Page 63 - Telebrasil - Março/Abril 2001
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Augusto Góes
Esquenta a guerra pela TV digital
Enquanto a escolha do padrão de TV americana iBlast, empresa
digital não sai - deve demorar “um que produz software para a
tempinho ainda”, como declarou o mi TV digital. Luckett susten
nistro Pimenta da Veiga em 19 de mar ta que as principais falhas
ço —, a guerra de lobbies que cerca a de que a entidade brasileira te
cisão começa a ficar mais agressiva. A ria apontado no ATSC já
nova fase tem como protagonistas os de estariam corrigidas, além de
fensores do padrão norte-americano pôr em dúvida as vantagens
ATSC - American Advanced Televi- da mobilidade, que segun
sion System Comimitee - e iniciou-se do a Set/Abert é o maior
com as acusações de Wayne Luplow, da trunfo do padrão japonês
fabricante Zenith, alegando que o gru ISDB-T - Terrestrial Inte
po Set/Abert - formado pela Socieda grated Services Digital Bro
de Brasileira de Engenharia de Televi adcasting. Prosseguindo a
são e pela Associação Brasileira de ofensiva, um grupo de em
Emissoras de Rádio e Televisão - teria presários norte-americanos
falsificado os testes em favor do padrão veio ao Brasil em meados de
japonês, supostamente o preferido pela m arço para defender o
Rede G lobo. “E nquanto o padrão ATSC junto a Renato Guerreiro, presi Canadá, a Argentina e a Coréia do Sul,
ATSC foi testado em 5 mil pontos na dente da Anatei, e a Alcides Tápias, mi enquanto o padrão japonês, apesar da su
região entre Baltimore e Washington, nistro do Desenvolvimento, além de en posta preferência da Abert/Set, ainda não
em São Paulo houve apenas 123 pon tidades empresariais. está disponível comercialmente. Além dis
tos de teste, o que é insuficiente para A escolha do padrão adotado no Brasil so, está sendo avaliado o padrão europeu
alcançar bases estatísticas válidas”, sus deve, segundo analistas, não apenas influ DVB-T -Terrestrial Digital Video Broad-
tentou o executivo. Outro que sugere enciar a maioria dos vizinhos latinos como casting System -, defendido por fabrican
má vontade da Set/Abert com o padrão pode indicar a supremacia de um dos gru tes como a Philips e adotado pela Austrá
norte-americano é Oliver Luckett, dire pos no mercado mundial. O padrão norte- lia, índia e Singapura.
tor de Tecnologia da também norte- americano foi escolhido por países como o
Novos pacotes w ireless
Pavores do Nasdaq à parte, a indús Commerce. Compatível com serviços
tria de telecom continua despejando GSM e TDM A e produzido para fun
suas novidades. A aposta da Lucent cionar inclusive em sistemas 3G, o pro
Lucent Technologies
para o mercado de operadoras celula Bell L ab s In n o v a tio n s duto inclui o sistema de pagamento
res é o portfolio Lucent M obile Safetrader, desenvolvido em joint ven-
Experience, linha que traz novos Platform, software que oferece navegação ture com a HP, além de permitir às ope
hardwares e softwares para redes mó por comando de voz, conteúdo agregado radoras oferecerem seus próprios ser
veis, interfaces de aplicações abertas, de áudio e outros recursos como alerta e viços de pagamento, através do Mobi
kits para desenvolvedores de Internet streaming. Os produtos, fornecidos pela le e-Pay. Segundo a Ericsson, a plata
móvel, conteúdo em W EB, dispositi Lucent e outros 30 desenvolvedores, po forma estará disponível até o final do
vos móveis e soluções e fatura de tran derão ser vendidos em conjunto ou sepa segundo trimestre.
sações, além de consultoria de negóci radamente, e estarão disponíveis a partir
os e serviços especializados. A empre de junho. Já a Ericsson anunciou, em mar
sa aposta que o carro-chefe das novi ço, uma nova plataforma para comércio ele ERICSSON ^
dades é a Lucent M iLife M edia trônico com o diretíssimo nome de Mobile