e autor do livro "Genoma do conhe­  aumento de produtividade na  p m e (pe­
            bert Lúcio Leonardo, gerente nacional.  cimento". Arnaldo Neto, da Microsoft, dis-  quena e média empresas).


            americano, deve  buscar  mais  presença   militar  dos  EUA  (Rússia  reduzida  a  um   balcão do comércio e  nossos interes­
            em organismos internacionais, como no   poder  regional).  Domina  o  cenário   ses devem ser preservados. "No Brasil,
            Conselho de Segurança da ONU e no FMI.  internacional  as  escolhas  do  Governo   se? nacional é uma acusação".
               Quanto  à  m undialízação,  ela  é   Bush,  da  luta  contra  o  terrorismo  e  da   Quanto  à  A lca,  precisam os
            inevitável  e  o  País  deve  procurar  par­  "salvação da pátria".  negociar "o toma  lá, dá cá". As datas
            ceiros,  como  o  Mercosul,  que  deve  ir   O embaixador Mário Gibson Barbosa   de 2003 para negociar e de 2005 para
            além  do  mercantilismo.  Por  sua  vez,  a   (ex-ministro  das  Relações  Exteriores)   entrar  na  Alca  são  prematuras.  A
            Alca é um projeto estratégico norte-ame­  disse  que  a  globalização  não  é  um   soma  do  Brasil  com  a  Argentina -  a
            ricano. O Brasil só deve aderir a ela se as   conluio entre  países  ricos. O terrorismo   quem  devem os  ajudar  -   cria  um
            condições forem equânimes.       é uma guerra que envolve o mundo todo   poder  sul-americano.  Já  o  general
               Para Maria Soares de Lima (PUC-RJ),   e  precisa  ser  resolvido  pela  ONU,  cuja   Bayma  Denis  enfatizou  que  o  Brasil
            a estrutura mundial do poder, após 11  de   estrutura  precisa  ser  modernizada.  A   tem unidade nacional, mas carece de
            setembro,  é  unipolar,  com  a  primazia  política externa do País não se esgota no  igualdade social.
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