Page 20 - Telebrasil - Julho/Agosto 2000

Sem falar cm quantias, a Lucent pra­
- C o n seg u im o s
participação impor­
ta n te em m u itos
m ercados, com o a
E sp an h a, m esm o
oportunidade é agora"
te n d o co m eça d o
ta rd ia m en te. N o
Brasil, nossa oportunidade é agora - afir­
m ou João D ’Am ato, diretor de Radioco-
municações da Alcatel.
M ais cautelosa, a Nokia não dá maio­
res detalhes sobre seus planos. Apesar
disso, é presumível que as aspirações da
empresa não sejam pequenas, dada a po­
sição da empresa de maior fabricante
mundial de handsets e vice-líder em re­
des G SM . H á boas chances que a fábrica
que a empresa tem em joint-venture com
a Gradiente para a fabricação de termi­
nais T D M A e C D M A seja adaptada
para incluir produtos G SM . Já a parte de
infra-estrutura exigiria maiores recursos,
com o planejamento de um complexo in­
dustrial inteiramente novo.
- Sempre analisamos o tamanho do
mercado antes de tomar decisões. Neste
caso, teremos atenção especial, uma vez
que o Brasil já é o sétim o maior mercado
da N okia em nível mundial - adiantou
Yolande Pineda, gerente de Marketing
da N okia Networks Latin America.
Sem abalo
ticamente já confirmou suas intenções
O bloco de fabricantes que já tinha
no novo cenário. "Estamos com estudos
uma infra-estrutura montada para redes
prontos sobre o tema. Para fabricar equi­
C D M A e T D M A no País, como Erics­
pamentos G S M no Brasil, bastam-nos
son, Nortel, Lucent c Motorola, procu­
pequenos ajustes na linha de produção",
rou não demonstrar abalo diante das de­
revelou Luiz Cláudio Rosa, diretor de
cisões da Anatei. Na verdade, estas em ­
Tecnologia da Lucent. Ainda mais pru­
presas continuam fortes no jogo, só que
dente, o diretor de N ovos Negócios da
agora vão ter de conviver com uma com ­
Nortel, M arcelo A ngione, desconside­
petição mais séria. Elas contam, basica­
rou as declarações das concorrentes,
mente, com duas possibi-
questionando o tamanho do mercado.
lidades. Uma delas é con­
- O que existe por aí é muito papo de
tinuar investindo pesada­
marketing. N ão adianta montar uma fá­
mente no fornecimento
brica nova se você não sabe o que c para
para as Bandas A e B,
quem vai vender - raciocinou o executi­
que se manterão absolu­
vo, acrescentando que a Nortel poderia
tas no mercado até ao
menos a metade de 2001, importar equipamentos c bandsets de
e mesmo depois disso de­ suas filiais m undo afora, caso chegue à
verão ser majoritárias por conclusão que não valha a pena produ­
um bom tempo. A outra zir G SM no Brasil.
opção é, paralelamente, A M otorola, que também opera am-
investir na fabricação de plamcnte com equipamentos e termi­
equipam entos e term i­ nais C D M A ,T D M A e G SM em nível
nais G SM 1.8 G H z, o mundial, não se pronunciou sobre o as­
D'Amato, da Alcatel: "nossa que exigirá maiores esfor­ sunto ao ser procurada. Coincidente­
ços técnicos e financeiros mente, na mesma semana em que as
do que seria necessário se diretrizes do SM P eram anunciadas, a
as novas licenças fossem em 1.9 G H z. empresa divulgava dois novos contratos
M esm o assim, tal decisão pode se fazer com a Telesp Celular, no valor total de
necessária, uma vez que a criação do USS 48 milhões, para expansão da rede
SM P abriu oportunidade para o estabe­ C D M A da operadora no interior pau­
lecim ento de nove novas operadoras^ lista. Sinais que, apesaj de não haver
sendo que todos os futuros contratos maiores im pedim entos para que a M o­
muito provavelmente serão voltados para torola também adote G SM no País, a
tecnologia G SM . eifijfresa ainda tem m uito a lucrar com
D e uma forma ou de outra, o bloco dos seus negócio» atuais.
estabelecidos já flerta com o GSM no Orientais
Brasil. A mais convicta é a Ericsson, que Em menor evidência durante toda
anunciou um investimento de US$ 70 disputa, outras empresas, quase todas
milhões. A quantia seria aplicada na fa­ de origem asiática, terão seus destinos
bricação de infra-estrutura e terminais no Brasil influenciados pelas definições
G SM , em seu complexo industrial de São de ffeqüência. A N E C , pioneira na im­
José dos Campos (SP). Outros R$ 116 plantação de red|s celulares no País,
milhões seriam gastos na criação de dois assa por uma ü se de reestruturação.
centros de excelência am s&fbuare em a não participar da disputa
Campinas (SP), atendendo as td contratos, pois além de estar
fixa e wire/ess. "A fórm ulade ejn outras áreas, fábrica GSM
ças para cada nova Banda dà\ njSjscala em termos mundi-
chances aos fom ecedo anas Samsung e Kyocera
investimentos", observi interesses. A primeira
presidente da Ericsson pliar sua fábrica em M a-