Page 16 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 2002
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Listas: concorrência
e denúncias
Em 2001, o mercado de listas
“caracterizou-se peto acirramento
da concorrência“, segundo
Roberto Ronaldo Pinheiro,
presidente da ABL (Associação estados tenham prejudicado a comer ranking mundial es
cialização de seus produtos. Afirmou timado com base nos
Brasileira de Editoras de Listas),
que a Telelistas participou de licita terminais das regiões
ressaltando que ela “seria mais
ções onde outras editoras concorreram cobertas por elas em
positiva para as editoras, para os e os seus contratos com a Telemar e a dezem bro do ano
Brasil Telecom estão rigorosamente passado. A Listei res-
anunciantes e para os consulentes
dentro da legislação vigente. Ele citou cindiu contratos
das listas, não fora a parceria
dados publicados pelo jornal Gazeta com a TPI para a
entre as prestadoras do STFC e Mercantil, em 23 de agosto último, edição de listas, que
algumas empresas a elas que considera os números de termi segundo seu presi Milton Kelmanson,
16 Telelistas
dente eram desvanta
I vinculadas. Tal fato acabou por nais fixos das regiões cobertas por cada josos ou economicamente inviáveis.
TELEBRASIL/janei ro-fevereiro indireto das prestadoras na explora briria 21,655 milhões e lideraria o da Sabe (CTBC Telecom) é con
editora mostrando que a Telelistas co
confundir o mercado“
A atuação da TPI (Telefônica) e
ranking, mesmo sem atuar em São
Segundo ele, “o ingresso direto ou
Paulo, onde iniciará operação em
testada por algumas editoras e pela
Associação Brasileira de Editora de
2002. “Mundialmente ela seria a oi
ção econômica da atividade de edi
Listas, e algumas ações correm na
ção de listas, vedada pelo art. 86 da
lo deve chegar ao quarto lugar”, afir
Lei n.° 9.472/97, em última análi tava editora de listas e com São Pau Justiça para lim itar a atuação de
operadoras, direta ou indiretamen
mou Kelmanson.
se, consubstância concorrência des 0 mercado te, neste mercado. A Anatei já ma
leal pelos privilégios conferidos às O mercado brasileiro de listas tele nifestou-se favorável à ABL e em
suas parceiras”. fônicas é estimado em R$ 700 mi- presas do setor aguardam um posi
O presidente da Listei, Fábio Co lhões/ano de receita publicitária e cionamento mais efetivo do órgão
elho, disse que 2001 foi um ano di conta hoje com 10 editoras princi regulador e do Cade, tendo em vis
ficílimo, com a empresa reduzindo em pais e cerca de 63 editoras de menor ta o poder econômico das operado
15%,o número de funcionários em porte que atuam principalmente em ras envolvidas.
áreas não essenciais. Criticou a con nichos de mercado.
corrência da Telelistas, que não cum Das 10 principais edito
priria a lei, e destacou a ação movida ras, seis integram a ABL e
no Cade contra a TPI e a Telemar. das quatro não-filiadas duas,
Ele estima que a empresa detenha a TPI e a Sabe, são contro
40% do mercado nacional de listas. ladas por operadoras de te
“Nunca tivemos um ano tão difícil”, lefonia fixa diretamente,
assim resumiu 2001. Telefônica e CTBC. Nas
M ilton Kelmanson, diretor da seis da ABL, a operadora
Telelistas, que firmou parcerias com a celular BellSouth tem
Telemar, Brasil Telecom e Sercomtel, 100% da Listei e 40% da
destacou o crescimento da empresa no OESP, mas não opera tele
ano passado e lamentou que as ações fonia fixa no Brasil, sen
movidas por concorrentes em diversos do a sexta colocada no